"Largo do Arrastão"
é outro nome pelo qual a esquina da rua Hilário de Gouveia com a Avenida
Copacabana vem se tornando conhecida. "Um verdadeiro QG do crime",
dizem moradores de Copacabana, que já não podem mais passar pelo local.
Quintino Gomes Freire
Numa esquina onde por um bom tempo funcionou uma clínica dentária, a “Sorrisus“, e onde um bonito e largo calçadão deveria servir para o lazer e o encontro dos cidadãos que circulam pelo bairro de Copacabana, instalou-se uma gangue de criminosos que, diariamente, toca o terror no bairro da Zona Sul. Trata-se da esquina da rua Hilário de Gouvêia (ironicamente, a rua da Delegacia de Polícia) com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em frente à Praça Serzedelo Corrêa, no coração da princesinha do mar.
Diariamente, a população se vê
acuada pelo ‘terror’ e pelas ameaças, roubos e furtos levados a termo a partir
daquele local, que os frequentadores acabaram por apelidar de “Largo do
Arrastão“, ou “Esquina do Terror”. O assunto tem sido abordado em
grupos de WhatsApp e Facebook. Para a moradora Vanessa Bonaparte, “passar
por ali é a certeza de voltar sem seus bens“; o negócio está não crítico
por lá que, segundo ela, “até motoristas de aplicativos são surpreendidos
com a destreza deles, que subtraem o celular“.
“Ninguém que mora em Copacabana passa mais por ali. Se instaurou no local um Poder Paralelo. São cracudos, bandidos e moleques que especialmente no fim de tarde e à noite transformaram aquela esquina num QG do crime“, sentencia Adriano Nascimento, subsíndico de um prédio próximo. A esquina já sofria há algum tempo com um acúmulo de mendigos e pedintes no local, enquanto a Sorrisus ainda funcionava, mas, segundo informações obtidas pela reportagem, com o fechamento da loja, os criminosos expulsaram as pessoas que dormiam ali e agora se dedicam quase que exclusivamente a cometer crimes.
Teuk Gong, outro frequentador
do local, diz que já tentou avisar vítimas a não passarem por ali, mas foi
atacado: “Eu avisei e me atiraram pedras. É a antessala do inferno“.
Segundo dados que obtivemos com o porteiro de um prédio próximo, que não quis
se identificar, o local é muitas vezes a ‘concentração’ de arrastões promovidos
pelos bandidos nas ruas de Copacabana. Luiz Peixoto, um internauta do grupo
‘Copacabana Informa’, do Facebook, sabe o destino dos bens: “Tem um sobrado
entre Bolívar e Barão de Ipanema, onde eles guardam suas coisinhas“.
Peixoto se refere ao imóvel invadido que noticiamos aqui no DIÁRIO alguns meses atrás, na Avenida Copacabana 911.
Moradora da própria esquina,
Eduarda Hipólito comentou a situação, demonstrando grande descontentamento: “Moro
exatamente nessa esquina. É um terror completo. Vejo assaltos seguidos de
assaltos pela janela. Quase toda madrugada ouço gritos e quando olho são
motoristas sendo assaltados. Eu vim morar no Rio esse ano, mas já pretendo ir
embora em março. Não dá. Tá tudo abandonado!”, disse ela, no grupo de
discussão Amigos de Copacabana.
A situação já perdura há
muitos meses, e os próprios frequentadores da paróquia de Nossa Senhora de
Copacabana temem por suas vidas, e procuram chegar em grupos para as missas e
eventos. O Governo Estadual anunciou a Operação Verão, e aparentemente tem
mantido Copacabana bem policiada; todavia, o ponto permanece completamente
abandonado pelas autoridades de segurança, que, por vezes, têm tido grande
trabalho em apagar ‘incêndios’ cuja ‘primeira faísca’ ocorre exatamente ali,
na Esquina do Terror. Até quando?
Título e Texto: Quintino
Gomes Freire, Diário do Rio, 21-12-2021, 21h09
Estive hospedado em Copacabana na última semana (de 13 a 19), apesar de farto comércio, lamentei o 'excesso' de mendigos, pedintes, 'vendedores', gente deitada na calçada durante o dia, inclusive crianças! Um triste horror!
