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Barragem do Alqueva, dezembro de 2004, foto: AD |
Alberto de Freitas
É verdade, pois de algum tempo
a esta parte, decidi “ouvir” sempre a oposição. Neste caso a esquerda que nunca
“palmou”, como é o caso do Bloco de Esquerda. E não se pense que ignoro o PCP,
mas uso-o mais para a política externa. Razão para acreditar plenamente que Chávez
é democrata, o povo da Coreia do Norte é vítima do imperialismo, a justiça
chegou ao Irão com o Ahmadinejad e os sionistas são responsáveis pela agressão
à Síria. O PS não me influencia tanto, porque é um partido recente, que só
“existe” de há 1 ano e picos.
Pensava assim, poder ter um
pensamento informado, coerente e ser feliz como tantos portugueses. Mas agora
ando confuso…
Chega a história do BPN e, eis
que o representante do BE, conclui que a decisão da venda foi política. E
repudia tal decisão por não tomar em consideração critérios de gestão. Penso
que é aquilo que nós chamamos economicismo.
E tudo, porque o
Primeiro-ministro confirmou a sua interferência, pelo risco de desistência do
único comprador. É que estavam em risco entre 750 e 1.000 postos de trabalho. E
como o “mal”, já estava feito, seria a tentativa de o minorar.
É por estas coisas que ando
confuso. Então a luta não deve ser contra o desemprego? Então ao poder
político, não está sempre a ser exigido que interfira?
E estava eu a matutar no
assunto, quando um projeto no Alqueva “meteu” falência. O empresário, um ricaço, queria o
financiamento da CGD, sem o risco de um aval pessoal. Ah, malandro - pensei eu
com a mentalidade de esquerda que me caracteriza. Mais um grande capitalista
que queria viver à custa do povo. Mas…
… mas começo a aperceber-me
que a reação dos meus “orientadores”, é diferente. Afinal o projeto era uma
“fábrica” de empregos e se a CGD não queria correr riscos, então o poder
político, devia ter uma palavra.
Quer dizer: O governo não se
devia ter metido para salvar centenas de postos de trabalho, mas devia ter-se
metido para salvar a promessa de postos de trabalho. E afinal, o grande
capitalista, é uma vítima.
E o PS até criticou a política
da CGD por não apoiar a economia, dando como exemplo a apoio a especuladores
como Jo Berardo. Perdão, não foi bem isso, porque isso passou-se nos anos
anteriores a 2012 que, como se sabe, não existiram.
O texto um pouco confuso,
reflete o que me vai na cabeça. O psiquiatra até me aumentou a dose de
comprimidos. Pelo menos fico a dormir.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 10-8-2012
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