Pois é, se já vão longe os tempos da expressão
banalizadora “os brancos com peixes e mariscos e os tintos com carnes e caça”,
os tempos da expressão limitadora “os tintos devem ser bebidos à temperatura
ambiente” ainda teimam em azucrinar o consumidor.
Vejamos, a expressão “temperatura
ambiente” referia-se, antanho, à temperatura da cave (ou masmorra) onde esse
vinho era guardado. Daí que às vezes, por estar tão frio (gelado) lá embaixo
era necessário aquecer o vinho. Agora, que rareiam as caves e desapareceram as
masmorras (ainda bem!), ainda tem gente, garçons e gerentes de restaurantes e, pior
ainda, profissionais que se dizem “sommeliers” ou escanções, que teimam em nos
servir aquela garrafa que está ali em cima, numa prateleira, muitas vezes
colada ao calor da cozinha, sem uma prévia refrigeração. E fazem cara muito
feia quando se lhes pede que coloquem a garrafa na geladeira.
Sabe?, ouviram
dizer, ou leram na apostila, que o vinho tinto deve ser ser servido à
temperatura ambiente e pronto! os anteolhos não os deixam sentir que a “temperatura
ambiente” está em 24° (Celsius), quando não mais alta. E olha que atualmente
os produtores colocam no rótulo a temperatura recomendada que, na maior parte
dos casos, é de 16° a 18°.
Me abstraindo do gosto de cada um – tem gente que
gosta de beber vinho tinto à temperatura ambiente – de El Azizia, na Líbia, ou Yakutsk,
na Sibéria – outros gostam de tomar cerveja diretamente da grade… eu prefiro a
cerveja estupidamente gelada, o vinho branco gelado e o tintinho fresquinho,
well…
Eis o leque de temperaturas recomendado pelo Clube
Vinhos e Sabores:
- 6° para os espumantes
- 8° para vinhos verdes ou vinhos brancos leves
- 10° para vinhos brancos jovens e frutados
- 12° para vinhos brancos encorpados e/ou com
estágios
- 14° a 16° para vinhos tintos abertos e frutados
- 16° para vinhos tintos jovens ricos em fruta
- 18° a 20° para vinhos tintos
encorpados e com mais estágio.
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Os meus tintinhos |
À esquerda, o Porta da Ravessa que é um é um DOC
Alentejano, produzido pela Adega Cooperativa de Redondo; à direita, o Adega de
Pegões, vinho regional da Península de Setúbal.
O primeiro, bebo em dias de festa, ou nos dias,
três, imediatamente após o recebimento da aposentadoria (INSS). Nos demais
dias, vai o Adega mesmo que é ótimo! E sempre fresquinhos!
Saúde!
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