Na madrugada
de 8 de março de 2014, um B-777 da Malaysia Airlines, aeronave das mais
modernas da atualidade, que fazia o voo MH-370 de Kuala Lumpur para
Pequim, desapareceu para sempre, levando consigo 227 passageiros e 12
tripulantes.
Passados cinco
meses, nada, absolutamente nada se sabe sobre o paradeiro deste avião.
Não resta a
menor dúvida de que foi um ato criminoso, e o mundo vai acabar descobrindo o
porquê e quem praticou este ato. É apenas uma questão de tempo e de dor
prolongada aos que perderam seus entes queridos.
Total de
vítimas: 239 pessoas mortas
Total de
famílias enlutadas: indefinido
Em
apenas um espaço de quatro meses e alguns dias, no dia 17 de julho
de 2014, a mesma Malaysia, o mesmo tipo de avião e desta vez com 283
passageiros e 15 tripulantes, fazia o voo MH-17, Amsterdam - Kuala
Lumpur, quando foi criminosa e covardemente abatido sobre a Ucrânia por
um míssil de procedência Russa e operado por criminosos que se auto-denominam
separatistas Ucranianos.
Desta vez,
apesar de não ser nada reconfortante para as famílias enlutadas, sabemos quem
foi, como foi e os responsáveis serão julgados como criminosos de guerra, com
toda a certeza.
Total de
vítimas: 298 pessoas mortas
Total de
famílias enlutadas: indefinido
Nunca em 100
anos de aviação comercial e em menos de cinco meses, uma companhia aérea
precisou lidar, em tão pouco tempo, com dois desastres da magnitude que a
Malaysia enfrentou.
Na
realidade, ainda se analisam as possibilidades da empresa conseguir
sobreviver a estas tragédias.
Lidar com a
perda simultânea de duas aeronaves do porte dos B-777, e o assassinato
deliberado de 537 seres humanos sob sua responsabilidade, certamente não será
tarefa fácil nem para a empresa enlutada, nem para um país jovem, moderno,
altamente desenvolvido socialmente e pacífico como é o caso da Malásia.
A empresa já
está passando por uma forte revisão de toda a sua operacionalidade e,
severamente amparada por um governo que preserva não só um patrimônio de
bandeira conhecida internacionalmente, como a preservação de sua própria
nacionalidade ferida por dois golpes de extrema dureza.
Um fundo de
investimento público, vai assumir o controle da Malaysia e está oferecendo 436
milhões de dólares por mais ações da empresa, porque já possui uma fatia.
O governo
Malaio diz que precisará da cooperação de todos os envolvidos para realizar a
reestruturação.
O jovem
tigre asiático, terra das Petronas towers
fez a opção inteligente e a mais sensata possível, em usar um fundo de
investimento público para salvar a empresa que leva a sua bandeira ao mundo,
classificada com cinco estrelas pela Skytrax World Airline Awards.
A
opção da "pátria de chuteiras" foi patrocinar um mundial
de futebol construindo doze mega arenas, e a contrapartida desses gastos
absurdos é a conta da economia combalida que está para chegar. Mas antes, como
lhes convinha, arruinaram o fundo de pensão Aerus e logo a seguir dizimaram uma
das joias da coroa do país, tirando-a dos céus do mundo, ao declarar que a
crise na empresa era problema de
mercado, porque
afinal Garanhuns está para o Brasil, como Harvard para os EUA.
Parece que
isto é uma verdade absoluta aqui pelos mares do sul.
Em 12 de
abril de 2006, o fundo de pensão AERUS sofreu um ataque violento e criminoso.
Foi a
primeira tentativa do abate também criminoso de uma empresa aérea de
bandeira nacional e representativa no cenário mundial, deixando à época cerca
de DEZ MIL pensionistas e famílias da terceira idade, sem os seus salários
originais.

Total de
vítimas: 1.050 pessoas mortas
Total de
famílias enlutadas: indefinido
Total de
empregos perdidos: 20.000
Não foi um
desparecimento espontâneo como o primeiro, nem tampouco um míssil disparado
como o segundo.
Foi pior,
muito pior, foi premeditado por pessoas sem escrúpulos, elementos comprometidos
apenas com o que podem auferir em lucro sobre espólios por eles determinados e,
a posteriori, destruídos, para que se consume o saque, a esbórnia.
A falta de
sentimentos de patriotismo para com empresas de bandeira nacional é normal
nesse tipo de gente corrompida pelo dinheiro, pois a sua miserabilidade já vem
de berço, e é endêmica.
A diferença
no número de mortos nas três tragédias está com saldo excedente para nós, em um
número assustador: 513 e subindo,
mas nada acontece para conter esse holocausto.
Certamente
os culpados serão achados e irão pagar caro, e a seu tempo, por esta tragédia.
Ao
contrário, a Malásia, que após sofrer um rude golpe, não vai deixar a sua
empresa bandeira ser abandonada, como o foi aqui.
O silêncio
sepulcral e conivente de um povo com esta tragédia MADE IN BRAZIL, que só vislumbra cidadania com bandeira, hino e
choro, em partidas de futebol, nos coloca para pensar, quais as consequências
finais desta opção fútil, no futuro desta nação.
Título e
Texto (formatação original): José Manuel,
ex-tripulante Varig, 11-08-2014
Os textos dos
que escrevem, e eu me incluo, sobre o caso AERUS, são publicados em uma lista de e-mails,
que inclui senadores da república, empresários, cidadãos formadores de
opinião,e também na revista virtual européia www.caoquefuma.com, com abrangência em 172
países, até ao momento.
É a informação sobre a tragédia AERUS,
sendo levada cada vez mais longe, para que o mundo tome conhecimento da verdade
sobre o que se passa aqui no Brasil.
[O cão tabagista conversou com…] Thomaz Raposo: "Até hoje nunca desisti, pois sou uma pessoa determinada"
O custo ao cidadão, e a falta de horizontes (a cidade, a ponte, o trem e os fundos de pensão)
Aposentado pede ajuda a Fernando Gabeira
Atenção... Preparar para o pouso...
A Faixa de Aerus
Thomaz Raposo escreve que não é bem assim...
O custo ao cidadão, e a falta de horizontes (a cidade, a ponte, o trem e os fundos de pensão)
Aposentado pede ajuda a Fernando Gabeira
Atenção... Preparar para o pouso...
A Faixa de Aerus
Thomaz Raposo escreve que não é bem assim...
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