sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Anda cá uma confusão nesta cabeça…

Barragem do Alqueva, dezembro de 2004, foto: AD
Alberto de Freitas         
É verdade, pois de algum tempo a esta parte, decidi “ouvir” sempre a oposição. Neste caso a esquerda que nunca “palmou”, como é o caso do Bloco de Esquerda. E não se pense que ignoro o PCP, mas uso-o mais para a política externa. Razão para acreditar plenamente que Chávez é democrata, o povo da Coreia do Norte é vítima do imperialismo, a justiça chegou ao Irão com o Ahmadinejad e os sionistas são responsáveis pela agressão à Síria. O PS não me influencia tanto, porque é um partido recente, que só “existe” de há 1 ano e picos.
Pensava assim, poder ter um pensamento informado, coerente e ser feliz como tantos portugueses. Mas agora ando confuso…
Chega a história do BPN e, eis que o representante do BE, conclui que a decisão da venda foi política. E repudia tal decisão por não tomar em consideração critérios de gestão. Penso que é aquilo que nós chamamos economicismo.
E tudo, porque o Primeiro-ministro confirmou a sua interferência, pelo risco de desistência do único comprador. É que estavam em risco entre 750 e 1.000 postos de trabalho. E como o “mal”, já estava feito, seria a tentativa de o minorar.
É por estas coisas que ando confuso. Então a luta não deve ser contra o desemprego? Então ao poder político, não está sempre a ser exigido que interfira?
E estava eu a matutar no assunto, quando um projeto no Alqueva “meteu” falência. O empresário, um ricaço, queria o financiamento da CGD, sem o risco de um aval pessoal. Ah, malandro - pensei eu com a mentalidade de esquerda que me caracteriza. Mais um grande capitalista que queria viver à custa do povo. Mas…
… mas começo a aperceber-me que a reação dos meus “orientadores”, é diferente. Afinal o projeto era uma “fábrica” de empregos e se a CGD não queria correr riscos, então o poder político, devia ter uma palavra.
Quer dizer: O governo não se devia ter metido para salvar centenas de postos de trabalho, mas devia ter-se metido para salvar a promessa de postos de trabalho. E afinal, o grande capitalista, é uma vítima.
E o PS até criticou a política da CGD por não apoiar a economia, dando como exemplo a apoio a especuladores como Jo Berardo. Perdão, não foi bem isso, porque isso passou-se nos anos anteriores a 2012 que, como se sabe, não existiram.
O texto um pouco confuso, reflete o que me vai na cabeça. O psiquiatra até me aumentou a dose de comprimidos. Pelo menos fico a dormir.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 10-8-2012

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