Reinaldo Azevedo
Um resumo de todos os vícios
do petismo e do Brasil se fez presente nesta terça-feira em Brasília, no
estádio Mané Garrincha, na abertura da chamada 5ª Marcha das Margaridas —
trabalhadoras agrícolas manipuladas por lideranças de esquerda, como o MST. Estima-se
que o evento tenha reunido 40 mil pessoas. A principal estrela da noite foi…
Luiz Inácio Lula da Silva. O tema central: a defesa do mandato de Dilma. O
financiamento? Ficou por conta do BNDES (400 mil), da Caixa Econômica Federal
(R$ 400 mil) e da Itaipu Binacional (R$ 55 mil). Vale dizer: dinheiro público
foi usado para financiar um ato partidário e de óbvio interesse do governo.
Lula vomitou suas velharias,
como de hábito:
“É lógico que a Dilma pode errar, como eu
errei e como qualquer um erra enquanto mãe. Nem sempre a gente faz as coisas
que são aceitas cem por cento pelos filhos. Nós sabemos disso, mas, quando ela
errar, ela é nossa mãe, e temos de ajudá-la a consertar”.
Nossa mãe?
Já disse aqui: Dilma não é
minha mãe, não é minha mulher, não é minha tia, não é minha filha, não é minha
prima, não é minha sobrinha, não é minha avó. Dilma só é presidente da
República, e ninguém está a cobrar dela nada que não tenha prometido.
Se Lula acredita que pode
reverter a impopularidade de Dilma com tolices dessa natureza, está é ajudando
a empurrá-la para o abismo. Quem precisa de mãe é órfão. O brasileiro precisa
de governos dignos e capazes.
Ah, sim: adivinhem quem Lula
decidiu atacar no evento, patrocinado por estatais? Aquele com quem queria se
encontrar até a semana retrasada: FHC. Recorreu a uma de suas táticas mais
asquerosas, que é jogar brasileiros contra brasileiros. Atribuiu ao tucano a
afirmação de que Dilma só ganhou por causa dos votos no Nordeste. Ocorre que
FHC jamais disse essa tolice. Trata-se de uma das mentiras habituais de Lula.
Outras lideranças que
discursaram falaram em defesa do mandato de Dilma: “Não admitimos nenhum golpe
neste país”, afirmou a secretária de mulheres da Contag, Alessandra Luna. Nem
nós, né? E é precisamente isso que o PT não perdoa.
As lideranças que cuidam da
manifestação de protesto do dia 16 de agosto nem precisam de muito esforço para
colocar milhares, talvez milhões, nas ruas. O PT está fazendo uma propaganda
danada do ato.
Enquanto Lula cooptava as
margaridas chapas-brancas do PT despetalado no estádio Mané Garrincha, Dilma
oferecia um rega-bofe a alguns punhos de renda de Brasília, incluindo Rodrigo
Janot, o procurador-geral da República.
É incrível: um governo que
está caindo de podre não tem o menor pudor de financiar com dinheiro público um
ato escancaradamente partidário, o que é outra ilegalidade.
O PT não tem cura.
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