Aparecido Raimundo de Souza
Existem certas desgraças que
se acham Deus. Agem como Ele. Falam como se fossem donos da Lei. Na verdade,
esses ratos de esgoto são como doenças incuráveis que entram em nossas vidas e
nos levam para o abismo.
Alexandre de Morais, é deus. O
céu dele é o mais esquisito possível. O cara é o todo poderoso. Tão drástico,
quanto fraco, tão altivo, quanto débil, tão senhor de si, quanto anêmico e
depauperado.
Dificilmente essa criatura
será vista como um normal, andando sozinho pelas ruas, seja pelas avenidas de
Brasilia, seja chafurdando nos “bueiros” de São Paulo, ou qualquer outra viela
ou algum desvão da puta que pariu.
Eu, por exemplo, sou um cara
livre. Não sou ministro, não sou Deus. ando de cabeça erguida. Não preciso de
um bando de seguranças em meus calcanhares. Ser ministro para viver preso em
meu próprio martírio, vexado em um tormento particular, usque prisioneiro da
minha própria imbecilidade galopante... melhor ser um sujeito do povo, um Mané
podendo ir e vir, vir e ir sem ter medo ou receio de qualquer porra maluca que
acaso pintar pela frente.
Resumindo: mais propício e menos trabalhoso, mais tranquilo e confortável ser um ilustre desconhecido -, ou dito de forma bem simples, humilde e abrangente: melhor ser um jornalista zero à esquerda... ou um deputado “amalucado” que mostre a fuça e diga a que veio, que viver às escondidas.
Viver como certas criaturas
vivem, à margem do medo, ou apoiadas em seguranças vinte e quatro horas, se
borrando todo, como de temessem o próximo puteiro, não é viver, é VEGETAR.
Entre viver e VEGETAR, prefiro mil vezes a minha vidinha pacata de
escrevinhador.
A minha caneta pode não ter a
força mágica de um inoxidável ministro da corte, contudo, a minha “bailarina”
(o mesmo que caneta), essa sim é a minha Eterna e sofisticada Corte Suprema).
O resto, Senhoras e Senhores, o resto são figuras decorativas e supérfluas. Pinturas cujas tintas sumirão com o tempo. Eu, na minha vidinha serena e quieta, desconhecida de todos, não necessito me impor em nome de uma Constituição borrada e respingada de merdas.
Tampouco seguir atarracado em
Leis vazias e ocas, em artigos frívolos e levianos, incoerentes, é, pior,
regidos por senhores forbilóticos e bárbaros, deuses falsos, entidades
carnavalescas e “girafaleanas” que tentando a todo custo, serem semelhados ou
semelhantes à Deus, D’Ele fogem como o tinhoso e seus apaniguados diante da
Cruz Gloriosa.
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, de Interlagos, São Paulo Capital. 31-3-2022
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[Aparecido rasga o verbo] Serviço completo
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Além de beldroega com as mãos cheirando a estrume da morte
Concordo com vc Aparecido em genero, número e grau
ResponderExcluirMas ao que tudo indica, quando o 'Xerife' prometeu mexer no bolso do 'deuputado' e abocanhar ou bloquear os seus tostões e as merrecas de suas continhas... o macho A M A R E L O U.
ResponderExcluirLatir e depois 'deslatir', é a mesma coisa que cagar evacuando um monte de merdinhas e cocos e depois sair pela 'tengente'limpando a bundinha... Entendo que se falou, tá falado. Assume. Para trás, nem para pegar impulso.
Carina Bratt
Ca
de Campinas, São Paulo.