Carlos Guimarães Pinto
Apesar do embaraço em admitir
em público estar a ler o autor em causa, não consigo evitar partilhar esta
passagem do mais recente livro de Paul Krugman:
![]() |
Fred R. Conrad/The New York
Times
|
“(…) But by the late 1980s it seemed that Latin America had finally
learned its lesson. Few Latins admired
the brutality of Augusto Pinochet; but the economic reforms he launched in
Chile proved highly successful and were preserved intact when Chile finally
returned to democracy in 1989“
(End this depression now, Paul Krugman, 2012)
Três comentários a esta
citação. Primeiro, o facto de um economista de esquerda elogiar as reformas
económicas de Pinochet, sem que tenha causado grande escândalo. Cada vez que o
fizemos aqui neste blog caíram imediatamente acusações de fascismo. Segundo, a
capacidade de Krugman em separar o regime político sangrento das reformas
económicas que impulsionaram o país. Essa mesma capacidade que falta a muitos
comentadores que não hesitam em citar Krugman noutras ocasiões. Em terceiro
lugar, a referência importante ao facto de essas reformas terem sido
continuadas em democracia. Muitas das pessoas que não hesitam em disparar o
epíteto de fascista a quem elogia as reformas económicas de Pinochet defendem
um sistema económico que, esse sim, nunca sobreviveu à democracia: o comunismo.
Título e Texto: Carlos Guimarães Pinto, O Insurgente,
09-7-2012
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