Poderíamos denunciar as várias
agressões de que foram vítimas as Forças Armadas nas últimas décadas. Elas,
certamente, negarão.
Foram maltratadas, sacaneadas,
envergonhadas, difamadas, estupradas e, em alguns casos, ridicularizadas.
Mas existe um prazer sádico na
sequência de abusos, a vítima tem que emitir gritinhos de prazer ou engolir em
seco, e revirar os olhinhos diante de tanta orgia. Talvez, os disciplinados
subordinados tenham recebido ordens para disfarçar orgasmos e deleites.
E assim tem sido nas últimas
décadas.
A cada cacetada, como
sadomasoquistas depravadas, as Instituições nem gemidos soltam. Aprenderam como
satisfazer aos seus sádicos senhores.
Ah, mas com a Comissão da
Verdade, o sadismo chegou às raias da loucura. Cansados de deflorar a incauta
dama, os psicopatas se agigantaram.
A sanha e a depravação que
foram levadas ao extremo chegaram ao seu limite. Era preciso muito mais, causar
dor já não era mais suficiente, era preciso desmoralizar, envergonhar, cuspir,
trucidar.
E assim, surgiu a ideia da
criação de uma Comissão para o trucidamento final (?). E, após exaustivos
estudos, ouviu-se uma voz. Que tal
empalar?
Aplausos. É possível empalar a honra? Fisicamente, é. Mas a
grandeza, a personalidade, também? Não sabemos, mas não custa tentar.
Quem quer ser empalado? E os três braços se levantaram ao mesmo
tempo.
Quem quer ser o primeiro? Os três quase se atracaram em busca da
primazia.
Agora, caberá a um grupo de
notáveis esculpir uma tala, uma grossa e comprida estaca. Pois faz parte do empalamento, introduzir o instrumento no
ânus do inimigo até surgir a sua ponta na boca da vítima.
Por quanto tempo? Dois anos.
Provavelmente ao vivo e em cores pela televisão.
Mas nada impede que nas
vésperas do seu final, amplie-se o prazo. Lembram-se da busca das ossadas?
Perdemos as contas de quantas comissões foram nomeadas, num processo sem fim.
E os recursos para a Comissão?
Provavelmente infinitos, pois basta pedir mais que eles serão repassados.
Alguém duvida?
Não sabemos de empalados que tenham sobrevivido. Nem física,
nem moralmente.
Aguardemos o que sobrará das
instituições militares depois desta gratificante e gloriosa experiência.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca
Azevedo Pereira, Brasília, DF, 24 de setembro de 2011.
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