André Richter
A força-tarefa de procuradores
que atuam na Operação Lava Jato em Curitiba afirmou hoje (1º) que o procurador
Deltan Dallagnol [foto] nunca pediu para a Receita Federal investigar ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) ou seus familiares.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil |
Em nota divulgada à imprensa,
a força-tarefa disse que as informações que surgiram durante as investigações
sobre pessoas que têm foro privilegiado foram encaminhadas à Procuradoria-Geral
da República (PGR) por meio de devida formalização.
"As investigações
realizadas pelos integrantes da força-tarefa sempre foram restritas ao escopo
de suas competências perante a 13ª Vara Federal, na 1ª instância do Judiciário.
As informações sobre detentores de foro privilegiado que chegaram ao grupo
sempre foram repassadas à Procuradoria-Geral da República, como determina a
lei. Algumas dessas informações chegaram à força-tarefa porque ela desempenha o
papel de auxiliar da PGR na elaboração de acordos, mas nunca por causa de
investigações", diz a nota.
A manifestação foi motivada
por novas supostas conversas envolvendo o procurador. Em sua publicação mais
recente, nesta quinta-feira (1º), o jornal Folha de S.Paulo e o site Intercept
Brasil divulgaram mensagens em que o coordenador da Lava Jato, Deltan
Dallagnol, estaria estimulando a força-tarefa a investigar ministros do
Supremo, entre eles Gilmar Mendes e o presidente da Corte, Dias Toffoli, por
meio de informações da Receita Federal. A iniciativa abarcaria ainda as esposas
dos ministros.
Os procuradores também
afirmaram que não reconhecem as conversas divulgadas pelo site e que as
mensagens "têm sido usadas, de forma editada ou fora de contexto, para
embasar acusações e intrigas que não correspondem à realidade".
Título e Texto: André
Richter; Edição: Denise Griesinger – Agência Brasil, 1-8-2019
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