Governo entregou documento que permite ao
grupo avaliar o cumprimento de etapas necessárias para concretizar adesão
Cristyan Costa
O governo iniciou o processo de entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O anúncio foi feito pelos ministros da Economia, Casa Civil e Relações Exteriores, no Planalto, na quinta-feira 6.
A adesão à OCDE era uma das
promessas do presidente Jair Bolsonaro em 2018, e ganhou força após o primeiro
turno da eleição. Agora, o Brasil será avaliado por 26 comitês em diversas
áreas, como meio ambiente e gestão fiscal.
“Nós queremos o aprimoramento
das políticas brasileiras, as reformas estruturantes e a construção de mais
oportunidades para o nosso povo”, declarou o ministro da Casa Civil, Ciro
Nogueira, ao elogiar o governo.
Nogueira disse que o mais
importante é a demonstração da direção que o governo está caminhando. “O
documento de adesão tem mais de 1,1 mil páginas”, ressaltou. “Ao todo, foram
mais de 48 instituições envolvidas e quase mil técnicos do governo federal
atuando para alcançarmos esse resultado.”
O ministro Paulo Guedes acrescentou que o processo chega na hora em que o Brasil “decola”. Disse ainda que o país é um dos que mais cresce, gerando empregos e no caminho de se tornar um dos mais avançados do mundo.
Guedes afirmou que a entrada
do Brasil na OCDE pode ajudar o Brasil a conquistar uma cadeira no Conselho de
Segurança da Organização das Nações Unidas. “O Brasil está muito respeitado lá
fora”, disse o ministro da Economia.
Até o momento, o Brasil já
aderiu a 108 de 230 requisitos que terá que preencher para entrar na OCDE. Os
grupos temáticos vão avaliar efetivamente as políticas e legislações
implementadas. Não é exatamente um checklist. É um processo
político e diplomático. Ajustes podem ser negociados.
“Esse memorando inicial, além
de indicar de caráter preliminar os compromissos do Brasil à luz desses 230
instrumentos, vai permitir que nos comitês haja uma conversa para discussão
sobre como o Brasil formula essas políticas”, complementou Sarquis José
Buainain Sarquis, secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do
Itamaraty.
Título e Texto: Cristyan
Costa, Revista Oeste, 7-10-2022, 6h40
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), é uma organização internacional composta por 38 países da América do Norte e do Sul, da Europa e da Ásia-Pacífico. Inclui muitos dos países mais avançados do mundo, mas também países emergentes como a Colômbia, o México, o Chile e a Turquia.
ResponderExcluirSão os seguintes os Estados-Membros da OCDE:
Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Tchéquia, Suécia, Suíça e Turquia.
Pois bem, no meu pressentimento, se depender dos votos dos governantes dos atuais membros, o Brasil não tem muitas chances de ingresso.
Separei alguns países que, certamente, votarão contra:
Alemanha, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, México, Noruega, Portugal…