EFE/Último Segundo
Tabaré Vázquez diz que é
"o principal responsável pelo erro" de ter impulsionado a venda da
empresa aérea para o consórcio argentino Leadgate, em 2007

Em um gesto incomum, Astori,
que em 2007 era ministro da Economia de Vázquez, enviou uma carta à Agência
Uypress. No texto, o vice-presidente indicava o desejo de "assumir plena e
totalmente" sua responsabilidade pelo erro. Além disso, Astori procurou
respaldar a decisão do Governo de liquidar a companhia, como a "única
saída para preservar os interesses nacionais". Pouco depois de ser
informado sobre a nota de seu ex-ministro, o Tabaré Vázquez enviou outro
comunicado à imprensa, intitulado "Nos equivocamos".
O ex-presidente apontava que
ele é "o principal responsável pelo erro" de apostar na Leadgate, com
"seu respaldo e aprovação explícita". Astori disse que seu erro foi
tentar achar uma saída desesperada para a Pluna em 2007, com a intenção de
terminar "de uma vez por todas o permanente repasse de recursos públicos
destinados a financiar os maus resultados" da empresa.
O vice-presidente justificou a
decisão por a empresa de aviação uruguaia estar com sérios problemas
financeiros, herança de "uma desastrosa gestão que tinha começado em
1995", responsabilizando a decisão dos hoje opositores do Partido Nacional
de privatizar a Pluna e entregá-la à Varig. Para ex-ministro da Economia,
"a gestão da Leadgate não foi a que o país esperava e necessitava",
contudo.
As admissões de culpa chegam
no mesmo dia que a Cãmara dos Deputados aprovou, após acirrado debate, o
projeto de lei para a liquidação da companhia aérea, o leilão de seus aviões e
a possibilidade de entregar suas rotas a outras companhias. No dia 9 de julho,
no momento do anúncio da quebra, a Pluna operava cerca de 250 voos semanais,
com rotas entre Argentina, Brasil, Chile e Paraguai, o que representa cerca de
80% do total de voos do Uruguai.
A empresa acumulava US$ 27
milhões (cerca de R$ 55 milhões), com a empresa estatal uruguaia de
combustíveis Ancap. No dia 15 de junho, o Governo uruguaio anunciou acordo para
uma saída ordenada da Leadgate, que tinha 75% das ações da Pluna, enquanto o
Estado possuía os 25% restantes. Após a intervenção, o Governo deu um prazo deu
um prazo de um mês para investidores interessados em adquirir a empresa, que
não apareceram.
Título e Texto: EFE/ÚltimoSegundo, 17-7-2012
Edição: JP
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