quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

61º capítulo (daquela Série): Não falo alemão

Primeiro capítulo: Páginas de vida: que me ensinaram a não gostar de nacionalismos 

Antes de 1979, penso que possa ter sido em 1976/1977, me candidatei ao baseamento em Lisboa.
Voltei para casa todo esperançado: era muito bom profissional, falava três idiomas (incluindo o português), nada de desabonador no meu file, todos sabiam que eu era português, poucos gostavam de Lisboa, então… estou nessa! Pensava eu.
Sim, eu escrevi, poucos gostavam de Lisboa, explico:
A tripulação do Rio esperava na sala da aerogare a tripulação baseada em Lisboa, que voltava de Londres, por exemplo. Nós, do Rio (ou São Paulo) continuávamos o voo para o Brasil. Aí, por breves momentos, havia a “confraternização”, as tripulações cumprimentavam-se… “E aí, Fulano, como é que é isso aqui?” Quantas vezes ouvi “tá uma merda!”
Iludido com tanta “aversão” a Lisboa, inferi que haveria pouquíssimos candidatos ao baseamento em Lisboa.
Não “ganhei” esse baseamento. Devo ter tido uma expressão tão desconsolada no momento em que o Chefe dos Comissários me comunicou esse indeferimento, que ele houve por bem acrescentar uma explicação: “Sabe o que pegou, Jim? Você não fala alemão." (!!)
No primeiro voo que fiz para Lisboa depois deste 'esclarecimento', vi tripulantes que mal falavam o português… 

Próximo capítulo:
62º capítulo (daquela Série): Baseamento em Lisboa

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