Devemos imitar a Suécia? Sim,
mas então copiemos todas as medidas que repercutem na segurança pública, como a
redução da maioridade penal e a possibilidade de uma população civil armada.
Gravatai Merengue
A Suécia fechou presídios por
falta de prisioneiros. Isso é mesmo verdade. O problema é que a notícia circula geralmente acompanhada de comentários
dizendo que se trata de uma vitória do abrandamento de penas e um triunfo de
políticas públicas esquerdóides. Seria isso mesmo?
Claro que não.
O país é um dos recordistas mundiais de porte de arma, com taxa de
31,5%. Só há oito no mundo com taxa de cidadãos armados superior à da Suécia. E
mais: adolescentes suecos, a partir dos 15 anos, já podem ser julgados criminalmente como adultos.
Esses são os fatos concretos.
Na hora de bater bumbo sobre o
fechamento de presídios por “falta de criminosos”, é preciso citar o essencial:
o país tem um número altíssimo de cidadãos armados e por ali os indivíduos são
julgados criminalmente como adultos a partir dos 15 anos.
Mas claro que a esquerda
malandramente não divulga os dados essenciais, fazendo assim parecer que os
suecos atingiram tal patamar de segurança pública apenas pelas medidas X ou Y.
É a velha desonestidade de sempre, que deve também sempre ser combatida com
fatos reais.
E que tal comparar os números
da Suécia com os do Brasil? Ao contrário de lá (31%), aqui temos
proporcionalmente poucas armas (8%) e os indivíduos são julgados criminalmente
como adultos apenas a partir dos 18 anos (a esquerda garante que essa mudança
não resolverá nada).
Ah, mas o Brasil não é uma
Suécia! Não é, mesmo! Mas, se querem que sejamos, então devemos, acima de tudo,
adotar as medidas suecas mais diretamente ligadas à segurança pública, não?
E, se estamos assim tão
atrasados e não por influência desses fatores, então a culpa seria do governo e
sua ineficiência na adoção de medidas eficazes. Mas aí a militância se mete
numa sinuca de bico, pois a culpa recairia justamente sobre os governantes que
ela apoia.
Então decidam aí: ou nossos
números são piores porque nossas leis são piores e nossa impunidade é maior, ou
porque nosso governo foi e é uma tragédia no gerenciamento nacional de
segurança pública.
Meu palpite: talvez uma soma
desses dois fatores, o que exigiria mudança nas leis, na punição, e também na
forma de o estado lidar com a segurança pública (essa é a hora que a militância
sai correndo de verdade).
É pura desonestidade dizer que
há presídios vazios na Suécia e, ao mesmo tempo, esconder fatores tão
importantes e diretamente atrelados à segurança pública.
Nossas leis são mais
“liberais”, nossa maioridade penal é menos restritiva, temos proporcionalmente
menos armas por aqui. E são mais de 50 mil homicídios por ano, taxa de 25,2 por 100 mil
habitantes. Lá, são 68, o que corresponde a 0,7 por 100 mil pessoas.
Devemos, portanto, imitar a
Suécia, usá-la como exemplo. Mas justamente naquilo que a esquerda acha ruim e,
não por acaso, é também determinante para o sucesso daquele país na segurança
pública.
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