A América Latina está cercada por
comunistas e repleta de bajuladores de ditadores socialistas, muitos deles na
imprensa e na política
Rodrigo Constantino
A julgar pela nossa imprensa em geral, o Brasil não corre o menor risco do comunismo. Lula seria um democrata moderado e de centro, por tal ótica. Só há um pequeno problema nessa narrativa: a realidade. A cada canto que olhamos, vemos a ameaça vermelha se espalhando, e sob a conivência desses jornalistas militantes, que mais parecem agentes de desinformação para facilitar a tomada de poder dos totalitários. São “democratas” de um tipo bem estranho e peculiar.
Vejamos o caso do Peru. A
mídia trata Pedro Castillo como um “professor esquerdista”, nada mais. Na
prática, trata-se de um ultrarradical marxista, defensor até do ditador
socialista Nicolás Maduro, a quem ele usa como referência. O mesmo Maduro que é
até hoje apoiado pelo PT de Lula, enquanto jornais como o Estadão falam
em risco de “chavismo caboclo” não apontando para Lula, mas para Bolsonaro.
Na Nicarágua, o ditador
socialista Ortega já prendeu quatro candidatos a presidente, eliminando assim
cada concorrente que tem a pretensão de desafiar seu regime opressor. Quase
ninguém fala da Nicarágua na imprensa brasileira. Ortega é companheiro de Lula.
Já na Argentina tudo segue ladeira abaixo, com pouca vacina, muitas mortes e economia em frangalhos, sem falar da ingerência cada vez maior do Estado nas empresas. O presidente, enquanto isso, destila preconceito, dizendo que o brasileiro veio da selva, o mexicano dos índios, e o argentino dos barcos europeus. Imaginem se fosse Bolsonaro falando algo assim! Alberto Fernández é lulista: apoia nosso ex-presidente e é apoiado por ele, ambos do Foro de São Paulo.
Los Mexicanos vienen de los indios
— Agente (@Agente__) June 9, 2021
Los Brasileros vienen de la selva
Pero los Argentinos llegamos en barco de Europa papaaa pic.twitter.com/9R0sLN4QHz
A vizinhança, como vemos, está
mal das pernas, com muitos países sob as garras comunistas. No Brasil, José
Dirceu, soldado comunista treinado em Cuba, já se sente à vontade para cantar
vitórias e sonhar com a volta da quadrilha ao poder, deixando no ar uma
escancarada ameaça: seria o momento para fazer a “integração” regional com a
participação (comando) dos cubanos. Nossa mídia nem quis saber dessa
declaração.
José Dirceu tem um recado a você:
— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) June 8, 2021
As vitórias da esquerda na Argentina, no México, Peru, e possivelmente no Brasil colocam na ordem do dia a "integração" e a cooperação com Cuba.
Não é uma maravilha? pic.twitter.com/OzTEUnVUlC
Por fim, parlamentares de
partidos de esquerda, como o PDT, realizaram um seminário virtual com o
embaixador chinês no Brasil para debater… democracia! Yang Wanming disse que o
mundo vive uma “remodelação da Ordem Mundial”, que foi acelerada com a
pandemia. Afirmou que Pequim não pretende exportar seu modelo, deixando claro
que quer só ser deixada em paz com sua tirania, “normalizada” no Ocidente. É
uma “democracia” sui generis, centralizada. E nossa imprensa nem
notou a ironia da coisa.
A América Latina está cercada
por comunistas, por defensores do regime opressor chinês, repleta de
bajuladores de ditadores socialistas, e muitos deles na imprensa e na política.
O denominador comum se chama Luiz Inácio Lula da Silva: ele é o maior ícone desse
pensamento totalitário e perigoso no Brasil, o líder capaz de ainda atrair uma
massa de alienados com a inestimável colaboração de sua assessoria de imprensa:
o jornalismo “profissional”.
No que depender dessa turma, o
Brasil vira a Argentina amanhã, a Venezuela depois de amanhã, e a China em
seguida. Tudo em nome do combate ao fascismo, claro. Tudo para salvar a
democracia dessa enorme ameaça que Bolsonaro e Paulo Guedes representam. Ou
assim vai a narrativa…
Título e Texto: Rodrigo
Constantino, revista Oeste, nº 64, 11-6-2021
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