José Manuel
Parmanu, é o título de um
filme indiano excelente realizado em 2018, cujo tema é a bomba atômica indiana.
Pode ser visto na Netflix.
Parmanu no idioma hindi
significa “átomo" e é a história de um dedicado funcionário indiano e sua
luta para reativar o projeto da continuidade da construção de uma bomba, após a
primeira explosão realizada pela Índia em 1974. Lutando contra muitas correntes
contrárias, dentro e fora do governo, acaba conseguindo seu objetivo.
Finalmente, em 1998 a Índia,
com muita dificuldade, por estar sendo monitorada pelos Estados Unidos e
Paquistão, que queriam mantê-la subjugada, consegue realizar três explosões
sucessivas, elevando-a ao clube seleto de possuidores da bomba, apesar de não
fazer parte do TNP, tratado de não proliferação.
Ao chegar a uma encruzilhada
com geograficamente o Paquistão fazendo fronteira a oeste e a China a leste,
países nucleares e hostis, tomou uma decisão que a elevou do terceiro mundo à
posição de terceira potência econômica mundial em apenas duas décadas, apesar
de ainda ter muitos problemas sociais internos a serem resolvidos.
Não fora essa atitude estratégica e geopoliticamente correta, hoje a Índia seria um país sem expressão política ou comercial, e subjugada por países mais desenvolvidos no seu entorno.
Paralelamente ao acesso à bomba atômica, a Índia investiu e investe muito pesado no rearmamento de suas forças armadas, em especial sua Marinha, para barrar as pretensões chinesas ao "colar de pérolas", instalações de bases militares chinesas no oceano Índico ao redor da Índia.
Mais uma vez a visão
estratégica e geopolítica mostra resultados positivos, pois em junho de 2020,
barrou fortemente investidas militares chinesas ao norte na região conflitante
de Ladaque.
E por falar em estratégica e
geopolítica, o antagonismo brasileiro ao exemplo da Índia é simplesmente
assustador.
Em 19 de setembro de 1990, um
ex-presidente convenientemente impichado, num de seus rompantes midiáticos para
aparecer bem na fita, com uma pazinha de plástico cheia de cal mas
muitos, muitos flashes desejados,
jogou simbolicamente uma pá de cal
dentro do buraco de testes nucleares, construído pelo regime militar, dando a
ordem a seguir para que fosse destruído, jogando assim, como sempre,
dinheiro do contribuinte no lixo e
estabelecendo a nossa subserviência infantil a nações nucleares.
A história é implacável com
erros trágicos com a nossa soberania, e o que estamos para assistir com essa
nova administração americana fará com que jamais passemos de colonizados em
pleno século XXI. A não ser que acordemos desse estado letárgico e tomemos
atitudes gigantes como a Índia por exemplo.
Clique no link abaixo,
exercite a sua cidadania e diga SIM ao destravamento do TNP, assinado por outro
apátrida que como o outro xará da pazinha de cal não merecem nem ser nomeados.
https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=145430 (No momento: 23 256 SIM; 3 978 NÃO. NdE.)
"O mais fraco sempre
apanha e quem não faz, leva "
Título e Texto: José Manuel,
9-2-2021
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A bomba... ou a paz?
A fera ferida e o papagaio de pirata
Sim, sim, sim.
ResponderExcluirCom o retorno de Charles de Gaulle à presidência da França em meio à crise de maio de 1958, as decisões finais para a construção de uma bomba atômica foram tomadas, e um teste bem sucedido ocorreu em 1960. Desde então, a França desenvolveu e manteve a sua própria dissuasão nuclear, que se destina a defender a França, mesmo que os Estados Unidos recusaram-se a arriscar suas próprias cidades, ajudando a Europa Ocidental em uma guerra nuclear.
ResponderExcluirHouve 210 testes nucleares franceses, de 1960 até 1996. 17 deles foram feitos no Saara argelino entre 1960 a 1966, começando no meio da Guerra da Argélia. 193 foram realizados na Polinésia Francesa.
Wikipédia
O Brasil terá muitos problemas em não se preparar para um futuro estranho que se avizinha.
ResponderExcluirE o pior disso é que tem tudo para ser uma potência nuclear e se desenvolver fantasticamente,
Politicagem rasa faz isso
José Manuel