Luciano Henrique
Imagine que várias pessoas se
juntam à porta de sua organização para cobrar seus direitos, civilizadamente.
Em seguida, imagine que você apelou à dissimulação para dizer que “eles estão
querendo invadir” (quando não estão) como forma de tentar justificar violência
contra essas pessoas. Nos é lançada a pergunta, de imediato: é moral usar este
tipo de mentira para justificar violência de forma antecipada? Pois é
exatamente isto o que faz a jornalista petista Tereza Cruvinel, do
Brasil247, no texto “Com ato em Salvador, MBL chama petistas para a briga”.
Ela já começa definindo o MBL
como “direita raivosa”, mas que, até aqui, “atuou dentro do cercado”. Mas quem
foi que invadiu o Congresso nesta quarta-feira, 10, para impedir a votação da
maioridade penal? É claro que diante de uma esquerda tão incivilizada, a
direita hoje está até pacata. E deve continuar assim, deixando o monopólio do
comportamento antissocial para a extrema-esquerda, que deve ser sempre exposta.
O MBL já anunciou que irá
protestar do lado de fora do hotel onde ocorrerá o V Congresso do PT. Em
relação a isso, Terezinha diz: “com a manifestação de amanhã, na frente do
Hotel Pestana, de Salvador, onde começará o V Congresso do PT, o movimento da
jovem direita adentra o terreno adversário e acende uma faísca perigosa”.
Ela segue: “Ir cutucar os
petistas em seu congresso é uma provocação. É chamar para a briga os militantes
petistas que lá estarão, tentando encontrar remédios para suas feridas. O clima
já terá componentes emocionais mesmo na ausência de provocadores. Se os
liderados de Kim Kataguiri repetirem ali suas performances exaltadas, no melhor
estilo neo-fascista, estarão chamando os petistas para a reação e o confronto.”
Por fim, Terezinha
complementa: “se o adversário for agredi-los lá, no maior encontro do partido,
não sei não”.
Au contraire, petista:
se os petistas cometerem qualquer tipo de agressão, o farão por sua livre
decisão, seu senso moral já conhecido e sua incapacidade de aceitar o
contraditório. Enquanto os manifestantes do MBL não levantarem sua mão e não
invadirem espaços privados (e, justiça seja feita, a sala de hotel onde
ocorrerá o Congresso é um espaço privado, pois é alugado, mas os
exteriores do local não), limitando-se ao protesto civilizado, os petistas
não tem nenhuma – repito, nenhuma – justificativa para
qualquer ataque.
O que vemos aqui é que
Terezinha busca fingir que “se for manifestar do lado de fora é agressão” (não
é), para, aí sim, incentivar os petistas à briga.
Dica aos heróis do MBL: peçam
reforço policial e filmem tudo.
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