A história conta-se em três
linhas: Pedro Passos Coelho afirmou aos militantes do PSD, durante o Conselho
Nacional do partido, que o governo tinha encontrado um “desvio colossal” nas
contas nacionais. Muito bem, algo “normal” quando se muda a composição
governamental, e um novo executivo vem a descobrir os “esqueletos no armário”
deixados pelo anterior.
Mas… agora vem o pior. Pelos
vistos, o PS ficou furioso ao ter conhecimento destas declarações absolutamente
banais de Passos Coelho. Vai daí, começa o churrilho de acusações: de Vitalino
Canas, que já exigiu a presença do Primeiro-Ministro no Parlamento para
explicar no que consiste esse tal “desvio colossal”; de João Galamba, que exige
a Passos que “diga o que viu que a Troika não foi capaz de ver” (caramba, pá, e
eu que gosto tanto de ler o Galamba no Jugular…).
Bem, caro Galamba, se calhar
o caro Pedro encontrou assim a modos que um LIXO enorme de dívidas, mais
complicadas de pagar do que seria de esperar, não?
Diz ainda Galamba, no jornal
Público, que Passos Coelho faz mal em dizer “desvio colossal”. Porque sabe que
as suas palavras vão ter eco e lançar dúvidas sobre as contas públicas de
Portugal. Oh meu caro amigo, mais ainda? Se falar com a Moody's, vai ver como
ela lhe diz exactamente o mesmo que disse o primeiro-ministro – ou seja,
estamos feitos nos próximos tempos.
Tanto alarido, tanta discussão
de meia-tigela, para procurar uma forma de melindrar ainda mais a já de si
espinhosa situação deste governo. O que o país menos precisa, neste momento, é
de histórias de cordel para encher páginas de jornal e os telejornais. Aquilo
que Passos disse não é nenhuma surpresa - é apenas o constatar de que as contas
públicas nacionais estão um desastre, e que se poderão ter agravado mais do que
a Troika esperava - espero bem que ninguém me chame filho da p…. por estar a
defender Passos Coelho.
Texto: Emanuel Sousa, do blogue "Reunião Geral", 13-07-2011
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