quinta-feira, 28 de outubro de 2021

CPI da Covid: Lira sobe o tom e reage a pedidos de indiciamento de deputados

'Fere de morte princípios, direitos e garantias fundamentais', afirmou presidente da Câmara

Afonso Marangoni

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) [foto], reagiu nesta quarta-feira, 27, aos pedidos de indiciamento de seis deputados pela CPI da Covid. Ele afirmou que as conclusões da comissão são motivo de “grande indignação”.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

“A hipótese suscitada pelo relator da CPI da Pandemia — de indiciar parlamentares desta Casa por suas manifestações públicas ou privadas — fere de morte princípios, direitos e garantias fundamentais”, afirmou.

“É inaceitável a proposta de indiciamento de deputados desta Casa no relatório daquela Comissão Parlamentar de Inquérito”, afirmou em discurso no plenário. Lira destacou a importância de respeitar a imunidade que os parlamentares têm para expressar suas opiniões e votos.

O relator da CPI, Renan Calheiros, pediu o indiciamento dos seguintes deputados: Ricardo Barros (PP‑PR), Eduardo Bolsonaro (PSL‑SP), Bia Kicis (PSL ‑DF), Carla Zambelli (PSL‑SP), Osmar Terra (MDB‑RS) e Carlos Jordy (PSL‑RJ).

“Uma Comissão Parlamentar de Inquérito pode muito, senhoras e senhores! E, quando conduzida com seriedade, pode prestar relevantes serviços à sociedade. Entretanto, uma CPI não pode tudo”, disse Lira, que continuou: “Ainda que graves sejam os fatos investigados, uma CPI não pode se converter em um instrumento inquisitorial de exceção, infenso ao controle e dotado de poderes exorbitantes ou ilimitados”.

Le Zemmourisme : lui c'est lui, moi c'est moi

"Si Eric Zemmour avance sur un terrain social, je n'excluerais pas de voter pour lui. Si en revanche il est sur des logiques très à droite (...) il n'aura pas ma voix, c'est évident", déclarait Michel Onfray sur Cnews, ce samedi 23 octobre. Entre temps, Eric Zemmour semble avoir choisi son camp...


Quoi qu’il advienne d’Éric Zemmour, il est d’ores et déjà entré dans l’histoire de France. Pour le meilleur pensent certains, le pire selon d’autres, pour l’Histoire dis-je quant à moi. Car dans la moitié d’une année, il y aura un avant et un après Zemmour.

A l’heure où j’écris, dimanche 24 octobre en fin d’après-midi, il n’est pas encore candidat, mais on voit mal pourquoi il ne le serait pas comme me le prédisent en baissant la voix des éditorialistes politiques dans les couloirs des chaines d’infos continues - je n’aurai pas la cruauté de dire qui, quand, ni où.

Tant d’énergie dépensée pour récupérer des signatures, mobiliser des jeunes colleurs d’affiches annonçant qu’il le faut comme président, d’argent collecté, notamment via de gros emprunts, pour rencontrer des lecteurs, mobiliser des foules, sillonner la France, organiser des conférences en région, louer un quartier général de campagne, tant d’énergie, donc, pour annoncer in fine qu’il n’irait pas ? Certains de nos éditorialistes politiques sont à la hauteur de l’époque : le réel n’a pour eux jamais lieu…

Il y a deux Zemmour : l’un effectue des constats sur le réel tel qu’il est ; l’autre apporte des solutions aux misères qu’il énonce. Je souscris au premier, qui s’avère l’essentiel de la créature médiatique, pas au second qui, pour l’instant, et c’est normal, ça n’est pas encore l’heure, est sans programme et reste flou.

Qui peut en effet estimer que tout va bien dans les banlieues, dans les écoles et l’université, à l’hôpital, dans la rue, dans les médias et la culture, dans la tête des gens et dans le pays tout entier ? Quel demeuré peut bien dire qu’il n’existe pas de territoires perdus de la république ? On dit qu’il en existerait plus de cinq cents dans tout le pays. Qu’on apprend à lire, écrire, compter, penser à l’école mieux aujourd’hui qu’hier ? Vingt pour cent des enfants qui entrent au collège ne comprennent pas ce qu’ils lisent… Qu’à l’université on a plus le souci du savoir que de l’idéologie ? Le wokisme et la cancel culture font trembler les rares athées de cette nouvelle religion sociale venue des États-Unis. Qu’il n’y a pas de médecine à deux vitesses, ni de déserts médicaux ? La politique de santé depuis un demi-siècle, droite et gauche confondues, c’est celle de Maastricht, avait pour mission de créer ces déserts au profit de gros hôpitaux concentrés dans les mégapoles. Qu’il n’y a pas d’insécurité, mais seulement un sentiment d’insécurité ? Plus de cent vingt coups de couteau sont donnés chaque jour en France. Je ne parle pas des féminicides, des violences conjugales, des viols, des passages à tabac, des vols à main armée, des cambriolages, des agressions, de la violence routière ou de ce qui se trouve pudiquement nommé « incivilité » ou « dégradation » - sans parler des décapitations et des attentats…

Sikêra Jr entrevista o presidente Bolsonaro

Em conversa aberta cheia de bom humor e assuntos sérios, Sikêra Jr recebe o Presidente da República, Jair Bolsonaro, no Alerta Nacional. Confira na íntegra este conteúdo exclusivo da TV A Crítica.

