Hoje saiu o resultado da pesquisa do IBOPE com notícias
positivas para Aécio Neves: Dilma tem 36%, Marina tem 30% e Aécio 19%. O que
significa que Dilma perdeu 3 pontos, Marina perdeu 1 e Aécio ganhou 4. Bem
interessante se considerarmos as projeções que fiz no texto Qual é o desafio realista para Aécio Neves chegar no segundo turno?, onde sugeri metas factíveis.
Relembremos as projeções
feitas em 10/09:
1.
11/09 – Marina 30% – Aecio 14%
2.
18/09 – Marina 27% – Aecio 17%
3.
25/09 – Marina 24% – Aecio 20%
4.
02/10 – Marina 21% – Aecio 23%
É bom esperarmos a pesquisa do
Datafolha nesta quarta-feira para sustentar ou não os dados, mas a se confirmarem
essas informações, Aécio teria superado a sua meta em 2 pontos, mas a queda de
Marina ainda ficou a desejar. Ou seja, no total teria ficado 1 ponto abaixo da
meta (10 pontos de distância, quando agora são 11 pontos), mas é o suficiente
para “continuar no jogo”.
Uma análise mais profunda será
feita somente depois da divulgação da pesquisa do Datafolha, mas por enquanto
Aécio deve seguir o plano: atacar Dilma e, nos ataques à Marina, fazê-lo de
forma transversal. Mas Dilma precisa ser simplesmente desconstruída, para usar
a expressão do momento da política nacional.
Eu tenho visto os programas de
Aécio ultimamente e acho que há bons ataques neste sentido, mas ainda não com a
contundência necessária. Pelo que vejo, ele acerta “a veia” algumas vezes, mas
não todas.
No debate da CNBB, o momento em que ele descarregou artilharia
sobre Dilma, em aliança com Pastor Everaldo, foi um belo destaque. Mantendo
esse nível, aumenta a chance dele ser percebido como a verdadeira oposição à
Dilma, papel hoje ocupado por Marina Silva.
E quanto aos ataques
“divididos” entre Dilma e Marina? Aécio por sorte tem pego mais leve com Marina
e mais forte com Dilma. Diante da primeira, ele usa os ataques transversais. E
diante de Dilma os ataques mais diretos. Está na direção certa. Mas é preciso
de muito mais em termos de assertividade.
O tom usado no debate hoje
para desmascarar o Mensalão 2 de Dilma é um exemplo de postura mostrando
indignação, “sangue nos olhos” e ainda lançando um shaming contra o oponente,
sem esquecer de falar ao coração. É assim que as coisas devem funcionar. Mas
ressalto de novo: é preciso lembrar que a evolução obtida foi um pouco abaixo
do esperado, portanto é preciso comer mais um pouco de feijão com arroz.
De mais a mais, uma análise
mais detalhada, com revisão (ou não) de plano, fica para amanhã depois da
pesquisa do Datafolha.
Título e Imagem: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 17-09-2014
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