quinta-feira, 3 de julho de 2014

Está aceso o estopim no Oriente Médio

“Israel celebra a vida, ao passo que o Hamas celebra a morte”, diz Netanyahu...

Sob uma intensa comoção nacional, Israel procedeu aos funerais e ao sepultamento dos três estudantes adolescentes judeus assassinados na Cisjordânia por membros da organização terrorista palestina HAMAS, depois de terem sido sequestrados há cerca de uma semana.

Francisco Vianna

Milhares de pessoas e todas as autoridades israelenses presentes ao funeral dos três adolescentes assassinados depois de raptados por membros do HAMAS na Cisjordânia

Os corpos dos rapazes jazem juntos na cidade de Modiin, no centro de Israel e a meio caminho entre Jerusalém e Tel Aviv, conforme concordaram suas famílias.

Uma multidão, estimada pela polícia, como sendo de cerca de cinquenta mil pessoas e provindas de todo o território israelense, participou da cerimônia de alto grau de solenidade em que o Primeiro-Ministro do país, Benjamim Netanyahu, definiu como “dia de luto nacional”.

Após as cerimônias privadas de suas famílias nas residências dos três moços assassinados, na cerimônia pública no cemitério da pequena cidade, pode-se ver a presença de toda a liderança israelense, desde o Presidente da República, Shimon Peres, ao recém-eleito Reuvén Rivlin, além dos ministros do governo e até os dois rabinos-chefes de Israel.

Netanyahu foi contundente ao declarar: “Um abismo moral nos separa de nossos inimigos”, com uma voz carregada de emoção e com lágrimas que não procurava conter ou disfarçar. “Eles celebram a morte, enquanto nós celebramos a vida. Eles exaltam a crueldade e nós a piedade”, referindo-se assim aos responsáveis pelo triplo sequestro seguido de homicídio. “Esta diferença é a base da nossa força”, destacou o Primeiro-Ministro.

O Presidente Peres fez questão de dizer que “o terrorismo é como um bumerangue, que agora nos atinge, mas que logo se voltará contra quem o usou”, como se estivesse prometendo caçar às últimas consequências os assassinos.

O Ministro da Defesa, Moshé Yaalón, referindo-se ao HAMAS, disse que “Eyal, Gil-Ad e Naftali foram sequestrados e assassinados apenas pelo fato de serem judeus por um punhado de covardes da pior espécie e que não devem estar vivendo. Foram mortos a sangue frio, sem qualquer chance de defesa, por aqueles que defraudam a bandeira de uma guerra de desgaste diária contra o povo judeu”.

Após o emocionante funeral, Netanyahu convocou de novo seu gabinete para continuar debatendo sobre as possíveis represálias de Israel e que poderão oscilar entre ações menores de castigo a até uma nova ofensiva contra a Faixa de Gaza, com o fim de retomar esse pequeno território praiano onde se aloja a liderança do HAMAS.

Uma coisa parece certa, enquanto perdurar a situação atual, é de se esperar que novos atentados como esse voltem a acontecer contra a população civil israelense e talvez o Knesset se veja na situação de ter que considerar a retomada militar da Faixa de Gaza, o que faria com que houvesse milhares de presos representados basicamente pela população da cidade de Gaza.

Netanyahu explicou que sua prioridade de governo, agora, tem três metas: “encontrar os assassinos e todos os que participaram direta ou indiretamente do sequestro, dar um golpe no HAMAS que o torne amplamente inoperante, mesmo que isso envolva um grande castigo à população de Gaza”. “Quem quer que esteja envolvido com o sequestro e subsequente assassinato dos rapazes pagará por isso e sofrerá suas severas consequências. Não descansaremos nem abandonaremos esse objetivo antes que tenhamos capturado o último desses facínoras, esteja onde estiver escondido. Nós os encontraremos, pois é nosso dever primeiro e haveremos de cumpri-lo", prometeu.

“Vamos enfraquecer o HAMAS na Cisjordânia e em Gaza nem que para isso tenhamos que fazer uma guerra total e capturar toda a população palestina para saber quais dessas pessoas querem realmente viver em paz conosco e quais a que não querem, para que possamos dar um sumiço a estas ou lançá-las à masmorra e dar fim a essa indústria de foguetes de Gaza financiada pelo Irã e possivelmente Síria e pelo grupo terrorista libanês Hezbollah. Estenderemos a operação militar até ao ponto em que isso for exigido para conseguirmos o nosso objetivo”.

O Ministro da Defesa disse ainda que “Israel, até hoje, nunca tomou a iniciativa da guerra e sempre se defendeu, vencendo, todavia, todas as guerras. O fato se repete e a guerra já foi declarada. Cabe a nós vencê-la de novo e de tal maneira que os palestinos definitivamente não queiram voltar de novo a essa degradante aventura”. 
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia internacional), 03-07-2014

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