A União Europeia é tanto a causa quanto a resposta para esse profundo
desconforto existencial. Ela responde à necessidade da França de voltar a ser
uma grande potência e ao desejo da Alemanha de não ser mais alemã, além de
responder à vontade de políticos fracassados e aposentados, de todos os
países-membros, de se manter poderosos e influentes ad infinitum.
De fato, trata-se de um gigantesco fundo de pensão destinado a financiar
políticos obsoletos, como também, por meio destes, a abastecer uma gorda
burocracia. Todos sabem que essa é uma organização corrupta que obstrui o
desenvolvimento da Europa, mas parece que ninguém consegue pensar em um modo de
mudar a ordem do jogo.
Em A Nova Síndrome de Vichy, Theodore Dalrymple remonta o mal-estar
europeu até as duas guerras mundiais do século passado, com os seus desastrosos
embora compreensíveis efeitos sobre a autoconfiança dos europeus. Como
resultado de seu passado recente, os europeus não acreditam mais em nada,
exceto na segurança econômica, no aumento do padrão de vida, na redução da
jornada de trabalho e na ampliação das férias em lugares exóticos.
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