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Imagem: Esquerda.net |
Esquerda.net
50 pessoas juntaram-se na
tarde desta quarta feira no Rossio para defender a liberdade de expressão em
Angola. Presente na vigília, o escritor José Eduardo Agualusa declarou que José
Eduardo dos Santos deve abandonar o poder e retomar o processo democrático.
“O presidente ainda está a
tempo de abandonar o poder e retomar o processo democrático. Ele pode sair
preservando a sua honra e a sua fortuna pessoal. Pode contribuir para o
desenvolvimento do país como empresário” declarou à agência Lusa o escritor
angolano José Eduardo Agualusa, que participou na vigília que juntou meia
centena de pessoas.
O jornalista angolano Rafael
Marques também esteve presente na vigília tendo realçado que as recentes
manifestações em Angola representam uma tomada de consciência dos angolanos.
Rafael Marques afirmou à Lusa que “é fundamental que os angolanos saibam gerar
solidariedades para que as mudanças que são necessárias para o bem do país
ocorram de forma pacífica” e realçou que a atitude dos jovens manifestantes
angolanos foi um exercício de liberdade e de expressão e que por isso não devem
permanecer presos. “Quando chegar a Luanda vou visitá-los à cadeia. Só assim
teremos uma verdadeira democracia e estabeleceremos elos de solidariedade entre
todos aqueles que lutam pela liberdade”, salientou ainda Rafael Marques.
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Foto: Pedro Cunha/Público |
Jorge Silva, vice-presidente
da associação Solidariedade Imigrante, disse ao jornal Público que o objectivo
da vigília era “despertar consciências” e impedir que os recentes
acontecimentos em Angola degenerem em mais violência. “Não podemos deixar que o
nosso silêncio permita banhos de sangue em Angola”, disse ainda ao jornal Jorge
Silva, frisando que “está na hora de José Eduardo dos Santos e o MPLA
respeitarem os direitos democráticos do povo angolano.”
Em declarações ao jornal, o
escritor José Eduardo Agualusa criticou também a posição de Portugal: “Tem sido
sempre muito tímido. Porta-se, desde sempre, muito mal. A posição de Portugal é
de grande submissão ao regime angolano. Agora, mais ainda”, referindo-se às crescentes
relações comerciais.
Texto:
Esquerda.net
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