"Mendigos e cracudos tomaram o
bairro", dizem moradores de Copacabana indignados com o consumo e venda de
drogas, a sujeira e a presença ostensiva dos moradores de rua.
Diário do Rio
Os problemas com moradores de
rua e dependentes de drogas em Copacabana vinham piorando
desde o início do governo do prefeito Marcelo Crivella, mas agora, em tempos de
pandemia, a situação se agravou. São sofás, camas, colchões, e até mesas, além
dos próprios moradores, com acúmulo de lixo, fezes de animais e humanas,
distribuídos por várias esquinas e ruas da princesinha do mar. Isto, sem contar
na violência, o consumo de tóxico a céu aberto, o atirar de pedras portuguesas
em automóveis e outros relatos dignos da série The Walking Dead.
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Na Rua Domingos Ferreira,
próximo à esquina de Barão de Ipanema, pedintes dormem em colchões de casal, e
tentam extorquir dinheiro de transeuntes. |
Os relatos pululam pelas redes
sociais há semanas, sem qualquer reação das autoridades. Na rua Hilário
de Gouveia, próximo ao Colégio Pinheiro Guimarães, e ao lado da Policlínica
Copacabana, a situação é crítica, segundo a moradora Solange Duarte: “ali
eles passam dia e noite acampados, fazendo suas necessidades ali mesmo, comendo
e jogando as embalagens e outros lixos pelo chão. A qualquer hora do dia
ou da noite brigam entre si. No meio da noite é um inferno, ninguém nos prédios
perto tem descanso, somos acordados em meio a gritos. Se a polícia aparece,
correm levando junto seus colchões para em poucos minutos voltarem e recomeçar
a baderna“. Alan Amorim, outro morador de Copa, endossa o que disse
Solange, e conta dos momentos de terror que se passaram com ele: “estão
jogando pedra nos carros, arranhando os mesmos estacionados, brigas e
discussões são constantes, tive 2 vidros do meu carro quebrados“.
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Na avenida Copacabana,
famílias inteiras acampam com móveis, colchões e defecam junto às portarias dos
prédios. |
Outro ponto que, segundo os
moradores, têm se tornado crítico, é a esquina da Avenida Atlântica com a Rua
Rodolfo Dantas. “Ali se vende e consome drogas, vejo da minha janela, mas
quando a Polícia chega não encontra nada pois eles escondem dentro de postes e
em buracos na terra em volta das árvores, sem contar mochilas de pedintes“,
disse ao DIÁRIO o leitor Paulo, que pediu que não
divulgássemos seu sobrenome. No grupo de Facebook Copacabana Urgente, Fabi
Junior corroborou o relato de nosso leitor: “ali aumentou muito a quantidade
de moradores, muito mau cheiro, fezes, sexo ao ar livre, comércio de drogas,
moro próximo“.
Na esquina da Rua Barão de
Ipanema com a Avenida Atlântica existem umas árvores muito bonitas, que em
épocas normais servem para casais se sentarem, crianças brincarem. Mas depois
que começou a quarentena, é permanente o consumo de drogas no local, sem contar
o lixo. “Outro dia tinha um sofá lá. Da minha janela, quase todas as noites,
eu vejo os moradores de rua que dormem ali esquentando drogas numa colher, não
sem antes olhar pra todos os lados e procurar ter certeza de que não vem
polícia. Mas de vez em quando a polícia vem, e eles escondem as drogas em
buracos na terra ou jogam no jardim do prédio em frente. Todos os dias a rotina
se repete, consumo de tóxico por eles.” disse André Padilha, morador do
edifício exatamente em frente. Arlinda X., outra vizinha ao local, já interveio
para evitar um estupro: “no canteiro central em frente à Barão de Ipanema
tem um mendigo que tem um cachorro. Muitas noites este cachorro late a noite
inteira. Semana passada, saí na janela e vi que o cachorro latia porque o homem
estava em cima de uma mulher, que gritava. Saí na janela aos berros, sem
acender a luz. O homem parou, e mulher saiu correndo em direção à Bolívar.“
A Rua Constante Ramos, entre
avenida Copacabana e Atlântica, lado ímpar, também passa por situação
semelhante. São tendas, sofás, colchões de casal, fezes de cães e ameaças a
passantes a todo o tempo. Após muita insistência de moradores, a guarda
municipal fez a retirada de parte do mobiliário utilizado por mendigos tanto
para o sono quanto para ocultação de colheres, seringas e saquinhos de pó que
muitos duvidam ser farinha.
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Mais um sofá destinado ao uso
de moradores de rua e toxicômanos, este bem na Avenida Atlântica, ao lado do 5
estrelas Pestana Rio Atlântica |
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Na esquina de Constante Ramos
com Domingos Ferreira, mais um morador de rua descansa em seu sofá, até ser
“perturbado” pelas autoridades |
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