Era 22 de abril, depois 1º de maio,
agora não há mais datas definidas, aí vem um tal de recesso da Copa, no país
dos recessos e dos recursos, aí vem a Copa, aí vem as duas variantes, sendo uma
positiva com a vitória e o país não faz mais nada durante o ano porque afinal
somos os maiores e melhores do mundo, ou a negativa com a derrota, e o complexo
de vira-lata se instala fazendo com que ninguém tenha ânimo para trabalhar
mais, pois um povo como o nosso, não merecia tal sorte.
Esse é o cenário que nos
espera. Triste mas infelizmente é assim que funciona.
Aliás, por falar em trabalho,
desde o início do ano já estamos com três carnavais em feriados, e enquanto os
carnavalescos acham que estão na ilha da fantasia, os chineses estão mais
atentos do que nunca, pois nos dois cenários, vão exportar para cá como nunca,
ganhando o dinheiro nosso de cada dia para fazer mais um sistema ultra-moderno
de metrô, mais um aeroporto ultra-internacional e vão inundar a bananalandia
com carros batmaniacos, que o governo patrocina e os naturais adoram e passam
até fome se preciso for para ter um novo a cada ano.
O mês de maio é a nossa última
fronteira contra toda essa malandragem que aí está e se até ao dia 15, nada de
concreto acontecer aos participantes do AERUS é bom começar a pensar em
invadir, tirar a roupa, enfim coisas que já deveriam ter sido feitas que se não
ocorreram não foi por falta de avisos do que poderia acontecer.
Gostaria de relembrar aos
esquecidos, que nós somos de uma outra época, tempo aquele em que ninguém nos
enganava, portanto, está mais do que na hora de ter uma reação violenta a esses
recessos de vagabundagem paga com o nosso dinheiro e partir de uma vez por
todas para cima da justiça para que se acabe de uma vez com essa indústria
safada de recursos após recursos, que a única coisa que traz à sua população é
a sua miséria declarada e mais dinheiro no bolso dos atores envolvidos.
Tenho a certeza de que os
nossos colegas que ficaram em Brasília durante vinte e poucos dias, continuam
trabalhando para que o desfecho nos seja favorável, porém, jamais deveriam ter
saído de lá sem o documento anunciado.
Se tivessem nos chamado, lá
estaríamos para os substituir, mas nunca ter deixado aquele posto conquistado.
Tenho a certeza também de que os senadores da República estão com a maior boa
vontade assim como deputados e o presidente da Câmara, que quiseram nos ajudar.
O problema não é eles e nós
sabemos muito bem quem são, portanto é bom começar a colocar as barbas de
molho.
Gostaria de lembrar também aos
colegas do Plano 2, que o dinheiro de vocês também vai acabar, e ao não deixar
o conforto de suas casas, os seus churrascos e as suas viagens para ir para as
ruas protestar e fazer número com o pessoal do Plano 1, estão praticando uma
covardia, não só contra aqueles que mais precisam, assim como cavando a sua
própria sepultura.
É muito triste que isto esteja
ocorrendo com aposentados do Aerus, como se não bastasse um governo medíocre de
um país medíocre fazendo isso com seus cidadãos, até um plano medíocre faça
isso também funcionar, às avessas.
Se nada acontecer até ao dia
15 de maio, nós TODOS, temos que invadir o aeroporto Santos Dumont e de lá só
sair com uma resposta.
Está doente? Vá lá e exponha a
sua doença!
Está velho? Vá de cadeira de
rodas!
E, por favor, não exponha a
sua vida melhor nas redes sociais, pois além do governo achar que estamos bem,
os mais necessitados sofrem muito com isso, pois se acham marginalizados dentro
do Fundo pelo qual pagaram anos a fio.
Um pouco de maturidade e
ombridade neste momento é salutar e de bom alvitre.
