quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aécio ganha 4 pontos na pesquisa IBOPE com táticas boas, mas que poderiam ser ainda melhores

Luciano Ayan


Hoje saiu o resultado da pesquisa do IBOPE com notícias positivas para Aécio Neves: Dilma tem 36%, Marina tem 30% e Aécio 19%. O que significa que Dilma perdeu 3 pontos, Marina perdeu 1 e Aécio ganhou 4. Bem interessante se considerarmos as projeções que fiz no texto Qual é o desafio realista para Aécio Neves chegar no segundo turno?, onde sugeri metas factíveis.

Relembremos as projeções feitas em 10/09:
1.       11/09 – Marina 30% – Aecio 14%
2.       18/09 – Marina 27% – Aecio 17%
3.       25/09 – Marina 24% – Aecio 20%
4.       02/10 – Marina 21% – Aecio 23%

É bom esperarmos a pesquisa do Datafolha nesta quarta-feira para sustentar ou não os dados, mas a se confirmarem essas informações, Aécio teria superado a sua meta em 2 pontos, mas a queda de Marina ainda ficou a desejar. Ou seja, no total teria ficado 1 ponto abaixo da meta (10 pontos de distância, quando agora são 11 pontos), mas é o suficiente para “continuar no jogo”.

Uma análise mais profunda será feita somente depois da divulgação da pesquisa do Datafolha, mas por enquanto Aécio deve seguir o plano: atacar Dilma e, nos ataques à Marina, fazê-lo de forma transversal. Mas Dilma precisa ser simplesmente desconstruída, para usar a expressão do momento da política nacional.

Eu tenho visto os programas de Aécio ultimamente e acho que há bons ataques neste sentido, mas ainda não com a contundência necessária. Pelo que vejo, ele acerta “a veia” algumas vezes, mas não todas.

No debate da CNBB, o momento em que ele descarregou artilharia sobre Dilma, em aliança com Pastor Everaldo, foi um belo destaque. Mantendo esse nível, aumenta a chance dele ser percebido como a verdadeira oposição à Dilma, papel hoje ocupado por Marina Silva.

E quanto aos ataques “divididos” entre Dilma e Marina? Aécio por sorte tem pego mais leve com Marina e mais forte com Dilma. Diante da primeira, ele usa os ataques transversais. E diante de Dilma os ataques mais diretos. Está na direção certa. Mas é preciso de muito mais em termos de assertividade.

O tom usado no debate hoje para desmascarar o Mensalão 2 de Dilma é um exemplo de postura mostrando indignação, “sangue nos olhos” e ainda lançando um shaming contra o oponente, sem esquecer de falar ao coração. É assim que as coisas devem funcionar. Mas ressalto de novo: é preciso lembrar que a evolução obtida foi um pouco abaixo do esperado, portanto é preciso comer mais um pouco de feijão com arroz.

De mais a mais, uma análise mais detalhada, com revisão (ou não) de plano, fica para amanhã depois da pesquisa do Datafolha.
Título e Imagem: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 17-09-2014

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