Estilo musical típico da Argentina é
patrimônio cultural desde 2020
Pedro Peduzzi
O município de Campo Grande (MS) [foto] é oficialmente a Capital Nacional do Chamamé, título concedido após sanção presidencial ao Projeto de Lei nº 4.528, de 2019. Estilo musical tradicional típico do nordeste da Argentina, mais especificamente na região conhecida por Mesopotâmia Argentina, localizada entre os rios Paraná e Uruguai, o chamamé é também apreciado em dois estados brasileiros: Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
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Foto: Flávio André de Souza/MTur |
Entre os elementos que deram
origem a esse estilo musical, que foi declarado patrimônio cultural da
humanidade pela Unesco em 2020, estão as culturas guararani, afro-americana e
europeia. Entre alguns estudiosos da expressão artística, há controvérsias
sobre sua origem.
Alguns o chamam de polca
correntina, devido às experimentações musicais observadas na região de
Corrientes, na Argentina, a partir de uma mistura entre guarânia e polca
paraguaia – estilo cujo andamento em muito se assemelha ao do chamamé. O estilo
carrega também alguns ritmos fronteiriços como o do rasqueado
sul-mato-grossense.
Os conjuntos "chamamezeiros" são geralmente formados por dois violões e um bandoneón, instrumento típico da orquestra de tango, que pode ser substituído pelo acordeão, popularmente conhecido como sanfona.
Homenagem
Em nota, a Secretária-geral da
Presidência da República informa que a sanção presidencial representa uma
homenagem à comunidade campo-grandense e um reconhecimento de todos aqueles
apreciam essa arte musical. A nota lembra que a expressão artística é também
acompanhada por dança, e que seu nome significa improvisação, na língua
guarani.
“O estilo musical se
consagrou, sobretudo, em Campo Grande, expandindo para algumas outras cidades
e, posteriormente, por meio de entusiastas que passaram a se organizar em
grupos de intérpretes. Dentre eles, Zé Corrêa, precursor do chamamé, sendo o
mais representativo e popular artista do gênero musical no Brasil entre as
décadas de 60 e 70, tendo difundido o ritmo na capital sul-mato-grossense, de
modo que restou instituído o Dia Estadual do Chamamé”, diz a nota.
Título e Texto: Pedro Peduzzi;
Edição: Maria Claudia – Agência Brasil, 29-3-2022, 10h05
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