quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A Batalha de Confetes

Valmir Fonseca Azevedo

Como a população brasileira, estamos assistindo a uma pantomina de disputa entre ladrões, corruptos, golpistas e malfeitores.
Quem vencerá?
Aparentemente, todos.

Alguns sofrerão algumas equimoses, outros, um desconforto muscular, porém ao término, todos poderão vangloriar-se pelas retumbantes vitórias.
Mas quem poderá perder algo?

De fato, só o povo brasileiro, que já está atolado em cerca de 38 % de seus vencimentos e ganhos para sustentar os ladrões, corruptos, golpistas e malfeitores.

Não sabemos se os ônus com o aumento sensacional do valor das multas de trânsito e o aumento do valor dos pedágios, sem contar o número espantoso de postos de pedágio criados recentemente, estão embutidos nos 38%.
É provável que não.

A nação está mergulhada em fracassos econômicos e no bate-boca entre os disputantes; o que importa para eles, de fato, é a tomada do poder e como cada grupo poderá alcançar acachapantes vitórias, o Brasil poderá ser dividido igualmente entre eles.

Sabemos como o país é grande, tanto que desde 1940 já poderia ocupar um lugar de destaque no cenário Internacional, contudo pelos embromadores ocupantes dos postos de mando vai remando e, por vezes, como agora, regride.

Esta é mais uma crise entre muitas que infestarão de miséria as nossas tradições.
Ao contrário dos otimistas, imaginando uma facção que poderá ter uma vitória mais significativa sobre qualquer uma das outras, infelizmente, os viventes aqui das cavernas, talvez por ignorância, não imaginam o que de positivo poderá ocorrer para o povo.

Vença quem vencer, a trolha em nossos traseiros perdurará.

Alguns nacionalistas têm a leve esperança de que o PT sofra algumas porradas, e que nos próximos anos sua influência seja um pouco menor. Não muito menor, é óbvio.

Não acreditamos na diminuição dos impostos, no crescimento da honestidade, da coragem ou da cidadania.

Na verdade, o atual cenário é de desavenças, no qual ladrões acusam patifes, golpistas atacam corruptos e nenhum dos grupos está se empenhando na salvaguarda da pátria.
Na prática, cada lado busca enfraquecer o outro para avançar o seu, cada vez mais.

Mas por quanto tempo durará a contenda? Nem o Saci Pererê sabe.

Existe a possibilidade de os grupos pelejantes chegarem a algum acordo? Depende.

Sabemos que os ladrões, corruptos, golpistas e malfeitores possuem suas ambições, e se uma raposa velha souber dividir a cornucópia nacional, de riquezas, de desonestidade, de impunidade e de desigualdades entre eles, o acordo será atingido e tudo seguirá em frente.

Mudanças, só nos nomes e alcunhas daqueles que nos farão de reles e submissos pagantes de suas mordomias e riquezas.

Oxalá, nós, trogloditas das cavernas, sejamos atropelados pela ocorrência de fatos totalmente novos e diferentes do que testemunhamos há décadas.

A impunidade é uma tradição incrustada em nossa sociedade e dificilmente será expulsa pelas gloriosas autoridades que hoje disputam o poder e as riquezas nacionais. 
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 13 de agosto de 2015

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