O Alerta Nacional é exibido às 18h (horário de Brasília) de segunda a sábado, na TV A Crítica e no canal do YouTube.

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Título, Texto e Vídeo: TVA Crítica, 28-10-2021

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

[Dossiê: A Democracia] Capítulo 3: estatutos da Biacoop

Haroldo Barboza

Após o sucesso da semana anterior, Bia promoveu novo churrasco para “aprovação democrática” dos estatutos da Biacoop.

Foi combinado que não haveria uma presidente e sim, três diretoras eleitas a cada ano (dezembro). Onze das meninas alegaram não desejar concorrer às funções de comando. Bia e duas vizinhas foram as eleitas por aclamação para o 1º período.

Bia relatou que ficou honrada com a oportunidade de fazer este “sacrifício” pelo grupo de amigas que estruturam esta “família”.  

Três que sabiam usar excel e correlatos, ficaram encarregadas de controlar o livro contábil virtual (a ser exibido toda semana ao grupo), área de propaganda do salão, aquisição de materiais diversos, pesquisas de mercado, abertura/fechamento do salão e festejos eventuais. Conseguiram “convencer” as dez restantes a se revezarem (em duplas) na limpeza local (via escala semanal) através da criação de um “fundo de limpeza” onde cada uma das dez colocaria R$ 20,00 por mês.

As cinco colegas do “alto escalão” colocariam R$ 50,00. Bia contribuiria com R$ 100,00. A cada três meses o montante seria dividido entre duas sorteadas que se revezaram nas tarefas mal-cheirosas. Somente uma alegou alergia a sabão de coco. Bia disse que seria comprado sabão de glicerina através do Sr. Zenóbio (para todas usarem). As dez aplaudiram este espírito “cívico” de Bia, preocupada com o “bem-estar” da equipe.  

Abre a cortina do passado

Péricles Capanema

Ouro Preto, Igreja São Francisco de Paula, foto: Paulo Roberto Campos

Ah, abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil, Brasil

Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil, Brasil

Uma sociedade ideal.

“Aquarela do Brasil”, canção de Ary Barroso (1903-1964), composta em 1939, já se vão mais de oitenta anos, é conhecida no mundo inteiro e de todo mundo. Nenhuma canção da música popular brasileira marcou tão longe e tão fundo. Carlos Heitor Cony (1926-2018), em 2008, escreveu: “Na virada do ano 2000, a Rede Globo fez uma enquete para saber qual teria sido a música popular mais importante do século 20. Deu ‘Aquarela do Brasil’ na cabeça, votação que só não foi unânime porque um dos questionados votou em outra”. Um dos motivos de seu enorme prestígio salta à vista. A melodia evoca uma sociedade ideal, ainda no nascedouro, forte em raízes. mas que já apresentava traços característicos marcantes. Começava a se firmar e a se afirmar, apresentando a todos uma forma de relacionamento humano com potencialidades regenerativas. Num mundo dilacerado pela guerra, surgia uma canção cicatrizante.

Censuras sulfurosas.

Hoje, contudo, a letra provoca críticas acerbas e rejeições totais; é politicamente incorreta. Um resumo delas poderia ser “país ideal da era ufanista”“mera criação cultural o Brasil idealizado”. Procedem? São pelo menos injustas em sua parcialidade, cerebrinas, feitas com viseira. A aquarela é pintura de país ideal, sem dúvida. Existia certo ufanismo no ar, refletido no texto, correto. Houve muita criação cultural deslocada dos fatos reais, desprovida de observação social; também é verdadeiro. Mas tais censuras, em parte amontoado de frases feitas e slogans canhestros, não abarcam a realidade inteira. “Aquarela do Brasil” assenta suas bases mais fundas em um substrato real, presente na sociedade do Brasil, mais naqueles anos que agora, que não merece ser empurrado para o corredor da morte, à espera da cadeira elétrica ou da injeção letal. Merece outra coisa, de sentido contrário: viver, ser nutrido, prosperar, afirmar-se. E o encanto que a canção despertou em grande parte foi pela percepção da realidade incipiente que retratava. O que lhe trouxe a perenidade no prestígio não foi o ufanismo oco nem a idealização postiça, foi o substrato palpitante da existência que exprimia. Dela evolou um aroma que a perenizou na memória dos homens.

IBGE: aumenta emprego formal e informal, mas cai rendimento médio

Trabalho com carteira assinada subiu 4,2%; sem carteira aumentou 10,1%

Akemi Nitahara

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado somou 31 milhões de pessoas no trimestre móvel encerrado em agosto, uma alta de 4,2% na comparação com o trimestre encerrado em maio e de 6,8% em relação ao mesmo trimestre de 2020. Já os empregados sem carteira assinada no setor privado ficaram em 10,8 milhões, uma alta de 10,1% no trimestre e de 23,3% no ano, as maiores variações da série histórica.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Mensal, divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação fechou o trimestre móvel encerrado em agosto em 13,2%, queda de 1,4 ponto percentual na comparação com o trimestre terminado em maio, ficando em 13,7 milhões de pessoas.

