Medida vai atender cerca de 30 milhões de
beneficiários e injetar R$ 21,9 bilhões na economia
O governo determinou nesta segunda-feira (5) a antecipação do pagamento da primeira parcela do abono anual do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Metade do valor do abono – conhecido como o 13º de aposentados e pensionistas – será pago entre os cinco últimos dias de agosto e os cinco primeiros dias de setembro, acompanhando as datas de pagamento dos benefícios do mês. Isso representa uma injeção de R$ 21,9 bilhões na economia neste terceiro trimestre. Terão direito à primeira parcela do abono anual cerca de 30 milhões de benefícios.
A antecipação do pagamento de
50% do abono ocorre por meio de Medida Provisória, enviada ao Congresso, por
decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro. Nos anos anteriores, a
antecipação ocorria por meio de Decreto, portanto não previa espaço para
previsão de pagamento da antecipação nos anos subsequentes.
“Esse é um ato importante, que ao mesmo tempo vai alavancar a
economia brasileira em mais de R$ 21 bilhões e transformar uma política de
governo em uma política de Estado. Com a medida, a partir de agora, haverá
previsibilidade para que no futuro, os aposentados e pensionistas do INSS possam
se programar, uma vez que terão uma garantia real de que receberão esse
adiantamento no mês de agosto. Não dependerão mais do poder discricionário do
Presidente da República na ocasião”, destacou o secretário especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, na noite
desta segunda-feira.
Marinho destacou que desde
2006 o adiantamento de parcela do abono do INSS tem sido realizado em meses
diferentes. “Os funcionários públicos têm essa condição na Lei e os aposentados
e pensionistas, não”, apontou.
A antecipação do pagamento vai
beneficiar aqueles que, durante o ano, tenham recebido auxílio-doença,
auxílio-acidente, aposentadoria, auxílio-reclusão ou pensão por morte e demais
benefícios administrados pelo INSS que também fazem jus ao abono anual. A
parcela dos 50% restantes será paga no final do ano.
Programa Especial
A mesma medida provisória
amplia o número de benefícios que serão objeto do Programa Especial para
Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade, sob responsabilidade do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Programa Especial se destina a analisar
requerimentos de benefícios cujo prazo de 45 dias tenha se esgotado sem
resposta por parte do INSS.
Originalmente, a Lei 13.846/19
determinava que o Programa Especial abrangeria processos com data de conclusão
prevista para até 18 de janeiro de 2019. A medida provisória altera a lei,
incluindo requerimentos com data de conclusão até 15 de junho de 2019 que
também tenham estourado o prazo de 45 dias sem resposta.
O Programa Especial tem como
foco a análise de benefícios com indícios de irregularidade. Esse trabalho será
realizado por técnicos e analistas do INSS. Foi instituída uma gratificação de
R$ 57,50, por servidor, para cada processo concluído.
Título e Texto: Assessoria
de Comunicação, Secretaria de Previdência, 6-8-2018
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