Valdemar Habitzreuter
Nelson Barbosa, ministro do planejamento, deve se sentir apequenado a essa altura
pela descompostura recebida de Dilma. Não adianta, pepino que nasceu torto não
se endireita mais. A teimosia da ‘presidenta’ continua, e deixa seus ministros
amarrados e sem autonomia para iniciativas próprias. São praticamente cerceados
a expor seus planos administrativos ao público. Desse jeito, a barafunda do
governo Dilma, neste seu segundo mandato, continuará.
Nelson Barbosa agora diz que
regra para o aumento do mínimo se manterá igual. Foto: Jamil Bittar/Reuters
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No fundo há um medo da
‘presidenta’ de que a voz do povo se avolume cada vez mais num descontentamento
geral pela inépcia de saber bem governar que lhe está inerente e patente. É,
sem dúvida, este fator que faz com que opte por uma governança sub-reptícia,
ocultando suas reais intenções ao grande público, por serem impopulares.
Todos sabemos que medidas
drásticas deverão ser tomadas para endireitar o país. Mas isso a ‘presidenta’
não quer deixar vasar aos brasileiros pelo temor de ser linchada moralmente
pelas mentiras que ao longo de seu primeiro mandato e na campanha presidencial
pregou e que agora vêm à tona com as medidas impopulares que deverá tomar.
O Brasil não vai bem, todo
mundo sabe disso e a ‘presidenta’ quer esconder isso do público. Não é
concentrando para si todo poder sem delegar e desautorizando ministros a se
pronunciarem sobre as ações concretas que precisarão tomar em seus ministérios
que se chegará a um status de governabilidade ideal. Dilma não sabe governar,
sabe ditar... daí pender mais para a ditadura – a linha dura de se impor – que
para o diálogo e confiança em seus ministros. Seu segundo mandato só pode
descambar em desastre, como foi o primeiro.
Outra controvérsia se dá em
torno do controle da mídia. Novamente este assunto vem à tona com o novo
ministro das Comunicações, Berzoini. O PT insiste nesta tecla e percebe-se sua real intenção: calar os formadores
de opinião que enfatizam os perigos a que o Brasil está sujeito se os
governantes e políticos ficarem às soltas sem que lhes sejam contestadas suas
ações antiéticas e antidemocráticas. E é justamente às críticas pelos
desvirtuamentos democráticos verificados no governo petista – que a mídia
sempre atacou – que o governo se insurge e quer ditar regras de procedimento para
os meios de comunicação.
A isso a ‘presidenta’ se cala,
nenhuma bronca ao ministro Berzoini. Pudera, isto já foi ordem dela, pois quer
ver-se livre das críticas da mídia, e que o povo a tenha como a sábia Diotima –
a mãe do amor perfeito. Mas, Dilma não é Diotima e não quer amar seu povo, quer
subjugá-lo e ludibriá-lo...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 4-1-2015
Muito bom!
ResponderExcluirObrigado...
ExcluirMuito bom, é pouco, querida Circe. Excelente texto. De uma clareza impar
ResponderExcluirObrigado...
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