De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o nível de ocupação se recuperou e passou de 50%, depois de chegar a 46,8% em agosto de 2020. Porém, ela destaca que a base de comparação de um ano atrás estava muito baixa.

“Os percentuais de variações nas comparações anuais estão bastante significativos, obviamente que pela recuperação em si do mercado de trabalho, que temos observado nos últimos meses, mas também a base de comparação com agosto de 2020, que foi o momento em que as condições de ocupação eram as mais baixas da série. Foi um ponto bastante deprimido da série de ocupação, com 81,7 milhões de pessoas. Agora, a gente tem 90,2 milhões de pessoas ocupadas.”

O número de empregadores foi de 3,8 milhões em agosto, estável nas duas comparações. Os empregados no setor público somaram 11,6 milhões de pessoas, incluindo estatutários e militares, uma queda de 3,1%. As trabalhadoras domésticas somam 5,5 milhões, um aumento de 9,9% em relação ao trimestre encerrado em maio e mais 21,2% na comparação com agosto de 2020.

Informalidade

O número de trabalhadores por conta própria ficou em 25,4 milhões de pessoas, recorde da séria histórica, com altas de 4,3% no trimestre e de 18,1% na comparação anual. A taxa de informalidade foi de 41,1% da população ocupada no trimestre, o que equivale a 37,1 milhões de trabalhadores informais no país. No trimestre encerrado em maio, a taxa ficou em 40% e no mesmo trimestre de 2020 estava em 38%.

Estado decide transformar Estação da Leopoldina em mercado público

A ideia é fazer um modelo como os mercados da Espanha

Diário do Rio

O Governo do Estado do Rio de Janeiro decidiu que pretende transformar a Estação da Leopoldina em um grande mercado público, com produtos da agricultura e da gastronomia fluminenses. A decisão foi tomada um mês depois de o juiz Paulo André Espírito Santo, da 20ª Vara Federal do Rio, condenar a concessionária SuperVia, bem como a Companhia Estadual de Transportes e Logística (Central) e a União a reparar os danos causados à estação.

Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) foi encarregada pelo governador Cláudio Castro de detalhar o projeto do mercado. A ideia é inspirada nos mercados públicos espanhóis, como o La Boqueria, em Barcelona, com mais de 2.500 metros quadrados, que virou atração turística.

O prédio é de dezembro de 1926. Foi projetado pelo arquiteto inglês Robert Prentice e é tombado pelos institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac). E foi fechado em 2001 para passageiros, remanejados, então, para a Estação Central do Brasil.

Atualmente, a Leopoldina está com janelas quebradas, fachada pichada e restos de telas de obras iniciadas e não acabadas. O estado da estação, com seus quatro andares, de frente para a Rua Francisco Bicalho, no Centro da Cidade do Rio, é de total degradação.

Foto: Brenno Carvalho/Agência Globo

Título e Texto: Redação, Diário do Rio, 26-10-2021

[Aparecido rasga o verbo] O Perfil Inesquecível de Gilberto Braga

Aparecido Raimundo de Souza

FALECEU, ONTEM terça-feira (26), no Rio de Janeiro, aos 75 anos, vítima de Alzheimer, GILBERTO TUMSCITZ BRAGA, autor consagrado da teledramaturgia da Rede Globo de Televisão. 

Gilberto nasceu na Cidade Maravilhosa no dia 1º de novembro de 1945. Cursou a faculdade de Letras na Pontifícia Universidade Católica, também no Rio de Janeiro e começou a vida dando aulas na Aliança Francesa.

Sua estreia, na Rede Globo, se deu em 1972, com a adaptação do romance ‘A Dama das Camélias’, de Alexandre Dumas, para um programa da época intitulado ‘Caso Especial’.

A primeira experiência como novelista se deu com o folhetim ‘A Corrida do Ouro’ em parceria com Lauro César Muniz e Janete Clair. Todavia, o primeiro sucesso veio tempos depois, com ‘Anos Dourados’, em 1986. Abaixo, por ordem cronológica, outros trabalhos de Gilberto Braga que marcaram presença:

Corrida do Ouro (1974), Helena (1975), Senhora (1975), Bravo (1975), Escrava Isaura (1976), Dona Xepa (1977), Dancin’Days (1978), Água Viva (1980), Brilhante (1981), Louco Amor (1983), Corpo a Corpo (1984), Vale Tudo (1988) e Rainha da Sucata, em (1990).

Depois foi a vez de Lua Cheia de Amor (1990), O Dono do Mundo (1991), Pátria Minha (1994), Força de um Desejo (1999), Celebridade (2003) Paraíso Tropical (2007), Insensato Coração (2011), Lado a Lado (2012) e Babilônia, em 2015. Além de novelista, Gilberto Braga escreveu os livros ‘Vale Tudo’ e ‘Anos Rebeldes’, entre outros. Gilberto Braga foi casado há quase 50 anos com o decorador Edgar Moura Brasil.

