A decisão da companhia enfraquece não somente o Galeão, como também prejudica a já combalida economia do Estado do Rio
Patricia Lima
Em declaração ao jornal
on-line DIÁRIO DO PORTO, presidente da Alerj ressaltou que a
decisão da Gol não somente prejudica o Galeão, como também prejudica de forma
incontestável a já combalida economia do estado do Rio de Janeiro.
“A decisão da Gol de
transferir voos do Galeão para o Santos Dumont é mais um golpe de morte no
terminal internacional e uma derrota para a economia do Rio de Janeiro. A
decisão da empresa, mesmo depois de aderir ao benefício da redução do ICMS do
querosene de aviação aprovado pela Alerj, contribui fortemente para
inviabilizar o Galeão”.
Para Ceciliano, a transferência
dos voos do Galeão para o Santos Dumont são uma manifestação de “má vontade
com o Rio. Uma perversidade do ministro Tarcísio, por meio da Anac, que está
omissa na coordenação dos aeroportos”, disse o deputado ao jornal.
André Ceciliano lembrou toda a mobilização feita pela Alerj para que o ministro Tarcísio Freitas adiasse para o próximo ano a privatização do aeroporto Santos Dumont, uma vez que o processo de licitação original previa uma concentração ainda maior de voos no Santos Dumont em detrimento do Galeão.
Outra autoridade contrária à
decisão da Gol é o senador Carlos Portinho (PL), que liderou o
movimento contra o modelo de privatizações encabeçado pelo ministro da
Infraestrutura. Portinho também manifestou surpresa diante da decisão de
empresa, que conseguiu a redução do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) do querosene de aviação para aumentar o
o número de voos no Galeão. “É lamentável e no fundo tudo é
consequência do erro na modelagem da futura concessão do Santos Dumont. Mas
também há erro e inércia da atual concessionária do Galeão, que mostrou inércia
e incapacidade em atrair e manter voos para seu aeroporto”, disse
Portinho.
A RIOGaleão, por meio de nota,
defendeu sua atuação diante do contexto de crise dos aeroportos do Rio.
“O RIOgaleão esclarece que
trabalha ativamente para atrair cada vez mais novas rotas para o Rio de
Janeiro, tendo recebido premiações internacionais por sua atividade de Aviation
Marketing. Em quase oito anos de atuação, o aeroporto carioca já contribuiu
para a atração de 12 companhias aéreas, sendo três empresas low costs
internacionais inéditas no Brasil. Até o momento, a concessionária já
disponibilizou cerca de R$ 200 milhões em incentivos e apoio para as ações de
marketing a fim de contribuir para a retomada do turismo no país. O RIOgaleão
reforça ainda que continuará empenhado em prol do desenvolvimento comercial do
aeroporto.”
A Gol que, apesar de ter sido
beneficiada pela redução do ICMS do querosene de aviação, tomou a drástica
decisão da transferência dos voos, não explicou os motivos da medida. A empresa
frisou apenas ao veículo que “é a companhia com maior presença no Rio,
a única com voos diretos para todas as regiões do Brasil, além de destinos no
exterior. No 1º trimestre de 2022, 55% da oferta na Cidade Maravilhosa é
provida pela GOL, que tem um papel fundamental na indústria do turismo e de
negócios que movimentam a economia do município e do Estado”.
No planejamento do Gol constam
transferências de voos de cidades importantes, como Belo Horizonte (MG), Campinas
(SP), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Florianópolis
(SC), Navegantes (SC) e Foz do Iguaçu (PR), do
Galeão para o Santos Dumont. Com tais mudanças, a companhia área inviabiliza os
planos de o Galeão ser um hub aéreo internacional.
Em janeiro, a Gol foi a
primeira companha aérea no Brasil a ser beneficiada pela redução do ICMS do
querosene de aviação para as companhias que operam no Galeão. Um Decreto
Estadual que entrou em vigor, em 02/09 de 2021 reduziu a alíquota do
tributo do combustível, de 13% para 7%.
Título e Texto: Patricia
Lima, Diário
do Rio, 25-03-2022
E, óbvio, o petista da Alerj culpa o ministro de Infraestrutura. Não conseguiu nominar o presidente Jair Bolsonaro. A vontade ficou no útero.
ResponderExcluir