sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Ilusionistas

Rui A.
O principal motivo pelo qual este PS não cresce nas sondagens e se arrisca até a perder as próximas eleições reside no facto de António Costa e da sua equipa terem apostado numa estratégia ilusionista perante o país:

a ilusão de que, em 2011, o PS deixara o país em melhor estado do que agora se encontra; a ilusão de que o país não estava falido nessa altura;
a ilusão de que o actual governo tinha alternativas às políticas de austeridade que aplicou e que só seguiu por esse caminho por «cegueira ideológica» e malvadez congénita;

a ilusão de que o crescimento exponencial do desemprego foi consequência das acções do actual governo e que o governo anterior do PS não teve nada a ver com o assunto;
a ilusão de que teria sido fácil negociar doutro modo com a troika e «pôr as pernas dos banqueiros alemães a tremer»;

a ilusão de que um futuro governo PS fará disparar o crescimento do emprego;
a ilusão de que o PS tem uma fórmula mágica para «virar a página»;

a ilusão de que, se chegar ao governo, o PS terminará imediatamente com a austeridade.

Ora, se alguma coisa de positivo têm os tempos de crise é o choque de realidade com que a maioria das pessoas se confronta, que as faz perceber aquilo em que nem sequer costumam pensar em tempos de normalidade. E quem passa por dificuldades e sacrifícios não se deixa levar com duas tretas. 
Título e Texto: Rui A., Blasfémias, 7-8-2015

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