domingo, 17 de julho de 2022

[As danações de Carina] Um homem e o seu olhar apaixonado pelo belo

Carina Bratt 

PENSEM NUM PINTOR pouco conhecido em nosso país. Certamente, chegaríamos a 'Rubens' [foto]. Nome de batismo, PETER PAUL RUBENS. Nasceu há exatos quatrocentos e quarenta e cinco anos passados, ou em 28 de junho de 1577 em Siegen, na Alemanha. Veio a óbito aos 63 anos de idade, em 30 de maio de 1640, na Bélgica. Uns dizem que ele era holandês e que trabalhou para a corte holandesa. Na verdade, a sua biografia quanto a certos e pequenos pormenores, é extensa. Uns autores afirmam que ele era flamengo e trabalhou para os regentes espanhóis da região de Flandes, na época dominada inteiramente pela Espanha.


No site ‘Art/Ref’ (disponível nas redes sociais), tomamos conhecimento que ‘a pintura no estilo Barroco se espalhou rapidamente entre os artistas da época, tornando-se, por conta disso, universal. Os traços dramáticos, a representação de figuras simples no interior das casas, os autorretratos sem validade e a fantasia clássica e mitológica, são encontradas nas mais variadas regiões da Europa do século XVII’. Rubens foi casado com a jovem Helena Fourment (de 1630 a 1640) e com Isabella Brandt (de 1609 a 1626). Teve dois filhos. Nicollaas Rubens, ‘Lord of Rameyen’ (com Isabella Brandt) e Peter Paul Rubens III (com Helena Fourment). 

Segundo um e seus vários, historiadores e pesquisadores (aqui citamos o brasileiro Silvio Carlos Souza Siqueira de Campinas, interior de São Paulo, autor de ‘Os Grandes Pintores Que Ficaram Esquecidos’, Editora do Autor São Paulo 1955) ‘o pai de Rubens, o magistrado Jan Rubens, fora exilado por sua participação na luta pela independência do domínio espanhol. De volta do exílio, a família foi viver em Antuérpia (Bélgica) embora Rubens cresceu e se fez pintor conhecido sob o patrocínio do duque Vicente I Gonzaga de Mântua, na Itália, onde viveu grande parte da sua vida e se tornou um fenômeno com os pincéis. Com a morte da mãe, a escritora Maria Pypelincks, o artista retornou a Antuérpia, e passou a trabalhar para o governador espanhol para os Países Baixos, o arquiduque Alberto de Habsburgo. Com a cidadania espanhola, serviu à diplomacia daquele pais, que ainda dominava a região do Flandes’’. 

O que na verdade euzinha quero destacar nas minhas ‘Danações’ de hoje, são as obras produzidas por Rubens. Quadros que se tornaram conhecidos, mundo à fora, alguns deles imortalizados pela sua singeleza mitológica e, claro, pelos temas tratados. É o caso, por exemplo, da ‘Elevação da Cruz’ [foto], ‘Sansão e Dalila’, ‘Massacre dos Inocentes’ a ‘Descida da Cruz’, ‘As Três Graças’, ‘O Rapto das Filha de Leucipo’, ‘O Estupro das Filhas de Leucipo’, Daniel na Cova dos Leões’, ‘Adão e Eva’, ‘Assunção de Maria’, ‘Dois Sátiros’, ‘A Queda dos Condenados’, Retrato de Susanna Lunden’ e ‘Adoração dos Reis Magos’’ e tantos mais. Ao todo, Rubens, deu vida e forma criando mais de 3 mil obras. Seu ateliê era enorme e bastante frequentado. 

‘Nele trabalhavam pintores especializados, em retratar mãos, frutas, cavalos e até as crinas desses animais’. Figura como a sua mais importante obra o ‘altar-mor da igreja de Santa Maria de Vallicella', embora alguns biógrafos discordem, batendo na tecla que ‘Mulher Velha e Menino Com Velas’, seguido de ‘Hércules Lutando contra o leão de Neméia'’, estejam entre os mais cotados. Não importa o quadro. Faz diferença a obra deixada pelo artista. Ao todo, como eu disse, mais de 3 mil. Finalizando, eu destacaria, ‘Mulher velha com uma cesta de carvão’ ‘Chefe da Medusa’, ‘Vênus luto Adonis’, e para terminar, ‘O veredicto de Paris’’. Rubens, na verdade, gostava de pintar as mulheres voluptuosas. E, de fato, conseguiu: retratou, em seus quadros, aquilo que de mais exuberante existe no eterno mundo do frágil sexo oposto. 

Título e Texto: Carina Bratt. Da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, 17-7-2022

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