Carina Bratt
Houve há muitos e muitos anos
atrás, um cidadão de sangue nas ventas que, por sacanagem do pai, fora batizado
como Guilherme Tell. Este cidadão se tornou famoso embora morasse numa quina
quase escondida da suíça conhecida como Cantão de Uri. O Cantão de Uri está
incrustrado no Vale do Baixo Reus, ao sul do Lago de Lucena compartilhado
também pelo belíssimo Lago dos Quatro Cantões.
A capital do Canto de Uri é
Altdor. Guilherme se assemelhava com o
trapaceiro e calhorda do Fernando Collor de Melo. Parecido, evidentemente, com
este vagabundo, no bom sentido, ou via outra, na forma branda da palavra. Por
exemplo. Guilherme Tell não aceitava
propina nem por reza braba.
A casa de sua filha Ozória
Tell, ao contrário da palhoça “Dinda”, às margens do Lago Paranoá, na capital
dos bandidos, foi construída com o suor de seu rosto. Ele, Tell, se
especializara no manejo da Besta (arma com aspecto semelhante ao de uma
espingarda, com arco e flecha adaptado a uma das extremidades de uma haste e
acionado por um gatilho). Guilherme Tell jamais desejou se meter em obras
faraônicas como usinas nucleares, embora tenha sido convidado certa vez pelo
Michel Temer para vir conhecer Angra dos Reis.
Amigo distante de Lula (quando
ambos trabalhavam como metalúrgico no ABC Paulista), Guilherme recebeu vários
chamamentos para participar da compra, em parceria com o petista, de um tríplex
em Guarujá, e, igualmente, ser vizinho dos “dezenove dedos” em sítios fantasmas
nas cercanias de Atibaia. Não aceitou. Honrado até dizer chega não se vendia
por malas de dinheiro. Por isto as pessoas o tinham como herói?
Claro que não! Guilherme Tell
se fizera herói, porque além de manejar a Besta com sagacidade e desembaraço,
atravessava os velhinhos nas ruas, ajudava os cadeirantes a descerem ou subirem
rampas. Guiava os ceguinhos nas calçadas, dava esmola aos pedintes e ainda por
cima não podia ver ninguém com fome. Metia a mão no embornal e pagava o que a
criatura quisesse comer.
Colado na pele de Guilherme
Tell como pulga no cachorro Hermann Gessller governador austríaco tirano.
Extremamente austero e autoritário chato e soberbo, esta figura acumulava um
leque de manias esquisitas, pior que o Roberto Carlos com seus toques mal
curados. Soltava, a todo instante, puns fedorentos e os prendia em litros.
Depois de flatulenciar bastante, saia pelos bares e tabernas do vilarejo,
arrancava as rolhas e obrigava as pessoas a cheirarem seus fedores.
Quando não isto, arrancava as
calçolas das meninas que circulavam pela pracinha e as mastigava regadas a
taças de vinho, como se fossem tira-gostos de primeira linha. Urinava nos muros
escrevendo a pinto ereto, com o jato de seu mijo, o nome da sua amada, não
outra senão Ozória Tell, no albor dos quinze anos, de quem se fizera apaixonado
desde que lhe botara os olhos nos costados.
Desnecessário dizer que a
rapariga o odiava e com assistida razão.
Hermann fazia questão de ser um grude, além de obsessivamente ciumento e
nojento. Dizem seus historiadores, jamais lavava as mãos, depois que guardava o
membro aliviado e murcho dentro da cueca.
Uma idiotia, todavia, marcava
sobejamente mais que tudo a sua conduta de governador. Hermann pendurava o seu
chapéu com as cores da Áustria sobre um poste enorme na Praça de Altdorf em
frente ao mercado municipal, como sinal de sua autoridade. Toda a galera, em
por ali passando, deveria cumprimentar o pomposo objeto, se curvando em
reverência, como homenagem simbólica ao seu posto. Ai daquele ou daquela que
ousasse atravessar os jardins sem se dobrar ao objetivo do tresloucado.
Guilherme Tell extremamente
emputecido com o imbecil (pelo fato do almofadinha estar nos calcanhares
assediando sua única filha) ousou desobedecer as ordens reais do safardana.
