Peter Rosenfeld
Todos nós sabemos como eram as
estradas de rodagem do Brasil antigamente.
Em geral, traçados tortuosos,
curvas perigosas em excesso e
manutenção... nem é bom falar... O presidente Washington Luis tinha um lema,
“governar é abrir estradas”, mas parece que o importante era abrir qualquer
estrada, sem muita preocupação com seu traçado e com a qualidade da rodovia.
Não me perguntem por quê, mas
jamais se prestou qualquer atenção mais importante à qualidade da estrada, em
termos de traçado e de manutenção.
De suma importância e de
triste memória, inobstante ao que havia nos países mais adiantados que o
Brasil, (refiro-me às estradas de ferro), essas foram igualmente maltratadas e
mal conservadas.
Com início no governo Collor
(que figura infeliz para o Brasil !!!), começaram para valer as privatizações
e, no bojo ou como parte dessas, maior atenção às rodovias e às ferrovias.
O governo do Sr. Itamar Franco
“segurou” um pouco esse processo, que foi continuado, ou recomeçado, no governo
do Sr. Fernando H. Cardoso.
Graças a esses esforços,
atualmente qualquer pessoa pode se comunicar com pessoas em qualquer país com
discagem direta e imediata.
Hoje temos mais de um celular
por habitante! Já podemos receber imagens de qualquer evento em qualquer país
no momento mesmo em que esse evento está em curso.
Mas no terreno dos
transportes, ainda não melhoramos muito.
No marítimo, apanhamos porque
os poderosos sindicatos sempre se opuseram às modernizações necessárias. Mas
como os portos são uma “franquia” dada pelo governo a si próprio, o processo de
modernização é muito lento!
No aéreo, a quase totalidade
dos aeroportos brasileiros é operada por agentes estatais e fiscalizados pelos
mesmos. Consequentemente, os aeroportos são o pavor dos passageiros (com toda a
razão...)
O sistema de ferrovias ainda
está atrasado em pelo menos 50 anos! Deficiente no transporte de cargas e de
passageiros (alguém acredita que teremos o trem-bala, prometido pela Sra.
Rousseff, em algum futuro, mesmo longínquo?)
Sobram as rodovias. Bem ou
mal, vínhamos em um processo gradual (penso que, no geral, isso ainda venha
ocorrendo), e já temos algumas excelentes em alguns estados.
Mas (sempre há o diabo do
“mas”) com o advento de governos esquerdistas, já noto uma certa inflexão na
filosofia ou na política das assim chamadas privatizações.
Isso apesar de ninguém estar
pleiteando ser proprietário de uma estrada (aliás, perdão, alguns governos se
julgam “donos” das estradas, verdadeiro absurdo).
O que se pleiteia e o cidadão
deve exigir é que as rodovias sejam bem administradas, o que quer dizer
mantidas em perfeitas condições, oferecendo segurança aos motoristas.
Como as do Estado do Rio
Grande do Sul, que já foi governado uma vez por filiados ao PT (governo Olivio
Dutra, de triste memória! Graças a esse governador, deixamos de ter no Estado
uma segunda montadora de automóveis (já tinhamos e ainda temos uma, General
Motors), que foi escorraçada pelo governador xenófobo. Os baianos são
eternamente gratos aos gaúchos por isso...
No quesito estradas de
rodagem, outro Governador (Antônio Brito) resolveu conceder a empresas privadas
a manutenção das rodovias, que ficaram ótimas.
Pois agora, novamente sob o
governo de um petista (o Sr. Tarso Genro, a quem o ditador Fidel Castro deve a
devolução em prazo recorde de dois atletas cubanos que queriam se asilar no
Brasil; a quem o assassino Cesare Battisti deve não ter sido expatriado para a Itália, onde havia sido
condenado à prisão perpétua; também devemos a esse político o incentivo ao
preconceito racial, com o estabelecimento de cotas para ingresso nas
universidades do governo e outras atividades, além de muitos outros atos
semelhantes), o Estado retomará a responsabilidade de administrar as rodovias
“pedagiadas (termo novo, que significa que na rodovia há que pagar pedágio), o
que significa, com certeza, novas e grandes possibilidades de “maracutaias”(“apud”
Sr. da Silva)!
E qual petista, apontem-me um
que seja, resiste a uma maracutaia?
Lamentavelmente, a Sra.
Rousseff não terá condições de evitar isso pois, pelo que parece ser a intenção
do governo gaúcho, aplicará essa política apenas às estradas estaduais. Por
enquanto, não se fala em fazer o mesmo com as estradas federais!
Mas que retrocederemos com
governos do PT, lá isso é certo !!!!
Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre, 25
de julho de 2012
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