sábado, 24 de setembro de 2011

"O pouco, com Deus, é muito; e o muito, sem Deus, é pouco"?

Cinelândia, 20 de setembro de 2011. Foto: Dayse Mattos

Carlos Lira
Dentre esses dois mil e quinhentos participantes, lá estive eu:com as minhas emoções, sentindo uma pura energia positiva de insatisfação visando uma mudança (se continuarem os protestos, com certeza, essa mudança advirá) e o desejo por mudança, por uma limpeza salutar nesta política podre que nos envergonha a todos! O que mais lamentei foi não ter encontrado os participantes do "Movimento Acordo Já!" porque eles se distanciaram do palco dos acontecimentos - se aquietaram no outro lado da pista e depois se posicionaram diante do palco principal - deram as costas aos outros participantes e, muitos dos nossos que circulavam entre os presentes, procuravam por este grupo. O que se viu antes do comício de protesto foi uma demonstração de civismo edificante! Ali, no verdadeiro palco dos acontecimentos onde existiam fotógrafos e cinegrafistas do mundo inteiro, era viva a demonstração de brasilidade e, ali, no palco destes fatos, o "Movimento Acordo Já!" não estava presente... uma pena...
O pouco com Deus é muito nos faz refletir sobre o "tesouro espiritual" que Deus fornece é mais valioso e duradouro do que os "tesouros" que o mundo dispõe para a humanidade. Aqui, no Brasil, principalmente, o tesouro material está sendo desviado para mãos assassinas, cruéis e insensíveis: esta geração de políticos que "assola" nossa pátria nação. Neste memorável acontecimento os famosos "caras pintadas" não estiveram presentes: foram comprados pelo PT - silenciaram, se acovardaram, tornaram-se reféns da própria ambição. O que falar sobre os sindicatos - especialmente o SNA? Todos eles estão recolhidos, amordaçados pelo PT, reféns da própria ambição, afinal, o dinheiro comprou a honra dessa gente. Políticos, sindicalistas e a UNE estão totalmente indiferentes à performance espiritual. Todos os dias nos noticiários, direta ou indiretamente, esse ditado é aplicado com perfeição: um assalariado mantém sua mulher e filhos com o seu mísero salário mínimo, e consegue sobreviver, é um malabarista. Um traficante acumula bens imensuráveis às custas de dizimar familias com a venda dos tóxicos (maconha, cocaina, craque, etc), um dia a polícia o surpreende, e todos esses bens que não foram ganhos com o suor do trabalho são confiscados. Os principais políticos que "imperam" neste Brasil diversificado, roubam, acumulam fortunas, se locupletam às custas dos miseráveis e continuam incólumes, invioláveis como os verdadeiros soberanos do mal. Até parece que Deus deixou de "ser brasileiro". São políticos facínoras, que desafiam esta afirmativa, creditando aos que acreditam em Deus o "pouco", já que, escravizados por bens materiais, eles baniram a palavra "muito" e vivem como se tivessem "pouco" porque a ganância é progressiva, cresce numa proporção geométrica. Existem aqueles (poucos em relação aos muitos assalariados) de altíssimo padrão social e econômico que transformaram seus bens (fortunas) em seus deuses. Vivem em desarmonia com o mundo, trancados atrás de cercas elétricas de muros inatingíveis de um "sofisticado" condomínio fechado - em Brasília, na Barra RJ, Jardins SP - e guardado por seguranças 24 horas por dia. Isso é o resultado de ter trocado o verdadeiro Deus, pela riqueza, o seu Deus. Com certeza, existem pessoas ricas em bens materiais, e nem por isso, estão escravizadas por bens materiais. Sabem compartilhar os seus bens com o mundo porque sabem que Deus é amor, e o amor harmoniza o mundo. Coisa que estes políticos desconhecem - ironicamente foram eleitos como representantes desta população sofrida. Por iso, eis o comparecimento destes 2.500 abnegados brasileiros! E lá estive eu.
Título e Texto: Carlos Lira
Edição: JP
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