Gostaria de lembrar, mais uma
vez, que a partir do dia 15, a cidade e os aeroportos devem começar a ficar com
um número grande de turistas, e é a hora de mostrarmos a eles, a outra face do
país que só vive de circo e mantém pessoas idosas em cativeiro social
disfarçado.
Porém, se continuarem achando
que têm representantes, heróis ou coisa que o valha, permaneçam em casa
assistindo a bola rolar.
Com certeza a bola de vocês
também vai para o buraco!
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig,
05-05-2014
Concordo, jamais deveriam ter saído de lá, pelo contrário, muitos outros deveriam se juntar ao grupo.
ResponderExcluirDCS
A maioria do Plano 2 eram funcionários modestos....................
ResponderExcluirNa época da opção pelo novo plano .......................
Da Silva.
E porque saíram dela? Convencido com que? Lógico que não e hora de criticar. Mais já fomos enganados de mais!!!
ResponderExcluirMarly Ribeiro
Amigo Paulo
ResponderExcluirPeço que você repasse meu comentário para as mesmas pessoas que receberam esse texto do Jose Manuel
Obrigado
Wallace
Gostaria de lembrar também aos colegas do plano dois, que o dinheiro de vocês também vai acabar, e ao não deixar o conforto de suas casas, os seus churrascos e as suas viagens para ir para as ruas protestar e fazer número com o pessoal do plano um, estão praticando uma covardia, não só contra aqueles que mais precisam, assim como cavando a sua própria sepultura.
É muito triste que isto esteja ocorrendo com aposentados do Aerus , como se não bastasse um governo medíocre de um país medíocre fazendo isso com seus cidadãos, até um plano medíocre faça isso também funcionar, às avessas.
Prezado Jose Manuel
Como faço parte do plano 2 do Aerus e fui englobado em sua crítica sobre os participantes deste grupo " que estariam praticando covardia " contra os participantes do plano 1, me sinto com o direito de resposta:
Estive revendo milhares de fotos das inúmeras manifestações, passeatas, carreatas, inúmeras idas à Brasilia, batendo de porta em porta para pedir ajuda a Deputados e Senadores, desde 2003 e não consegui identifica-lo em nenhuma delas. Eu estava em todas.
Quando a Varig disponibilizou um MD11 para que os funcionários fossem à Brasilia pedir ajuda do Governo e esse avião não lotou eu senti a alienação da maioria dos funcionários que não acreditavam que a Varig e por tabela o Aerus fossem quebrar.
Tenho participados das manifestações importantes desde então, inclusive apoiando sua greve de fome.
Sou do plano 2 como poderia ser do plano 1.
Desde 1962 quando comecei a trabalhar nos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul, sempre procurei ter uma segunda fonte de renda.
Trabalhava com qualquer tipo de venda. Já lavei muito chão de Churrascaria para vender um produto americano biodegradável. Já vendi Herbalife, Forever e qualquer coisa que me possibilitasse o aumento do meu salário na aviação.
Consegui melhorar minha vida e tenho hoje uma renda que é fruto do meu trabalho que me possibilita viver bem
Mas estou com 73 anos e continuo trabalhando até hoje. Tenho um irmão com 78 anos que trabalha até hoje como motorista de uma firma e não tem nem plano de saúde.
Minha esposa a Teresa foi demitida como outras comissárias e também ficou sem chão e inconformada pela maneira como foi tratada após 22 anos de trabalho. Mas deu a volta por cima está trabalhado e gerando renda e dando trabalho para outras pessoas.
O seu desespero pela falta do pagamento do Aerus não justifica você chamar de covardes os que não comparecem à determinados movimentos que de antemão já se sabe que não darão em nada pois não chamam mais a atenção da mídia.
Cada pessoa tem seus motivos para irem ou não irem à determinados movimentos.
Continuarei apoiando e indo á movimentos para o cumprimento da causa que ganhamos e o Governo não quer pagar.
Um abraço
Wallace