Na última década, tangidos como gado pelos peões do petismo, já assistimos de tudo o que é possível no
reino que chafurda na esbórnia.
Os três poderes que mandam e
desmandam nesta insonsa nação, disputam uma primazia, nem sempre surda, pela
autoria das maiores patifarias, dos mais soberbos golpes, das mais indigestas
corrupções.
É uma ferrenha liça que só
chega ao conhecimento do populacho, quando extravasa na mídia investigativa.
Executivo, Legislativo e
Judiciário promovem com esmero seus principais competidores, em geral os mais
cretinos que assumem as rédeas de suas agremiações. O “lobismo” é a palavra de
ordem.
Escorados em leis que os
acobertam, difícil ou impossivelmente (se isto é possível) são atingidos por
qualquer falcatrua (nem o raio que os parta os atinge) que cometam. Assim, impunes
fazem gato e sapato do apalermado auditório, que assiste a tudo impassível no
camarote dos deficientes mentais, conforme deliberaram os competidores ao longo
de décadas.
Na última década a competição
atingiu o seu ápice.
Cada um dos poderes tem suas
áreas cativas, pois de há muito concluíram que cada tem do bom e do melhor,
portanto a competição não é por riqueza, mas por desempenho. Qual deles
consegue sacanear mais a população sem qualquer arranhão? Ou com a menor mossa?
Nós que acompanhamos a cretinice
praticada pelos contendores somos obrigados a admitir que a disputa é acirrada.
Peluso, Sarney, “metamorfose”, e outros são insuperáveis, tanto que um passa o
pé no outro e ocorrem os arrufos entre eles, mas logo, para tranquilidade geral
da nação, os ânimos se acalmam.
Eventualmente, os atritos
ocorrem, mas são questiúnculas internas, acusações por inveja, por despeito e
outras de somenos, mas nada que abale a estrutura construída na base do rabo
preso, ou seja, nenhum fala do outro, pois poderá ser falado por outro e o
outro por um, e assim por diante. Portanto, para que seja mantido o equilíbrio
da canalhice, sempre existe um limite nas acusações.
Podemos perceber, pela união
entre os embusteiros, que os corruptos são solidários, pelo menos nas vantagens.
![]() |
Um político corrupto grego é
sovado por desempregados atenienses, espartanos e coríntios.
Retirada daqui
|
Podemos perceber que quando um
companheiro de algum dos poderes cai em desgraça, pois foi tão cara-de-pau
que o seu furo foi intapável, e por
isso ele é afastado da corriola, a sua despedida é a de um ente queridíssimo,
de um luminar atingido pela falsidade dos inimigos dele, ou mesmo do poder, que
ele tão dignamente representava ou compartilhava.
No Judiciário, se juiz, por
exemplo, inimaginável pensar em afastá-lo sem uma polpuda aposentadoria.
No Legislativo, a desgraça do
companheiro poderia ser sinalizada quando o indigitado cai sob o julgamento de
sua Comissão de Ética. Ledo engano, pois a Comissão, que prima pela falta de,
em geral, conclui que o julgado foi vítima de alguma armação.
Quanto ao Executivo, este está
acima, pelo menos dos homens, como os homens fazem as leis, ele está acima de
ambos. Por isso, o Executivo pode emprestar, doar, perdoar dívidas de outros
países, decretar áreas a seu bel-prazer, para índios, quilombolas, pode nomear
heróis, pagar indenizações para terroristas, liberar criminosos estrangeiros de
mesma ideologia, contratar obras sem licitação que não sofrerão fiscalização,
criar comissões, desmoralizar instituições... Enfim, pode tudo.
Não somos pessimistas, mas
como butins na surreal disputa, alguns temem que nada sobrará na terra
arrasada, que é o campo do indigesto confronto.
Até o presente, os analistas
avaliam que o Executivo está com vários corpos na frente, pouco faltando para a
desmoralização dos demais, quando será proclamada a sua vitória, e decretado o
início da tirania institucionalizada.
Finalmente, se o “lobismo” é
flagrante em cada uma das equipes, ele é visível, e atende ao conjunto, pois
mesmo caindo em desgraça, chegando a ser afastado qualquer membro, a regra
básica é a de que nenhum será condenado. Em hipótese alguma.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 05 de outubro de 2011
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