Valmir Fonseca Azevedo
Como a população brasileira, estamos assistindo a uma pantomina de
disputa entre ladrões, corruptos, golpistas e malfeitores.
Quem vencerá?
Aparentemente, todos.
Alguns sofrerão algumas equimoses, outros, um desconforto muscular, porém
ao término, todos poderão vangloriar-se pelas retumbantes vitórias.
Mas quem poderá perder algo?
De fato, só o povo brasileiro, que já está atolado em cerca de 38 % de
seus vencimentos e ganhos para sustentar os ladrões, corruptos, golpistas e
malfeitores.
Não sabemos se os ônus com o aumento sensacional do valor das multas de
trânsito e o aumento do valor dos pedágios, sem contar o número espantoso de
postos de pedágio criados recentemente, estão embutidos nos 38%.
É provável que não.
A nação está mergulhada em fracassos econômicos e no bate-boca entre os
disputantes; o que importa para eles, de fato, é a tomada do poder e como cada
grupo poderá alcançar acachapantes vitórias, o Brasil poderá ser dividido
igualmente entre eles.
Sabemos como o país é grande, tanto que desde 1940 já poderia ocupar um
lugar de destaque no cenário Internacional, contudo pelos embromadores
ocupantes dos postos de mando vai remando e, por vezes, como agora, regride.
Esta é mais uma crise entre muitas que infestarão de miséria as nossas
tradições.
Ao contrário dos otimistas, imaginando uma facção que poderá ter uma
vitória mais significativa sobre qualquer uma das outras, infelizmente, os
viventes aqui das cavernas, talvez por ignorância, não imaginam o que de
positivo poderá ocorrer para o povo.
Vença quem vencer, a trolha em nossos traseiros
perdurará.
Alguns nacionalistas têm a leve esperança de que o PT sofra algumas
porradas, e que nos próximos anos sua influência seja um pouco menor. Não muito
menor, é óbvio.
Não acreditamos na diminuição dos impostos, no crescimento da
honestidade, da coragem ou da cidadania.
Na verdade, o atual cenário é de desavenças, no qual ladrões acusam
patifes, golpistas atacam corruptos e nenhum dos grupos está se empenhando na
salvaguarda da pátria.
Na prática, cada lado busca enfraquecer o outro para avançar o seu, cada
vez mais.
Mas por quanto tempo durará a contenda? Nem o Saci Pererê sabe.
Existe a possibilidade de os grupos pelejantes chegarem a algum acordo?
Depende.
Sabemos que os ladrões, corruptos, golpistas e malfeitores possuem suas
ambições, e se uma raposa velha souber dividir a cornucópia nacional, de
riquezas, de desonestidade, de impunidade e de desigualdades entre eles, o
acordo será atingido e tudo seguirá em frente.
Mudanças, só nos nomes e alcunhas daqueles que nos farão de reles e
submissos pagantes de suas mordomias e riquezas.
Oxalá, nós, trogloditas das cavernas, sejamos atropelados pela ocorrência
de fatos totalmente novos e diferentes do que testemunhamos há décadas.
A impunidade é uma tradição incrustada em nossa sociedade e dificilmente
será expulsa pelas gloriosas autoridades que hoje disputam o poder e as
riquezas nacionais.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília,
DF, 13 de agosto de 2015
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