Imediatamente após o
nascimento, o cérebro da criança inicia sua jornada de conhecimentos
terrestres, observando e armazenando informações sobre luz, som e imagens.
Depois, já inicia os exercícios de seus comandos motores, ordenando a
movimentação das mãos, pés e todos os outros movimentos possíveis do corpo.
Passada a fase inicial, do
aprendizado natural, instintivo, os seres humanos só conhecem o que lhe mostram
ou ensinam, desde seu idioma aos movimentos físicos necessários para a execução
de infinitas possibilidades, como andar de bicicleta e mais tarde dirigir
veículos das mais diversas espécies.
Durante esse aprendizado,
realizado no lar, na rua, nas escolas e em todos os ambientes frequentados por
uma pessoa, ela acaba aprendendo milhares de coisas desnecessárias, impróprias,
boas ou ruins, cabendo a cada um usar ou não esse aprendizado, o que faz com
que, por suas escolhas, cada um se torne um ser único, inigualável.
Além de físicas, as diferenças
podem ser de saúde – pela forma como foram criadas-, educacionais, culturais,
sociais e patrimoniais, com cada uma delas provocando outras, nas mais diversas
áreas.
As mais fáceis de serem
notadas, nos diferentes países ou em regiões distintas de um mesmo país, são as
de idioma, pois as pessoas falam de modo, com velocidade, expressões e sotaque
diferente de outras, com variações enormes dentro de um mesmo país, ou de
muitos que utilizam o mesmo língua.
Como em muitos outros países,
nas diversas regiões brasileiras também podemos notar acentuadas diferenças nos
traços físicos das pessoas, por conta da origem de seus colonizadores.
O que mais chama a atenção,
além de todas essas diferenças é que mesmo com todas elas o ser humano se
adapta a qualquer mudança, seja climática, alimentar, de esforços físicos e
principalmente de conhecimento.
Pessoas com pouquíssima
instrução, residentes em pequenas aldeias, em meios rurais ou em matas,
praticamente isoladas, distantes de qualquer grande centro, sabem de coisas
sobre as quais muitos professores e doutores não possuem qualquer conhecimento,
principalmente em relação à utilização de produtos da natureza para sua
alimentação ou como medicamentos.
Mesmo em pessoas com
isolamento praticamente total, independentemente da quantidade de anos, a mente
está sempre pronta para novos aprendizados, bastando para isso o contato com as
informações.
O mesmo pode ser observado nos
animais de várias espécies, como as de papagaios e cacatuas que, quando
expostos à convivência com humanos acabam falando e até cantando. Recentemente
a imprensa divulgou que algumas cacatuas, em seu habitat natural da Austrália e
ilhas vizinhas, aprenderam a gritar, falar e cantar em português, pelo contato
com papagaios contrabandeados do Brasil, que lá escaparam e alcançaram a
natureza.
Com a exposição ao
conhecimento, além de educação e cultura, o ser humano acaba possuindo mais
saúde, com novos hábitos de higiene e alimentação, transmitindo isso aos seus
descendentes que, em virtude dessa mudança dos pais, já nascerão mais
saudáveis.
Além de se preservar e
aprofundar os estudos dos conhecimentos adquiridos durante gerações por aqueles
que viveram da natureza, como os índios e os silvícolas ainda existentes, é
preciso colocar à disposição de todos, cada vez mais tipos de conhecimento,
literário, histórico, científico e tecnológico, o que fará alcançarmos outros
novos mais rapidamente.
As possibilidades de conhecimento humano são infinitas fontes de
progresso, mas só possíveis com sua disponibilização geral.
Título, Imagem e Texto: João
Bosco Leal
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