Seu velório foi realizado nas dependências do Hospital Albert Einstein, com término encerrado às 17 horas.

Entrevista do presidente Bolsonaro à TV Jovem Pan News, 27 de outubro + Análise


terça-feira, 26 de outubro de 2021

Medalha de bronze

Alexandre Garcia

Fiz a soma dos nomes que se oferecem ou são cogitados para a terceira via. São, no mínimo, 12. Uma dúzia de pretendentes querendo ser a opção entre a obviedade de Bolsonaro x PT. Uso PT e não Lula, porque se sente que Lula está assuntando. Conhecedor dos movimentos pré-eleitorais, Lula aprendeu a não confiar em pesquisas e deve estar atento à movimentação de Bolsonaro no Nordeste, sempre recebido com euforia pelo povo - isso sem falar nas ruas do 7 de Setembro. Imagino o trabalhão que Lula está tendo para decidir se procura alguém ou se vai encerrar sua biografia com mais uma eleição.

Correndo por fora da polaridade eleitoral, numa raia que passaram a chamar de terceira via, há gente com experiência em eleição, gente teimosa, há ingênuos, há sonhadores, há vaidosos, há calculistas e até imediatistas, que se empolgam com a aparição súbita de seus nomes. Relacionei uma dúzia, mas pode até ser mais do que isso. Vou jogando alguns nomes: Ciro, Moro, Datena, Mandetta, Doria, Rodrigo Pacheco, Eduardo Leite, Simone Tebet, Alessandro Vieira, Luiza Trajano, Gen. Santos Cruz, Luiz Felipe d 'Ávila. O problema é que se você for até a esquina e perguntar sobre esses nomes, a maioria será desconhecida do eleitor.

Antes da última eleição presidencial, não vi, nesses anos tucanos e petistas, grandes reclamações de ideologia única - estivemos sob governos mais à esquerda ou menos à esquerda, sem queixas de pensamento único, orientação única. Pluralidade ideológica era só uma teoria quando se saudava a democracia de ideia única. Foi aparecer um candidato que acordou a maioria silenciosa, que se tornou barulhenta das redes sociais - já que com pouca voz na mídia em geral - e se levantou a grita de condenação à polarização. Bem totalitária, aliás, essa grita. E a terceira via alega que é para evitar a polarização, como se a maior democracia do mundo, polarizada entre republicanos e democratas, fosse algo nocivo para o país que se tornou a maior potência do mundo elegendo seus presidentes sempre entre os mesmos dois partidos.

[Dossiê: A Democracia] O fascismo no século XXI

Aristóteles Drummond

Uma das fraudes ideológicas de nossos tempos tem sido a insistência com que as esquerdas, em geral, denominam de “fascistas” aqueles, que não apenas são democratas, mas estão permanentemente atentos às manobras para a implantação de regimes à imagem e semelhança de Cuba, Venezuela, Nicarágua e, agora, Peru. A geografia da fome, miséria e regime policial é esta.

O fascismo foi criação de Benito Mussolini, consolidado com a Marcha Sobre Roma, em 1923, e terminou com ele, quando executado covardemente a 30 de abril de 1945. Os que se identificavam com os regimes de direita da época, Portugal e Espanha, em especial, tiveram natural afinidade com a grande obra fascista realizada na Itália, que viveu entre 1923 e 1939 os seus melhores anos. Infelizmente, as esquerdas dos EUA influentes – pois tinham a proteção de Eleonor Roosevelt, que chegou a ter a simpatia de Josef Stalin –, o regime de Chamberlain, em Inglaterra e a confusão socialista que reinava na França atiraram o líder italiano para os braços do monstro alemão.

As afinidades das direitas, que prevalecem até hoje, que estavam no poder em países europeus e latino-americanos, incluindo o Brasil de Vargas, estiveram sempre ligadas a políticas de segurança pública (saudades!), ordem social sem greves, invasões e atos de violência, mais a defesa da propriedade, do livre empreendimento e dos valores da civilização judaico-cristã, com políticas sociais justas e responsáveis.

Os regimes de direita costumam ter certa proximidade, quando não exercidos por militares, mas a gestão obedece mais ao mérito do que a indicações políticas. E políticas económicas de austeridade, pois conservadores, pessoas, empresas ou Estados, costumam pagar suas contas.

E a reconstrução da Itália – com o seu crescimento industrial e agrícola, as conquistas trabalhistas na área da legislação (a Carta del Lavoro é base de todas as leis laborais vigentes no mundo ocidental), a transformação de Roma, que o Duce encontrou em ruínas, os primeiros bairros populares do mundo e a criação do Estado do Vaticano – foi feita nos 16 anos de intenso trabalho do ditador. Procura-se, hoje, ocultar, mas despertou a admiração do que havia de melhor na sociedade europeia e latino-americana. E nos EUA, onde Nova Iorque era a segunda cidade de população italiana – São Paulo era a terceira. Os jornais da época e os livros publicados atestam este reconhecimento mundial.

