terça-feira, 3 de novembro de 2020

[Foco no fosso] A fantasma não foi queimada

Haroldo Barboza 

Em setembro de 2019, uma equipe especializada em segurança, reportou a grande possibilidade de ocorrer um incêndio no hospital de Bonsucesso, no Rio de Janeiro. 

Por omissão, incompetência (ou ambas) e recursos reduzidos, os gestores do complexo não planejaram nenhuma atitude corretiva (*) para o problema em potencial. Por um dos seguintes motivos: 
1) não leram o relatório; 
2) leram, mas não entenderam; 
3) entenderam bem, mas, eles e seus familiares não usam tais instalações. 

(*) = Se nas quedas das barragens em Minas e incêndio na boate Kiss (RS) os processos tendem a caducar sem responsáveis penalizados, o mesmo pode ser praticado dentro de uma espelunca que deveria salvar vidas. 

Em outubro de 2020 ocorreu o “acidente” previsto pela equipe de análise de riscos. Com oito vítimas fatais nos dias subsequentes ao desastre. Por sorte (e luta dos sempre valorosos bombeiros), mais da metade do complexo foi poupada. 

No entanto, surge a notícia que o hospital ficará sem atender o público por tempo indeterminado! 

Aí, nos vem à mente os tais oito hospitais de “campanha” (só para a covid?) que sugaram verbas federais e a seguir foram “desativados”. Se, pelo menos, dois continuassem ativos, neste momento serviriam como by-pass, enquanto a restauração do afetado fosse processada. 

Em sabendo que outros hospitais (das três esferas) estão prontos para tragédias do mesmo porte, está na hora do Ministério da Saúde dar um bom exemplo aos ratos (que comeram o “orçamento de guerra”) de como erguer um hospital de campanha, em apenas trinta dias (o dobro de tempo gasto no Japão), e sem os desvios de verbas ocorridos (quantos foram presos?), nos meses de altos “picos” da curva fantasma do covid-19. 

E já estão sussurrando que após as eleições um novo “loquidau” será decretado em várias regiões do país. Para sangrar mais o combalido cofre federal? 

Título e Texto: Haroldo Barboza, 3-11-2020 

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