Esquecidos pela mídia, guerras civis
espalham morte e miséria por diversas regiões da Ásia e da África
Foto:German Federal Archive |
Etiópia:
A guerra teve início em
novembro de 2020, quando Abiy Ahmed decidiu tentar desmontar a Frente de
Libertação do Povo de Tigré e já causou perdas imensas para os dois lados
envolvidos. Os mortos se contam aos milhares e a população sofre com a
fome. O país vinha tendo um bom crescimento econômico e uma maior abertura para
o resto do mundo mas o processo foi atrapalhado pelo novo conflito.
Iêmen:
Começou em 2014. A guerra civil se iniciou após embate de duas potências do Oriente Médio. De um lado, as forças do governo de Abd-Rabbu Mansour Hadi, apoiada por uma coalizão sunita liderada pela Arábia Saudita. Do outro lado, a milícia rebelde xiita Houthit, apoiada pelo Irã, que controla a capital Saana e partes do oeste do país. A ONU considera a guerra do Iêmen como a pior situação humanitária atualmente. Só no mês passado ocorreram 700 ataques aéreos no país. Durante esses 8 anos o combate já causou em torno de 230 mil mortes e cerca de 130 mil por causas indiretas como falta de recursos básicos. Mais de 8 mil crianças morreram diretamente por causa dos conflitos.
Mianmar:
Em 1 de fevereiro de 2021, o exército destituiu o governo civil, prendeu líderes políticos, bloqueou a internet e fechou os aeroportos para voos internacionais. O golpe causou uma guerra civil que já está durando mais de um ano entre os militares e grupos de civis. Os combates se espalharam por todo o país causando cerca de 12 mil morte, desde que começou. Os grupos que estão lutando contra os militares são chamados de PDF (People’s Defence Force, ou Força de Defesa do Povo) constituída em sua maioria por jovens.
Cidade de Aleppo, Síria |
Síria:
O que começou com protestos
contra o presidente Bashar al-Assad em 2011, virou uma guerra civil que dez
anos depois, já deixou mais de 380 mil mortos, mais de 190 mil
desaparecidos. Teve inicio por conta de denúncias de corrupção do governo,
em março de 2011. Países como Estados Unidos, Reino Unido e França tomaram
partido e apoiaram com armas, dinheiro e combatentes. As organizações
jihadistas como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda também se envolveram. A Rússia é
virou a base do poder do ditador Assad.
Sudão do Sul:
O país mais recente do mundo,
foi oficializado como nação independente em 2011, após a separação com o Sudão.
Está em uma guerra civil desde 2013 num quadro de violência étnica e
instabilidade econômica. Metade da sua população de 12 milhões de
habitantes está em situação de fome. Mais de dois milhões de pessoas
fugiram do país.
Estado Islâmico na África:
Depois da queda do Estado
Islâmico no Oriente Médio em 2017, grupos de militantes islâmicos foram para
África, onde a maioria dos países tem governos frágeis e não tem estrutura
militar para combatê-los. Os grupos jihadistas tentam controlar diversas
regiões de vários países como Mali, Congo, Moçambique e Niger. Em
Moçambique, foram enviadas tropas para a cidade de Palma, no norte do país,
para tentar conter o avanço desses grupos extremistas islâmicos.
Título e Texto: Redação, revista Oeste, 14-4-2022, 20h30
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