[Estórias da Aviação] Open skies, ônibus alados e a presidência

José Manuel

Corria o ano de 1995, eu, felizmente, tinha conseguido fazer o meu processo de aposentadoria especial, com sucesso, antes que o celerado da Av. Foch conseguisse fazer uma lambança na vida dos Aeronautas.

1995 significava dez anos após o término do regime militar, época em que o país viveu seus 21 anos de melhores momentos, de paz e progresso em todas as áreas.

Foi também o melhor período da VARIG, pois assim como o regime militar, a Pioneira priorizava a ordem e o progresso, tendo como diretrizes exatamente a ordem, o respeito e o trabalho consciente, no sentido de gerar profissionais e formar uma empresa sólida e progressista em todos os seus atos empresariais.

No ano de 1995, apesar de até então eu só ter visto um nosso DC-10 vazio no trecho Orlando-Miami, porque em todos os trechos todas as nossas aeronaves andavam sempre cheias, pairava algo no ar não muito claro e eu sentia isso. Nos dez anos anteriores a pseudo redemocratização aboletada no poder desde Sarney, vinha criando uma profunda recessão em nosso país, que começou a minar a base sólida anterior e a estrutura das grandes empresas como a VARIG, por exemplo.

Para desmistificar de vez a falácia de que as administrações VARIG foram as culpadas pela falência, vamos fazer uma retrospectiva do que se sucedeu no período compreendido entre 1985 e 1995

1º) Seis padrões monetários nesse período.

2º) Sete planos econômicos mirabolantes, culminando com o oitavo, o plano Real, por milagre ainda vigente e cambaleante.

O pior deles, em 1991, praticado pelo celerado possuído da ocasião fez pior com a nossa empresa, do que a atual pandemia virótica. O dinheiro simplesmente sumiu da vida de todo mundo. Foi sequestrado por elllle!

E as obrigações aqui e no exterior? E os leasings? E o combustível? E os quase vinte mil funcionários? E peças de reposição? Quem pagaria por isso tudo?

Se fôssemos um país sério, isso tudo teria sido ressarcido pela UNIÃO à época por ter sido a causadora potencial desse caos econômico.

Mas, como sempre, se esqueceram de que a conta sempre chega, e agora "chegou“ para a União, e muito salgada!

E os desvairos alucinados de praticar um  "Open Skies" para poder fazer uma empresa de ônibus voar para o exterior?

Mais um candidato a candidato com pouco voto

Hoje, pelo que mostram os fatos disponíveis, há apenas dois candidatos reais, Lula e Bolsonaro — e nenhum dos dois é claramente majoritário

J. R. Guzzo

Apareceu mais um candidato a se tornar o candidato da “terceira via”, essa estrada que passa entre Lula, de um lado, e Bolsonaro, no lado oposto, e pela qual, nas esperanças de seus articuladores, o Brasil chegará ao seu próximo presidente da República no ano que vem. É o que mais tem, hoje em dia: candidato a candidato de terceira via. O mais recente da série é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, outra das nulidades eleitorais que apareceram até agora para representar o “centro” — com a esperança de crescer durante a campanha e chegar lá em outubro de 2022.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

A lista vai longe. Já teve o apresentador de televisão Luciano Huck, pode vir a ter o jornalista José Luiz Datena e tem, na data de hoje, os governadores João Doria e Eduardo Leite, o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, o candidato permanente Ciro Gomes, o ex-ministro da Saúde Luis Henrique Mandetta e ainda outros mais. Aparece, agora, mais um nome — e, como os outros, vai ficar no noticiário, dar entrevista e fazer discurso.

A pergunta de ordem prática que se coloca diante disso tudo é a seguinte: quanto vale, na vida das realidades eleitorais, cada um desses nomes? É pretensioso dizer, com um ano de distância, quem vai ganhar uma eleição, embora seja exatamente isso que fazem os institutos de pesquisa de “intenção de voto”. O que dá para fazer, e só isso, é olhar com realismo para a situação que existe hoje.

Hoje, pelo que mostram os fatos disponíveis, há dois candidatos, Lula e Bolsonaro — e nenhum dos dois é claramente majoritário. O presidente carrega nas costas o custo de ser governo, em geral o bode expiatório para as frustrações de muitos dos que estão insatisfeitos. Lula tem o seu passado e o problema de ser artigo de segunda mão, já usado e desaprovado.

Ministro diz que privatização da Petrobras ampliaria investimentos

Paulo Guedes fez declaração em evento com presidente Bolsonaro

Wellton Máximo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou hoje (25), durante evento com o presidente Jair Bolsonaro, recursos da venda da Petrobras podem ser usados para ampliar os investimentos públicos e em tecnologia e bancar gastos sociais.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“E se daqui a 20 anos o mundo todo migrar para a energia elétrica, hidrogênio, nêutron, energia nuclear e o fóssil for abandonado? A Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos. E o que nós fizemos?”, questionou o ministro, durante o lançamento do Plano de Crescimento Verde, no Palácio do Planalto.

