quinta-feira, 19 de agosto de 2021

A vergonha do “jornal” Público

O artigo censurado e a nota do censor:

Título: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias, 19-8-2021

2 comentários:

  1. O que o Público escreveu: “Como é do conhecimento dos nossos leitores, o PÚBLICO é um jornal que cultiva e estimula a diferença de opiniões que alimenta as sociedades democráticas.”

    O que o Público estava realmente a dizer: “Como é do conhecimento dos nossos leitores, o PÚBLICO é um jornal que cultiva e estimula a diferença de opiniões, desde que de acordo com a nossa que alimenta as sociedades democráticas.”

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  2. Que vergonha, Manuel Carvalho, que vergonha!”
    Henrique Pereira dos Santos
    O Público despublicou um artigo de Pedro Girão (que reproduzo integralmente no fim do post, para que qualquer pessoa possa avaliar a questão, já que o Público o fez desaparecer) "Uma vacina longe demais".

    As justificações são as seguintes:

    "pelo tom desprimoroso e supérfluo usado pelo autor em relação a várias personalidades da nossa vida pública";

    "pelo seu teor ... tende a instigar a ideia de que a vacina contra a covid-19 é "uma experiência terapêutica" sem validade centífica".

    Despublicar um artigo de opinião com base nestas justificações, qualquer que seja o conteúdo do artigo, é uma vergonha para qualquer jornal no mundo e este post poderia ficar por esta constatação.

    O Público é claro: "Numa questão tão sensível como a da pandemia, recusamos em absoluto promover juízos que tendem a negar a importância ou relativo consenso científico em torno das vacinas". Ou seja, o Público é claro a dizer que o consenso científico (uma contradição nos termos, seja em que assunto for, mas passemos por cima disso) é relativo, mas ainda assim entende que os seus leitores são incapazes de fazer juízos sobre as diferentes opiniões e, por isso, recusa-se a publicar opiniões que o Público acha inaceitáveis.

    É extraordinário que jornais achem que há opiniões inaceitáveis, indignas de chegar ao espaço público e é por defender isso que o Público deveria pedir desculpas aos seus leitores, e não por publicar opiniões, sejam elas quais forem.

    Se isto já fosse pouco, basta ler o texto abaixo para verificar que o Público entende que não se podem escrever textos "desprimorosos" para Marcelo Rebelo de Sousa, Gouveia e Melo e António Costa, as únicas "personalidades da nossa vida pública" referidas no texto. Deixemos de lado a comparação entre o desprimor deste texto para com essas personalidades, e o desprimor com que o Público, milhares de vezes, no tom e no conteúdo, se referiu a Cavaco ou Passos - para só referir dois habituais sacos de pancada do Público, quer dos seus colunistas, quer dos seus jornalistas - para nos espantarmos com a cobardia de omitir os nomes de três figuras do poder para disfarçar o facto do Público achar que o respeitinho é muito bonito e que o Poder (com letra maiúscula para condizer com o respeito que o Público lhe devota) não deve ser incomodado pelo tom dos artigos de opinião que se publicam.

    Aparentemente o Público acha que as discussões sobre a vacinação de crianças e adolescentes, sobre os procedimentos excepcionais de aprovação de uso imediato das vacinas e coisas que tais, são tabus.

    E, mais que isso, acha que a discussão ética sobre a ideia de usar crianças e adolescentes como escudo de terceiros nem sequer deve chegar ao espaço público.

    Eu nunca escreveria o texto abaixo, não o subscrevo, sobretudo quando se equivale a aprovação das vacinas através de um procedimento excepcional a "uma experiência terpêutica", uma equivalência que me parece claramente excessiva, mas este post não é sobre este texto e muito menos sobre o seu conteúdo, mas sobre a vergonha de ter um jornalismo atento, venerando e obrigado.

    Manuel Carvalho faria bem melhor em controlar a informação que o seu jornal publica sobre a epidemia, começando por impedir que os seus jornalistas propaguem informação falsa, como ainda hoje faz na sua primeira página, mesmo na manchete principal, ao sugerirem que hoje as máscaras são obrigatórias na rua, uma mentira recorrente do Público e de grande parte da imprensa.

    Limitem-se a ser jornalistas e deixem-se de se preocupar com a minha, e de todos os leitores, incapacidade para interpretar textos e opiniões heterodoxas e minoritárias e, sobretudo, tenham vergonha, tenham muita vergonha, e deixem de fazer estas figuras tristes para me proteger.

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