quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O País da Esperança

Baseado numa ideia original de Terrence Malick, O País da Esperança é um épico comovente e maravilhosamente filmado, que conta a história de Binh (Damien Nguyen), um jovem vietnamita de 20 anos desprezado pelos habitantes da sua aldeia devido às suas origens.

Uma das consequências do envolvimento norte-americano na Guerra do Vietnã foi o nascimento de muitas crianças mestiças, frutos de relacionamentos amorosos de mulheres vietnamitas com soldados americanos. Essas mulheres sempre estiveram à margem da sociedade vietnamita, condenadas por contribuírem com os americanos, enquanto seus filhos sofreram constantes maus-tratos, mesmo morando com os avós.
Binh (Damien Nguyen) é uma dessas crianças mestiças que, aos 17 anos, parte para a América à procura das suas origens...

Ele enceta uma perigosa viagem com o seu jovem meio-irmão e uma bonita vietnamita, Ling (Bai Ling), a bordo de um barco de refugiados em direção à América, em busca de uma vida melhor e do seu desconhecido pai, um antigo soldado americano da guerra do Vietname (Nick Nolte).

A sua jornada é uma luta contra os perigos da natureza e dos outros companheiros de viagem, e, contra a mais cruel de todas as adversidades, a indiferença de um país diferente do seu.

Uma história apaixonante que revela as dificuldades passadas por cada imigrante para chegar ao seu sonho e que ficam escondidas nos sorrisos dos que o alcançam. A não perder.

Sabe aquele filme que a gente começa a ver, tipo assim, e vai se prendendo à telinha? Pois é, foi o que me aconteceu com este filme (dirigido por Hans Petter Moland).

 Partindo da temática interessante das crianças que nasceram de relacionamentos entre soldados americanos e mulheres vietnamitas, este filme consegue desenvolver a história dramática de uma dessas crianças de forma brilhante. Um filme lindíssimo, com uma banda sonora que acompanha exemplarmente as emoções da história e com um final à Clint Eastwood no seu melhor.

Pois é, mas além da bonita história muito bem contada, fui recebendo e captando os sutis (ou nem tanto, por vezes) ‘recados’: o valor, altíssimo, de um copo de água; o valor da liberdade de expressão, da liberdade política; a perseverança e a resiliência; enfim, o valor da própria vida pois que conquistada diariamente… enquanto muitos, muitos mesmo, cada vez mais, se queixam da ‘falta’ de supérfluos e periféricos, outros, como no filme, não se queixam, passam fome, sofrem, mas vão CONSTRUINDO.
Ah! E sonham em viver nos Estados Unidos da América!

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