Valmir Azevedo Pereira
Desde que estudiosos criaram
os tais de cenários, vários oráculos
passaram a desvendar as possibilidades futuras e, até mesmo, programá-las.
Bastava levantar as variáveis negativas e trabalhar sobre elas para obter,
graças a meticulosos e bem engendrados estratagemas, o futuro sonhado.
As pitonisas do petismo não fugiram à regra.
Levanta cenário daqui, desenha
cenário dali, e prognosticaram que a desmoralização das Forças Armadas estaria
definitivamente alcançada até o final de 2012.
Acertaram em cheio.
Precavidos levantaram algumas
hipóteses que poderiam frustrar os seus planos.
Uma, a reação interna das
Forças.
Para tanto, escolheram a dedo
autoridades de mando que não causariam o menor problema.
A outra foi a grita da
oposição que poderia num ato de coragem unir-se contra as suas tramoias e,
buscando preservar a dignidade do poder nacional, invalidar as suas trapaças.
Hipótese facilmente
enfraquecida com as alianças políticas que envolveram o apoio em troca de
cargos e de verbas. Galho fraquíssimo.
Um otimista aventou,
timidamente, a revolta da sociedade, que como uma entidade fantasma só existe para justificar medidas que interessam
ao desgoverno, do tipo “a sociedade adora
a metamorfose”, “viva a nossa
sucessora, a faxineira impiedosa”, e assim por diante.
Logo, esta hipótese foi
descartada por total falta de fundamento.
Remoendo a imaginação chegaram
com dificuldade, até a indignação dos militares da reserva e os reformados.
Esta preocupou, inicialmente,
mas alguém lembrou convicto, “são uns
pelados, sem salário decente, sem acesso à mídia, sem recursos para mobilizar
nem a família, o que dirá um bando de milicos”. Sem contar, argumento definitivo, que a turma é desunida, e para nossa satisfação (dos planejadores), milico não precisa de inimigo.
A urdidura foi perfeita. Ao
longo dos anos, as Instituições Militares foram submetidas às diversas pústulas
nomeadas com extrema picardia para desgastá - las como inqualificáveis
ministros da defesa.
O penúltimo foi para arrasar e
desmoralizar; o atual será para entortar conceitos, e com um toque sutil formar
a NOVA MENTALIDADE militar.
Sim, a aniquilação das Forças
Armadas Brasileiras ainda será o “ESTUDO DE CASO” perfeito no tema de “COMO
DESCONSTRUIR UMA INSTITUIÇÃO”.
Caberá às futuras gerações
decidirem se o Planejamento Politico “enrabativo”
foi perfeito, ou se os militares foram coniventes, incompetentes, e
juntaram-se, graciosamente, o REVANCHISMO COM A OMISSÃO, e seremos, então, o
produto acabado de como suicidar-se suspendendo, voluntariamente, a
respiração.
Contudo, felizmente, para o
orgulho do jeitinho nacional, solidário no samba, no carnaval, na micareta, no
rock in Rio, no trio elétrico, na parada gay, salvaram-se todos.
Sem honra, sem moral e sem
atitude, é vero, mas como já disse um esperto anistiado, “é melhor viver sem dignidade do que morrer cheio de orgulho”.
“Quanto aos demais cenários, o da submissão da mídia, por exemplo, vai de
vento em popa, gritou tok tok, já
soltamos nesta etapa, conforme o previsto, o inefável Dirceu, que está bombando
na mídia amiga.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 28 de setembro de 2011.
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