“Deixamos o petróleo lá embaixo com um monopólio, uma placa de monopólio estatal em cima. O objetivo é tirar esse petróleo o mais rápido possível e transformar em educação, investimento, treinamento, tecnologia”, acrescentou Guedes.

Para o ministro, a alta de mais de 6% nas ações da Petrobras nesta segunda-feira é resultado da entrevista em que o presidente Jair Bolsonaro disse estudar um projeto de lei que permitiria a venda de ações da estatal nas mãos da União, até ela deixar de ser a controladora majoritária da empresa.

“Bastou o presidente falar ‘vamos estudar’, e o negócio [a ação da Petrobras] sai subindo e aparece R$ 100 bilhões. Não dá para dar R$ 30 bilhões para os mais frágeis num momento terrível como esse, se basta uma frase do presidente para aparecer R$ 100 bilhões, brotar no chão de repente. Por que nós não podemos pensar ousadamente a respeito disso?”, comentou Guedes.

Caged

O ministro da Economia adiantou dados econômicos que serão divulgados amanhã (26). Segundo ele, a arrecadação de setembro, apurada pela Receita Federal, deverá trazer novos recordes. Além disso, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mede o saldo de empregos formais, deve vir com mais de 300 mil postos de trabalho criados no país no mês passado.

EUA anunciam protocolos para entrada de visitantes

Visitas de estrangeiros ao país recomeçam em 8 de novembro

Jonas Valente

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (25) procedimentos e regras para a retomada da entrada de visitantes no país. As restrições foram impostas no início de 2020 e serão flexibilizadas a partir do dia 8 de novembro.

Foto: Anthony Behar/SIPA USA

Visitantes estrangeiros devem apresentar comprovantes de vacinação contra a covid-19, além de teste negativo realizado no máximo 72 horas antes do embarque. Os requisitos serão tanto para a entrada por via aérea como por fronteiras terrestres.

Os menores de 18 não precisam estar vacinados, informou a Casa Branca. Porém será exigido o teste negativo realizado 72 horas antes para menores acompanhados e 24 horas antes para os não acompanhados. Em entrevista coletiva realizada hoje, representantes do governo dos EUA justificaram a medida pelo fato desse público ainda não ser elegível em diversos países para a imunização contra a covid-19.

Outra exceção é para viajantes estrangeiros não-turistas (aqueles que viajam a trabalho, estudo, em comitivas ou em missões diplomáticas) cujos países ainda não tiveram condições de implantar programas massivos de vacinação, e que contabilizam menos de 10% da população vacinada. Nestes casos, o viajante poderá ser eximido de certas exigências, mas ainda assim deverá estar com o ciclo vacinal completo. Segundo informa a Casa Branca, cerca de 50 países no mundo ainda estão com taxas de vacinação abaixo de 10%. Esses países são informados pela OMS periodicamente.

Cai tempo médio para abertura de empresas no país

Prazo era de 5 dias e 9 horas em 2019 e hoje está em 47 horas

Luciano Nascimento

O tempo médio para a abertura de uma empresa no país é três vezes menor do que no início de 2019, ficando em menos de dois dias. Em 2019, o prazo médio era de cinco dias e nove horas e, atualmente, está em 47 horas. Os dados constam da plataforma Governo Digital, ligada ao Ministério da Economia.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Segundo a plataforma, a redução deve-se a medidas de simplificação, à integração digital entre as 27 juntas comerciais e adesão à plataforma Gov.BR.

Os dados mostram que, atualmente, 23 das 27 juntas comerciais já usam a assinatura do Gov.BR para a formalização dos novos negócios. A medida, entre outros pontos, ajuda a reduzir tempo e custos, uma vez que não é mais necessário despender recursos com reconhecimento de firma ou com certificado digital para abrir ou alterar os registros de uma empresa.

Dados do boletim Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, revelam que, no segundo quadrimestre deste ano, foram abertas no país 1.420.782 empresas, o que representa aumento de 1,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2021 e de 26,5% na comparação com o segundo quadrimestre de 2020. O boletim mostra ainda que 328 mil empresas foram abertas em setembro deste ano, já com a redução do tempo.

“O tempo médio de abertura de empresas no país apresentou gradativa redução nos últimos meses, reflexo dos avanços obtidos pelos órgãos federais, estaduais e municipais, objetivando um processo de abertura de empresas mais simples e ágil. Os recordes em registro de novas empresas reforçam, cada vez mais, a opção do brasileiro pelo empreendedorismo e criação de novos negócios”, diz o boletim.

[Aparecido rasga o verbo] Dependente compul-impulsivo

Aparecido Raimundo de Souza 

NÃO SEI QUAIS os motivos, mas o fato concreto e verdadeiro é que fumo desesperadamente. Meus familiares costumam dizer que ‘como o vício com arroz e feijão’. Até certo ponto, é verdade. Devoro com farinha e cerveja, batatas fritas e salada de alface. Longe deste patamar, tudo não passa de brincadeira. Meus pares inventam, aumentam. Na real, não sou nervoso, não tenho tiques paranóicos, não bebo café, com coca-cola, nem entro ou saio do armário quando vejo baratas andando pela casa. Apenas fumo igual um desmiolado. Cinco carteiras, por dia, ou mais, uma média de cem cigarros, claro, sem contar os que tomo dos conhecidos, nos encontros e esbarrões, pelas ruas da vida. 

