sábado, 17 de setembro de 2011

Terror: “Creature” faz a pior estreia de todos os tempos


Imagem: Divulgação

Marcus Petrucelli
O fato é bastante comum no Brasil, mas quando acontece nos Estados Unidos o mercado realmente se agita, dá a resposta imediata e a corda arrebenta para muitos dos envolvidos (quando não, para todos). A história aconteceu com o filme de terror americano "Creature", que fala sobre um monstro que ataca um grupo de visitantes em um pântano da Louisiana. Em seu primeiro final de semana de exibição, a produção quebrou um recorde negativo de público. Explicando melhor: o longa arrecadou parcos US$ 331 mil (o que equivale a aproximadamente R$ 564,5 mil) nas bilheterias, tendo sido visto por cerca de 35 mil espectadores. Isso corresponde a uma média de seis espectadores por sessão, levando-se em conta que o filme estreou em mais de 1.500 salas (mais da metade do número de salas de cinema no Brasil). Os especialistas da indústria americana logo concluíram que esta foi a pior estreia de um filme em todos os tempos nos Estados Unidos. De acordo com a crítica publicada pelo jornal New York Times, o filme é "farto em nojeira, mas escasso em ideias". "Creature", que não tem nenhuma previsão de ser lançado no Brasil, foi dirigido por Fred Andrews, um veterano desenhista de produção de programas de TV, e teve um orçamento inferior a US$ 2 milhões (cerca de R$ 3,4 milhões). "A Suprema Felicidade", de Arnaldo Jabor, custou mais do que o dobro e foi igualmente um fracasso retumbante. A obra de Jabor foi vista por aproximadamente 100 mil espectadores no total, num período de pouco mais de um mês. Mas triste mesmo são os títulos brasileiros que já na estreia tiveram um resultado pífio: "Atabaques Nzinga" foi visto por 19 pessoas; "Zé Pureza", por 70; "Andarilho", 125; "Cleópatra", 898; "Procuradas", 1.062 pessoas. Detalhe: este "Procuradas" é do mesmo diretor Zeca Nunes Pires, que fez agora "A Antropóloga" e entrou na lamentável lista de 15 filmes do Ministério da Cultura e de onde sairá o representante do Brasil na disputa do Oscar de filme estrangeiro em 2012.
Texto: Marcos Petrucelli é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado em 1992. Trabalhou no jornal Folha da Tarde e nas revistas Set e Playboy, da Editora Abril. Em 1997 criou o e-Pipoca, primeiro site especializado em cinema na internet brasileira. Além de cobrir os mais importantes festivais de cinema no Brasil, Petrucelli também esteve na cerimônia do Oscar em quatro oportunidades. Desde 2005 é comentarista do quadro Sessão de Cinema, no CBN Total, programa ancorado por Adalberto Piotto.
Edição: JP

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