Acintosamente foi lá, veio cá, umas quatro ou cinco vezes. Passou, repassou e
nada de cumprimentar o chapéu do Poderoso. Foi preso o infeliz juntamente com a
Ozória, sob a acusação de desrespeito, atitude que naqueles idos significava
morte.
Neste pé, enquanto discutia
com os guardas, surgiu Gessler em carne e osso. Perguntou, então, ao
prisioneiro, de supetão: “Soube que riste e debochasse da insígnia de sua
majestade, no caso, euzinho aqui. Tal fato procede?” Ato contínuo, sem esperar
por uma resposta qualquer ordenou que os soldados aprisionassem Guilherme e a jovem
Ozória, sua linda e encantadora filha.
Sabedor, entretanto da fama
que possuía Guilherme Tell de sujeito macho pra cachorro, forte como um touro,
bom escalador e, sobretudo atirador de flechas, à besta, lhe propôs a liberdade
e a de Ozória, impondo a seguinte condição: “Se conseguires acertar uma maça
que será colocada sobre a cabeça de tua filha, ambos sairão livres, porém, se
não acertares, mandarei os dois assistirem a um show dos “Mamonas Assassinas”
lá no céu.
Guilherme Tell diante deste
fato, não teve alternativa. A jovem Ozória foi amarrada a um tronco, com a
fruta sobre a cabeça. Estipulada a distância, Guilherme preparou a Besta, fez
pontaria e desferiu a flecha. O dardo certeiro atingiu o alvo, arrebentando a
maça ao meio. Terminada esta proeza inacreditável para a ralé da época, que assistia
estupefata, Guilherme Tell tirando da aljava uma segunda flecha que trazia
escondida, encarou o tirano cara a cara e mandou bala: “Se a primeira flecha
não acertasse o alvo – gritou, para que todos o ouvissem - esta, na sequência,
não erraria o teu coração”.
Apesar desta falta de respeito
à sua pessoa, o governador não cumpriu a palavra. Guilherme saiu condenado à
prisão perpétua junto com Ozória. Contudo conseguiu fugir uma semana depois,
disfarçado de Dilma Rousseff e sua filha Ozória de Raquel Dodge. Tell, por sua
vez, cumpriu a palavra e acabou por mandar o tirano para o raio que o parta. O
povo, contente, quis fazê-lo governador em sucessão a Gessler. O famoso herói,
porém, achou por bem continuar no anonimato. E, de fato, morreu nele aos 95 anos.
Título e Texto: Carina Bratt, da Lagoa Rodrigo de
Freitas, no Rio de Janeiro. 7-4-2019
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O NOME DO LAGO É LUCERNA E A CAPITAL DO CANTÃO É ALTDORF.
ResponderExcluirGUILHERME TELL É UMA LENDA, SEU NOME É LIGADO AO CANTÃO DE TELLICON.
A PARÓDIA FOI BOA...
Muito bem colocada cada palavra pena que antigamente a mesta lanssavam flexas oje as bestas ou os bestas lançao massos de dinheiro no bousso destes porcos que sujam ate a propia cama feita de suborno como a masça foi tirada com uma flecha tinha que ser tirado também a excelência quer diser indecência color de Mello ou melado porque estava escorregando na propia merda que corria quando foi tirado do poder vergonha e um monte de besta ainda oje em ves de atirar flechas atira rosas para estes porcos pisarem em cima pensando bem alguem ja viu um artista lançar rosas ou estou enganado não inporta porque a glória da rosa são os espinhos e porisso que a verme o desculp sidadam Dilma Rusef extraordinária ou ordinária fica a duvida kkk faser oque somos brasileiros não desistimos nunca e nunca vamos aprender a ser um povo que não se curva a qualquer chapéu de cobra que ve no mato ironia ou não vamos continuar a se arrastar em sima de merda desta corja que deixa seu rastro de merda como dizia o artista .D.do mamonas asacinasum rastro de merda como as cabritas novinhas dão pulos altos cabra velha Rusef cagava baicho e muitos tapavam os olhos para não ver o caminhi de bolinhas de merda...
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