segunda-feira, 9 de novembro de 2020

[Viagens & Destinos] Estação de São Bento, Porto

A Estação Ferroviária de Porto - São Bento, igualmente denominada de Estação de São Bento, e originalmente como Estação Central do Porto, é uma interface da Linha do Minho, que serve a cidade do Porto, em Portugal.

Situada na Praça de Almeida Garrett, no Centro Histórico do Porto, a estação afirmou-se como um dos principais monumentos na cidade, sendo especialmente célebre pelos seus painéis de azulejo. 

O edifício, de influência francesa, é obra do arquiteto portuense José Marques da Silva. 

A estação entrou ao serviço, de forma provisória, no dia 8 de novembro de 1896, só tendo sido oficialmente inaugurada em 5 de outubro de 1916. 

Azulejos e arquitetura

O átrio principal da estação está revestido de azulejos de temática histórica. Cobrindo uma superfície de cerca de 551 metros quadrados, representam, principalmente, cenas passadas no Norte do país, estando retratados, entre outros aspectos, o Torneio de Arcos de Valdevez (painel Batalha de Arcos de Valdevez), a apresentação de Egas Moniz com os filhos ao Rei Afonso VII de Leão e Castela, no Século XII, a entrada de D. João I e de D. Filipa de Lencastre no Porto (painel Entrada de João I no Porto), em 1387, a Conquista de Ceuta, em 1415, e a vida tradicional campestre (painéis Vistas e Cenas Rurais);  

Foram produzidos na Fábrica de Sacavém e instalados entre 1905 e 1906 pelo artista Jorge Colaço, que, nessa altura, se afirmava como o mais popular azulejador em Portugal. 

Os azulejos apresentam um estilo típico da Arte Nova, utilizando cores muito claras, conhecidas como cores-pastel. 

Além dos azulejos, outros aspectos a destacar na estação são a cobertura sobre as vias e a monumental fachada, que, como a maior parte das obras de Marques da Silva na cidade do Porto, apresenta uma forte influência francesa, que se verificou especialmente nas torres laterais, com um estilo típico da Escola de Fontainebleau, oscilando entre a Arquitetura renascentista e a Belle Époque.

Os azulejos retratam uma parte da História de Portugal. Por enquanto continuam embelezando esta emblemática estação ferroviária. 









Fotos: JP e Hilda Torres 

Anteriores:
Vila do Conde: "uma das mais antigas, monumentais, históricas e belas cidades do Norte"
Espinho: Onde as ruas não têm nome - e há vida para além do cassino
Feira de Espinho
Caminhos da História – Senhora da Hora: 400 anos
Caminhos da História – Mais velho do que a Sé de Braga
Porto, junho de 2020
Cabeças de São João Caminhos da História – Origens do Porto

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-