Por conta, consumo muitos fósforos de fricção, ou sejam, aqueles palitinhos curtos e finos, de madeira, que carecem de uma lixa na parte externa a base de dextrina e trissulfeto de antimônio II. Se alguém do meu convívio se desse ao trabalho de colocar um palito atrás do outro, em fila indiana, daria umas boas voltas ao redor do mundo. Por conta dos cigarros e dos palitos, guardo, em casa, um amontoado de receptáculos vazios. O porteiro do prédio onde resido, vive dizendo que se eu levar meu saco de caixinhas a uma dessas instituições de caridade, consigo trocar as embalagens por uma cadeira de rodas para um cadeirante. 

O fato é que fumar em excesso está provocando, em meus pés, uma azia dos diabos, além de contribuir, para que a cirrose hepática aumente assustadoramente no funcionamento dos meus órgãos genitais. Dizem, os médicos, que o sujeito que fuma, está se expondo ao câncer. Quem para de fumar, se expõe a uma espécie de fungo burguês irreversível, que ataca os olhos, e, na maioria das vezes, deixa a pessoa completamente surda dos intestinos. Entre ficar surdo, por ter parado de fumar, prefiro provocar, por mais algum tempo, o tal do câncer e não deixar os pulmões morrerem, até porque, se isto acontecer, acabarei numa casa de recuperação para viciados, essas arapucas tipo sanatórios para doentes mentais irrecuperáveis. 

Cruz em Credo, três vezes! Mas a coisa não está totalmente perdida. Ainda resta uma janela a ser aberta. Acredito, muito em breve, poder me livrar deste vício nojento, e, creio mesmo, neste começo de semana. Um amigo comum, me mandou, pelo correio, nesta sexta-feira, um cinzeiro antitabagista que comprou, às dúzias, quando esteve em um mercado de bugigangas em Changhai. Segundo informações preliminares, quem tem em casa um desses cinzeiros mágicos, ao acender um cigarro, leva um pito, ou dito de forma mais formal, toma um esporro em quatro idiomas distintos: inglês, francês, hebraico e, obviamente, na lingua pátria, o chinês. 

Se for verdade, assim que a encomenda chegar, devo esperar que algum conhecido entendido numa dessas línguas faça a devida tradução do fabricante, para que eu possa, finalmente, usufruir cem por cento do fabuloso invento. Uma outra coisa, todavia, me deixou preocupado, além da questão de ler a bula com as instruções na íntegra. Meu amigo disse, por telefone, que preciso, pelo menos, adquirir umas dez peças (a primeira que me está enviando é  brinde), já que, ao tentar  levar um cigarro à boca, logo ao tirar a caixa de fósforos, ou o isqueiro, de um compartimento especial que vem acoplado, uma célula fotoelétrica disparará um dispositivo sonoro bastante irritante. Mais enervante que a voz de Lula querendo provar que não é Ladrão de casaca e nunca teve parentesco com Arsène Lupin. 

[Livros & Leituras] Enquanto a Europa dormia

De Bruce Bawer. Original publicado em 2006. Traduzido por Inês Castro e publicado em fevereiro de 2010 pela Alêtheia Editores, Lisboa, Portugal. 

Hoje em dia, a luta pela alma da Europa decorre tão sorrateira e violentamente como nos anos 30. Nessa altura, em Weimar, na Alemanha, o centro da nossa civilização não aguentou, e as suas luzes quase feneceram. Hoje, o continente europeu enfrenta circunstâncias semelhantes. Será que os europeus conseguirão estar à altura dos desafios do islamismo radical, ou será que vão ceder, uma vez mais, aos extremistas?

Bruce Bawer, um escritor e jornalista americano que vive desde 1998 na Europa, percorreu todo o continente — passando por Amsterdã, Oslo, Copenhaga, Paris, Berlim, Madrid e Estocolmo —, e encontrou enclaves muçulmanos a crescerem rapidamente, onde as mulheres são oprimidas e abusadas, os homossexuais perseguidos e espancados, os «infiéis» ameaçados e vilipendiados, os judeus demonizados e atacados, e tradições bárbaras (como o homicídio pela honra e o casamento à força) largamente difundidas, com um repúdio total pela liberdade religiosa e de expressão.

Os políticos e os jornalistas europeus fecham os olhos a tudo isto, vendendo a pele de mulheres, judeus, gays, e abdicando dos princípios democráticos mais fundamentais. Chegou- se ao ponto de criminalizar a liberdade de expressão, com proibições e censuras. As poucas vozes que se atreveram a criticar os muçulmanos extremistas e a defender os valores liberais europeus foram acusadas de fascistas e xenófobas — e tudo isto com o objetivo ilusório de que assim se pacificava o islamismo radical, mantendo a fachada de uma harmonia multicultural.

Testemunhando a reação vergonhosa das supostas elites europeias ao 11 de Setembro, aos ataques terroristas de Madrid, Beslan e Londres, e às guerras do Afeganistão e do Iraque, Bawer concluiu que a Europa caminha inexoravelmente para o suicídio cultural.

