Nuno Carregueiro e Marlene
Carriço
Intenções de voto no PSD
descem no barómetro de Setembro, mas continuam acima dos 40% e mais de 16
pontos percentuais acima do PS.
O estado de graça do Governo
de Passos Coelho parece estar a chegar ao fim. Já são mais os que acham que
esta equipa governamental vai governar pior (37%) do que a anterior, do que os
que acham que vai governar melhor (34,4%).
Segundo o barómetro mensal da
Aximage para o Negócios e Correio da Manhã, o índice de expectativas no Governo
caiu para 11 pontos, contra 57em Julho. Ainda assim bem acima dos valores
negativos do índice quando era Sócrates quem chefiava o Executivo português.
A queda acentuada das
expectativas dos portugueses no Governo são resultado das medidas de
austeridade anunciadas por Passos Coelho nos últimos meses, como a aplicação de
uma taxa extraordinária sobre metade do subsídio de Natal que excede o salário
mínimo e o aumento do IVA na electricidade e gás para 23%. Medidas que também pesaram
negativamente nas intenções de voto nos sociais-democratas. Depois de três
meses a subir nas intenções de voto dos portugueses, o PSD regista em Setembro
uma quebra. Ainda assim, continua a ser o preferido de 40,9% dos inquiridos,
contra os 42% de Julho.
Já o PS sobe, de 24% para
25,1%, uma ligeira recuperação que deixa o partido agora liderado por António
José Seguro a uma larga distância do PSD (mais de 16 pontos percentuais).
O CDS, o outro partido do
Governo, também desce nas intenções de voto, passando de 10,3% em Julho para
7,1% em Setembro. A CDU sobe de 7,5% para 9% e o Bloco de Esquerda cai de 5,9%
para 3,2%. Já a abstenção continua a sair “vencedora”, pois recolhe a
preferência de 43,4% dos portugueses (40,6% em Julho).
Já Pedro Passos Coelho está
agora abaixo de Paulo Portas, Jerónimo de Sousa e José Seguro na avaliação dos
portugueses aos líderes partidários, com uma nota negativa de 8,8 pontos. Paulo
Portas colhe aqui a melhor pontuação (13 valores) e é também o ministro mais
popular.
Na avaliação ao Presidente da
República, 37,6% dos portugueses dá nota positiva, mais do que os 28,1% que
reprovam a sua actuação. A nota é agora de 11, o valor mais baixo desde Julho
do ano passado e que compara com os 13,3 de Julho deste ano.
Jornal de Negócios, 19-09-2011
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