ResponderExcluirEstamos caminhando, a passos largos, para um tempo de futuro negro e incerto, onde para sairmos de casa, teremos que pagar 'pedágios' para irmos a farmácia, ou ao supermercado. Esse tempo não demorará muito. Logo essa desgraça sem precedentes baterá nas nossas portas e chegará às portarias de nossos prédios residenciais. Pedágio sim senhor, para termos acesso à praia, ou para simplesmente pegarmos um ônibus, um trem, ou atravessarmos a Barata Ribeiro, cruzando a pracinha do Lido e galgarmos o calçadão da Avenida Atlântica. Tenho uma prima de meu falecido pai, que mora na Ladeira dos Tabajaras, Edifício Neves da Rocha. A ladeira dos Tabajaras desemboca na Siqueira Campos, pertinho da estação do metrô. Metrô é aquele trem que entra pelo cano. OK. Depois das dez horas, é arriscado descer para ir numa padaria que fica logo ali perto, quase na boca 'dentadurada' da Rua Toneleiros. Polícia, que é bom, não existe. Guarda municipal, tampouco. Esses calhordas (fantasiados com as vestimentas da 'militar'), que deveriam nos dar segurança, sumiram. Mas se escafederam para onde? Para as bandas do outro lado da cidade, onde moram os ricos e famosos. Exemplos? Tente passar de carro, ou melhor, a pé, pela ruazinha de terra batida depois das seis da tarde, onde fica o casebre do Luciano Huck. Procure chegar perto da casa da Bruxa, perdão, da Xuxa, entre oito da noite e vinte e três horas. Por essas bandas temos policiais disfarçados de árvores, de postes, de fios telefônicos de cães raivosos com rádios dependurados nos rabos e viaturas munidas com todas as aparelhagens para promoção de cercos rápidos, caso sejam precisos. Um fechar de ruas, nessa região, do narigudo, acontece numa mágica de um abrir e piscar de olhos. Do lado de cá, a cada dia, os 'moradores de rua' crescem em número, se multiplicam como drones em beiras de presídios. ou pior, como assaltantes e punguistas nas cercanias da Central do Brasil. Sem precisarmos mencionar os malabaristas das sinaleiras ao longo dos semáforos da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, com destaque para a rua Sá Ferreira. Nessa simpática rua temos artistas que engolem fogo,comem Gillettes velhas, mastigam baratas ou fazem mil artes com bolinhas de sinuca e garrafas de cervejinhas nas mãos, todos para variarem, se contorcendo como cobras esfomeadas em monociclos (aquelas bicicletinhas que nasceram aleijadas, e, por erros grosseiros de parteiras excomungadas, caminham para lá e para cá numa roda só). Voltando ao pedágio logo daremos de cara com eles. Padaria? R$ 200 reais. Farmácia? R$ 350 reais. Se não pagarmos, tomaremos uma seção de porradas, com chutes nos costados e tabefes nos escutadores de novelas. É a bandidagem dando ordens, se fazendo presente, sobretudo, deixando claro a 'inoperância' da polícia, mostrando a cada segundo, a sua ineficácia e a sua inatividade. Aliás, desde muito, as nossas guarnições comem moscas e arrotam pernilongos diante das câmeras de televisão batendo os pés com aquela velha história de que estão de olhos abertos. De olhos abertos?: Onde? Ou em quê?! Vamos nos preparar para o pedágio. Assim como a vacina, 'PEDÁGIO JÁ'
ResponderExcluirCarina Bratt
Ca
Em Vila Velha ES
Carina, estive hospedado, justamente, nessa viznhança: em frente à UPA. Galeto na esquina com a Siqueira Campos, Tonelero, Figueiredo Magalhães... não tirei nenhuma foto por medo! Aliás, comentei com o meu filho: não vi nenhuma alma tirando fotos, seja de celular ou da câmera...
ExcluirNa próxima estada vou tentar o Posto 2...