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José Eduardo dos Santos no VI
Congresso do MPLA,
7 de Dezembro de 2009 – Foto de Bruno Fonseca/Lusa.
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Jovens angolanos concentraram-se
junto ao tribunal, onde estão a ser julgados os manifestantes presos no passado
sábado e clamaram por Liberdade. Posteriormente, dispersaram e manifestaram-se
em vários pontos da cidade de Luanda. Nesta quinta feira verificaram-se novas
prisões. O julgamento prosseguirá sexta feira.
Jovens concentraram-se nesta
quinta feira junto ao tribunal de Luanda, manifestando a sua solidariedade com
os 21 detidos no passado sábado, que estão a ser julgados em julgamento sumário
e à porta fechada no Tribunal de Polícia de Luanda.
Nas manifestações de
indignação junto ao tribunal foram detidas várias pessoas. O segundo comandante
da polícia disse à Lusa que as detenções se verificaram porque teriam sido
“arremessadas pedras” contra carros da polícia. Entre os detidos encontram-se
Mfuka Muzemba, líder da juventude da Unita, Paulo Vaz, membro do Bloco
Democrático, e o jornalista João Jorge, do semanário “Continente”.
Os jovens dispersaram depois e
manifestaram-se em vários pontos da cidade de Luanda, nomeadamente junto às
embaixadas dos EUA e da França e no Largo da Maianga.
Justino Pinto de Andrade,
líder do Bloco Democrático, disse à Lusa que “para não estarem concentrados
apenas num local vários grupos de jovens dispersaram e fizeram manifestações em
pontos diversos da cidade”
No julgamento, os jovens estão
a ser acusados de terem agredido os polícias com pedras. Foi ouvido um médico e
os polícias acusadores. Segundo o advogado de defesa, David Mendes, “não ficou
provada a responsabilidade” pelas agressões. “Pelo contrário. Houve um dos
detidos que apresentava uma mordedura provocada por um cão da polícia e até
agora ainda não recebeu assistência médica. Esse foi, aliás, uma das nossas
exigências”, declarou o advogado à Lusa. O julgamento foi interrompido às 23.20h
e prosseguirá nesta sexta feira.
Além dos detidos que estão a
ser julgados a Human Rights Watch denunciou na passada terça feira que pelo
menos 30 pessoas se encontram incontactáveis ou em parte incerta.
Com justa indignação o site
ClubK-net denunciou que a RTP África prestou atenção irrisória a agressão contra os seus
jornalistas e refere:
“Dois operadores da delegação
de Luanda da RTP, Hugo Ernesto e Nicolau Chimbila, foram agredidos (contusões
na cabeça e braços) quando no largo da Igreja da Sagrada Família colhiam
imagens da manifestação [de 3 de Setembro], tendo sido assistidos numa clínica;
a câmara que utilizavam foi danificada”. Porém, “o correspondente da RTP em
Luanda, Paulo Catarro, (não presenciado no local), fez alusão, numa reportagem
sobre o assunto, emitida pelo TJ, RTP 1, 03.Set, à danificação do material,
atribuindo-a a 'elementos não identificados, infiltrados entre os
manifestantes'; não assinalados, porém, os danos físicos causados aos
operadores”.
Fonte: Esquerda.Net,
09-09-2011
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