No ano passado, 24% da população brasileira
era pobre. Sem o benefício, o número poderia ter chegado a 32%, revela IBGE
Guilherme Lopes
Um novo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma o impacto do auxílio emergencial para evitar o aumento da pobreza.
Foto: Helena Pontes/IBGE |
Em 2020, 24,1% da população
brasileira era pobre, considerando as linhas de pobreza do Banco Mundial (US$ 5,50 por dia per capita, ou R$ 450 por mês)
frente a 25,9% em 2019.
Sem os benefícios dos
programas sociais, a proporção de pessoas nessas condições teria ficado em
32,1% em 2020, frente a 28,2% em 2019. Os dados são referentes ao ano passado.
Os números mostram efeito
expressivo também na pobreza extrema, que são aqueles vivem com menos de US$
1,90 por dia, algo próximo a R$ 155 por mês per capita, na
classificação do Banco Mundial.
A proporção da população nessa
condição caiu de 6,8% para 5,7%. Sem os programas sociais, porém, esta parcela
teria subido de 9,7% para 12,9%.
“Sem os benefícios dos
programas sociais, a gente teria indicadores muito mais elevados. A pobreza
teria atingido quase um terço da população brasileira. Já a extrema pobreza
chegaria a quase 13%”, afirmou a analista do IBGE Barbara Cobo Soares.
Título e Texto: Guilherme
Lopes, revista OESTE, 3-12-2021, 13h
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