quinta-feira, 26 de julho de 2012

Greve dos professores das universidades federais

Geraldo Almendra

Caso os professores decidam parar com a greve, aceitando a desonesta proposta de um desgoverno que gasta bilhões por ano com seus instrumentos eleitorais estelionatários, estarão cometendo um erro absolutamente grosseiro que os deixarão reféns das sacanagens que começarão acontecer no dia seguinte depois da greve, se não forem fimados acordos honestos em torno de condições jurídicas que obrigue o poder publico a cumprir com os compromissos assumidos com a classe dos professores universitários federais.
Depois de mais de doze anos de mentiras estelionatárias muito burro é quem acreditar que o desgoverno petista não vai tentar melar esse acordo mais tarde, caso o mesmo acabe apenas com a confiança na palavra de quem não tem palavra e sem a formalização jurídica de um novo plano de carreira.
A posição da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), a única a declarar que o desgoverno atendeu suas reinvindicações claramente já demonstra o efeito das manobras no submundo do suborno moral entre outros, pois já foi tecnicamente provado que a principal reinvindicação dos professores não foi atendida: a proposta do desgoverno petista não reestrutura a carreira, sendo nesse ponto o princípio da revolução educacional necessária para evitar a falência do ensino superior à semelhança do ensino básico em que os professores públicos são tratados como mão de obra desqualificada, somente lembrada em época de eleições.
Fica no ar uma pergunta difícil de ser respondida: por que juízes, desembargadores, deputados e senadores, milhares de assessores aspones, entre muitos outros envolvidos em uma estrutura estatal atolada em escândalos de corrupção e prevaricação, recebem salários e mordomias para ninguém botar defeito, e uma parcela dos verdadeiros responsáveis pelo futuro do país, os professores das universidades federais, ficam sendo tratados como mão de obra mal paga e sem um plano decente de carreira?
Para mudar o rumo da falência do ensino superior público é necessário tratar os professores com respeito e dignidade, pagando-lhes os merecidos salários pelas exigências de formação e dedicação integral às suas atividades docentes e de pesquisa.
Caso o desgoverno petista continue tratando o ensino universitário público como instrumento do seu assistencialismo educacional – que está lotando as universidades públicas com meliantes burocratas e estudantes desqualificados para frequentar um curso superior –, acabará fazendo do ensino superior público o que já acontece com a maioria das universidades particulares, que com algumas exceções, se transformaram em centros de formação de analfabetos funcionais, portadores de canudos financiados pelo contribuinte.
Em recente pesquisa foi levantado que 38 % dos formados em instituições de ensino superior privadas são analfabetos funcionais que mal sabem ler e escrever.
Se os professores das universidades federais voltarem atrás do justo reconhecimento integral de suas reinvindicações, especialmente o seu plano de carreira, não terão condições de fazer a universidade pública voltar a ter um ensino de alto nível e formador de gerações empreendedoras em todas as áreas, e não uma formadora de tropas de elite dos meliantes do fascismo petista para garantir um projeto de poder fundamento na ignorância dos menos favorecidos, na covardia da classe média e no suborno de milhares de esclarecidos canalhas.
Título e Texto: Geraldo Almendra, 26-7-2012

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