segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

PSD e CDS sobem. PS é o único partido que desce

Ana Sá Lopes
E agora algo radicalmente diferente: na véspera da entrada em vigor do “enorme aumento de impostos”, os partidos do governo conseguem aumentar os seus níveis de apoio popular, segundo os dados do barómetro i/Pitagórica.

Foto: António Pedro Santos
Segundo os manuais, notícia é quando um homem morde um cão – mas a imagem de raridade, surpresa, facto extraordinário é aplicável quando um governo que está a aplicar o Memorando da troika – e que aprovou o “enorme aumento de impostos” e reduziu os apoios sociais – vê os partidos que o compõem subir nas sondagens. Foi isso que aconteceu entre Novembro e Dezembro, segundo o barómetro i/Pitagórica. Tanto o PSD como o CDS conseguiram aumentar as intenções de voto entre o mês da discussão do Orçamento – Novembro – e o mês em que o centro da decisão passou para o Presidente da República. O PSD, que tinha atingido os 26,9% em Novembro, recupera para os 29%. Quanto ao CDS, que tinha estado nos 8,3% em Outubro, subindo em Novembro para os 9,8%, consegue agora ultrapassar a simbólica fasquia dos dois dígitos, atingindo os 11,4%. A relação entre os dois partidos do governo teve o seu momento mais baixo em Outubro durante o Orçamento e isso pode ter prejudicado o CDS, que agora, com as divergências adormecidas, está a recuperar terreno. No texto ao lado, verifica-se que a maioria dos inquiridos pelo barómetro i/Pitagórica está contra as divergências dentro da coligação porque considera que isso cria “instabilidade”. E é um facto que as coisas entre Passos e Portas acalmaram em Dezembro.
(…)
Tão surpreendente como a subida nas intenções de voto do PSD e do CDS é o facto do PS não aumentar as suas perspectivas eleitorais na sequência do voto contra ao Orçamento. O partido de António José Seguro desce no mês de Dezembro para valores equivalentes ao resultado obtido em Outubro. Está agora nos 34,6% – tinha 34,1% em Outubro – mas diminuiu face ao score de 36,2% que tinha conseguido em Novembro, em pleno pico do debate sobre o Orçamento do Estado.
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Título e Texto: Ana Sá Lopes, jornal “i”, 07-01-2013, 13h47

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