Muito bom!


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[Estórias da Aviação] Voo Vasp 375

Nelson Freitas OFICIAL, 30-9-2021


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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

[Dossiê: A Democracia] Capítulo 2: criação da Biacoop

Haroldo Barboza

Entre centenas de exemplos possíveis, de forma hipotética montei esta fábula que não está muito longe do que costuma acontecer mais perto do que imaginamos.

Bia, 28 anos, solteira, moradora num condomínio médio sem altos luxos, não completou o terceiro ano na faculdade de administração. Acabou cabeleireira, como a mãe (já falecida) num salão mais afastado do prédio onde morava com o pai aposentado do serviço público.

Num límpido dia de fevereiro, teve a ideia de criar uma cooperativa para ampliar suas possibilidades de altas melhoras financeiras com redução de trabalho.

Convidou dois colegas do próprio prédio, mais nove de ruas adjacentes e quatro que residiam a mais de uma hora dentro de coletivos apertados.

Marcou um churrasco no play. Bebidas e músicas (DVDs) por conta dela. Cada participante (15) pagaria R$ 30,00 pela carne, arroz e maionese que seu pai preparava com esmero.

Usando Power Point e Excel (boas ferramentas ajudam a “convencer” os assistentes) apresentou seu plano às futuras parceiras.

Havia uma casa a duas quadras de distância a ser alugada e que apresentava as seguintes qualidades:

- pelo menos 3 m² para cada uma das parceiras montar seu espaço (cabelo, manicure, calista);

- dois banheiros para clientes e um para as sócias;

- uma copa para próprias refeições e preparo de sucos, chás e cafés para futuras clientes;

- um jardim frontal de quase 12 m² já com flores e onde será possível atrair pássaros para alegrar o ambiente;

- espaço para estacionar seis carros no quintal;

[Observatório de Benfica] E agora, Professor Marcelo?

Mário Florentino

Enquanto escrevo este texto, tudo indica que o Orçamento de Estado será rejeitado, e o Presidente da República e irá dissolver o Parlamento e convocar eleições, não sendo previsível que se consiga, nas próximas 48 horas, evitar a chamada "crise política". É o fim da "Geringonça".

Convém avisar os mais ansiosos com a crise - como parece ser o caso de Marcelo - que esta situação não é mais do que a democracia a funcionar. Não existindo um governo com maioria no Parlamento, e não tendo o Presidente exigido um acordo escrito aos partidos da Geringonça (como fez, e bem, o anterior Presidente Cavaco Silva), é perfeitamente normal que os orçamentos possam não ser aprovados.

Basta lembrar o caso de Espanha, em que se viveu uma situação de impasse governativo durante quase três anos, sendo os orçamentos sucessivamente rejeitados com a queda dos governos e eleições. E nem por isso (apesar do atual governo socialista-populista) se pode dizer que os espanhóis vivam neste momento pior do que os portugueses. A vida continuou no país vizinho. E até têm gasolina bastante mais barata que nós.

Mas voltando à crise, vejamos então o que podemos esperar das próximas semanas. Ao que parece, António Costa já estará a apostar todas as fichas nas eleições antecipadas. O seu raciocínio poderá ser a expectativa que, havendo eleições mais cedo do que tarde, a probabilidade de um bom resultado do PS será maior. Conta conquistar votos à esquerda, com a responsabilização da crise a cair sobretudo para o lado do PCP e do BE. Simultaneamente, pretende com isso evitar que o possível novo líder do PSD tenha o tempo suficiente para se apresentar a eleições em condições ganhadoras.

À direita temos a questão das eleições internas no PSD. De um lado, temos um "challenger" com garra e vontade de vencer, com vontade de fazer oposição e de construir um projeto de sociedade verdadeiramente alternativo ao socialista. Do outro lado, alguém que não mostrou ter qualquer intenção de fazer oposição, que não tem nem pretende ter um projeto alternativo ao status quo, e que sempre esteve mais interessado em fazer acordos do que em apresentar ideias e políticas diferentes.

Não me parece que os militantes do PSD possam ser suicidários ao ponto de eleger Rui Rio de novo. A menos que algo de muito inesperado aconteça, Rangel será o líder do PSD em dezembro, e será candidato a primeiro-ministro contra António Costa.

Presidente Jair Bolsonaro leu uma matéria da "exame"...

 

Ex-presidente Lula teria sido financiado por ditador venezuelano

Partidos da esquerda na América Latina teriam sido financiados ilegalmente por Hugo Chávez

O ex-chefe do Serviço Secreto da Venezuela, general Hugo Carvajal, enviou uma carta ao juiz espanhol Manuel García-Castellón em que relata detalhes de um esquema de financiamento de partidos de esquerda na América Latina e na Europa pelos governos de Hugo Chávez e de Nicolás Maduro. Segundo ele, entre os beneficiários estão a atual vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner e o ex-presidente Lula.

Título, Vídeo e Texto: DOMINGO ESPETACULAR, 24-10-2021, 22h34

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