segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Temperaturas dos vinhos


Pois é, se já vão longe os tempos da expressão banalizadora “os brancos com peixes e mariscos e os tintos com carnes e caça”, os tempos da expressão limitadora “os tintos devem ser bebidos à temperatura ambiente” ainda teimam em azucrinar o consumidor. 

Vejamos, a expressão “temperatura ambiente” referia-se, antanho, à temperatura da cave (ou masmorra) onde esse vinho era guardado. Daí que às vezes, por estar tão frio (gelado) lá embaixo era necessário aquecer o vinho. Agora, que rareiam as caves e desapareceram as masmorras (ainda bem!), ainda tem gente, garçons e gerentes de restaurantes e, pior ainda, profissionais que se dizem “sommeliers” ou escanções, que teimam em nos servir aquela garrafa que está ali em cima, numa prateleira, muitas vezes colada ao calor da cozinha, sem uma prévia refrigeração. E fazem cara muito feia quando se lhes pede que coloquem a garrafa na geladeira. 

Sabe?, ouviram dizer, ou leram na apostila, que o vinho tinto deve ser ser servido à temperatura ambiente e pronto! os anteolhos não os deixam sentir que a “temperatura ambiente” está em 24° (Celsius), quando não mais alta. E olha que atualmente os produtores colocam no rótulo a temperatura recomendada que, na maior parte dos casos, é de 16° a 18°.

Me abstraindo do gosto de cada um – tem gente que gosta de beber vinho tinto à temperatura ambiente – de El Azizia, na Líbia, ou Yakutsk, na Sibéria – outros gostam de tomar cerveja diretamente da grade… eu prefiro a cerveja estupidamente gelada, o vinho branco gelado e o tintinho fresquinho, well…

Eis o leque de temperaturas recomendado pelo Clube Vinhos e Sabores:

- 6° para os espumantes
- 8° para vinhos verdes ou vinhos brancos leves
- 10° para vinhos brancos jovens e frutados
- 12° para vinhos brancos encorpados e/ou com estágios
- 14° a 16° para vinhos tintos abertos e frutados
- 16° para vinhos tintos jovens ricos em fruta
- 18° a 20° para vinhos tintos encorpados e com mais estágio.

Os meus tintinhos
À esquerda, o Porta da Ravessa que é um é um DOC Alentejano, produzido pela Adega Cooperativa de Redondo; à direita, o Adega de Pegões, vinho regional da Península de Setúbal.

O primeiro, bebo em dias de festa, ou nos dias, três, imediatamente após o recebimento da aposentadoria (INSS). Nos demais dias, vai o Adega mesmo que é ótimo! E sempre fresquinhos!
Saúde!

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