Do
sol, alegre, quente, na subida.
Parece
que a minh’alma é perseguida
Por
um carrasco cheio de maldade!
Ó
minha vã, inútil mocidade,
Trazes-me
embriagada, entontecida!...
Duns
beijos que me deste noutra vida,
Trago
em meus lábios roxos, a saudade!...
Eu
não gosto do sol, eu tenho medo
Que
me leiam nos olhos o segredo
De
não amar ninguém, de ser assim!
Gosto
da Noite imensa, triste, preta,
Como
esta estranha e doida borboleta
Que
eu sinto sempre a voltejar em mim!...
Florbela
Espanca
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